sexta-feira, 25 de maio de 2012

Como cuidar de alguém que sofre de uma doença terminal

Uma doença terminal muda tudo. Na maioria dos casos, cuidar de alguém que sofre de uma doença terminal torna-se mais assustador do que o diagnóstico inicial. Não existe uma cura, mas também não há certezas relativamente aos meses ou até anos que podem separar o diagnóstico da morte. Como lidar com um doente terminal? No fundo, é muito simples – essas pessoas necessitam dos mesmos cuidados físicos, emocionais e espirituais que todos nós. E a verdade é que estamos todos a morrer, mas, até ao último suspiro, estamos todos vivos, por isso, há que aproveitar cada dia ao máximo.

Cuidados Físicos

Uma das maiores preocupações de um doente terminal é o controlo da dor aguda ou crónica que debilita a pessoa até esta já não conseguir executar as suas tarefas diárias. Muitas vezes, o doente pode estar a sofrer desnecessariamente, o que pode ter um efeito negativo na sua luta pela vida. Ter qualidade de vida até ao final de uma doença terminal é fulcral, por isso, é necessário averiguar e experimentar quais os medicamentos e/ou tratamentos que possam controlar essa dor. Mantenha um historial sobre todos os medicamentos que o doente toma e possíveis reacções, assim como um análise sobre quais os tratamentos mais efectivos ou não, para poder informar o médico. O mesmo aplica-se às consultas – manter um registo sobre os motivos das consultas, a opinião do médico e os medicamentos ou tratamentos receitados. Existem vários sintomas igualmente preocupantes que devem ser minimizados, para que o doente possa viver o mais confortavelmente possível:
  • Fraqueza – para o doente poder recuperar energias é necessário aumentar a ingestão diária de calorias e proteínas; derreta margarina em comidas como torradas, sopas, vegetais, massas, arroz ou ovos cozidos; opte por maionese em vez de molhos para saladas; sirva manteiga de amendoim e adicione natas ao chocolate quente, à fruta ou outras sobremesas; junte sementes ou nozes aos vegetais, saladas, massas ou sobremesas; faça batidos com uma dose extra de gelado; cozinhe com leite em vez de água; acrescente carne ou peixe às sopas e gratinados; utilize queijo gratinado em pratos de massa, vegetais ou gratinados; sirva fruta com todo o tipo de queijo.
  • Perda de apetite – sirva as refeições do doente quando ele tiver fome, mesmo que não seja dentro do horário “normal”; um pouco de exercício (como um pequeno passeio a pé) estimula o apetite; varie as refeições e sirva-as de forma apelativa; utilize temperos como sumo de limão, menta, manjerico e outras especiarias para conferir aos alimentos sabores e cheiros estimulantes; as suas atenções e reparos devem limitar-se àquilo que o doente conseguiu comer e não no que deixou no prato.
  • Náuseas e vómitos – o doente deve ingerir líquidos uma hora antes ou depois da refeição para não se sentir muito cheio; comer alimentos ricos em hidratos de carbono (como tostas ou torradas), especialmente logo de manhã; deve comer sempre devagar, mastigando bem a comida; descansar após as refeições para facilitar a digestão; se o próprio cheiro da confecção dos alimentos incomodar o doente, mantenha-o fora da cozinha ou opte por servir refeições frias compostas por produtos lacticínios, sandes, saladas, sobremesas ou fruta.  
  • Diarreia – o doente deve comer várias refeições ao longo do dia, em vez das habituais três principais; evitar alimentos gordos e fritos; eliminar temporariamente da sua dieta os produtos lacticínios se forem estes a causa da diarreia; beber muitos líquidos para repor rapidamente aqueles que perdeu.
  • Prisão de ventre – o doente deve seguir uma dieta rica em fibras (cereais, arroz e massas integrais, fruta e vegetais frescos), beber muitos líquidos e fazer algum tipo de exercício regular; se o doente tiver dificuldades em engolir, deve cozer ou passar a fruta e os vegetais.
  • O doente pode ainda preocupar-se com a sua aparência – a perda de cabelo, peso, as olheiras e a mudança de cor da sua pele são alterações físicas significativas e, por vezes, chocantes. O cuidador pode ajudar o doente a sentir-se melhor com a compra de alguns chapéus divertidos ou lenços bonitos para cobrir a cabeça. A aquisição de algumas peças de vestuário novas ou um pouco de maquilhagem podem fazer toda a diferença.

 Cuidados Psicológicos

As pessoas que enfrentam uma doença terminal sentem uma dor e uma solidão enorme, muitas vezes associada à depressão e a um sentimento de “vazio”. Para além de serem cuidadas, estas pessoas precisam de ser acarinhadas, principalmente porque estão a viver um período na sua vida marcado por emoções negativas como a tristeza, a ansiedade, a revolta e o medo. Enquanto cuidador, como deve reagir?
  • Deve ajudar a pessoa a aceitar a doença que tem e não fingir que está tudo bem. Deve apoiar a vontade que o doente tem em viver da forma mais normal possível, sem permitir comportamentos que possam ser prejudiciais para a sua actual condição.
  • O medo do abandono, do desconhecido, de deixar aqueles que mais amam e até o medo da vida para além da morte são emoções reais que devem ser identificadas, reconhecidas e expressas. Pode não saber o que dizer, mas talvez, nesta altura, o que o doente terminal mais precise é alguém que esteja ao seu lado e que o ouça. Disponibilize-se para ouvir e/ou falar sempre que ele quiser, sem forçar essas conversas.
  • Às vezes, nem é preciso falar, basta um forte abraço ou estarem de mãos dadas enquanto partilham uma outra actividade, como ver um filme ou dar um passeio. O conforto físico é muito importante e, alguns estudos mostram que as expectativas e os pensamentos positivas podem trazer grandes benefícios físicos para um doente terminal.

Cuidados Sociais

Um doente terminal pode sentir-se preocupado em ser abandonado por aqueles que o rodeiam ou assustado ao pensar na possibilidade de ser separado do seu quotidiano. Quando se fala em manter a vida de um doente terminal o mais “normal” possível, isto significa que se deve integrar as suas necessidades pessoais na rotina diária de uma forma natural.
  • O doente pode requerer cuidados específicos ao longo do dia e da noite mas, se a pessoa está habituada a cozinhar e a fazer as suas próprias compras, por exemplo, deve permitir que continue a fazê-lo (enquanto tiver capacidades para isso mesmo).
  • O cuidador tem de ser a pessoa com o qual o doente deve poder sempre contar, ou seja, deve estar ao seu lado para o ouvir e apoiá-lo naquilo que for preciso. Não deve, porém, tentar assumir o controlo total da sua vida e das suas coisas, o doente sentir-se-ia desacreditado ou rebaixado. É essencial deixar o doente tomar o máximo de decisões possíveis, assim ele sentir-se-á em controlo de pelo menos uma parte da sua vida.
  • Se o doente assim o desejar, ajude-o a resolver assuntos pendentes. Pode querer preparar ou alterar o seu testamento, ou deixar indicações para o seu funeral. Pode ainda ser da sua vontade organizar as suas finanças ou entregar, a familiares ou amigos, alguns dos seus bens pessoais. Fazer as pazes com alguém ou esclarecer um mal entendido do passado, serão outras questões que essa pessoa poderá ter necessidade de resolver.
  • É fundamental que ajude o doente terminal a concretizar os seus desejos finais, mesmo que seja um assunto simples como visitar um velho amigo, realizar uma viagem a um local especial ou fazer uma coisa que sempre quis, mas nunca teve a oportunidade.
  • Acima de tudo, e porque estão preocupados com o papel que agora desempenham na família, no trabalho e na comunidade, um doente terminal quer manter vivas as relações que tem com as pessoas mais chegadas e especiais da sua vida. Desfrutar do tempo que resta, na companhia daqueles que lhe são mais queridos, é tudo aquilo que uma pessoa com uma doença terminal mais precisa. Sentir que ainda está cá e que quem o rodeia também continua presente, é o conforto necessário para quem se aproxima do final da sua vida.
  • Quem enfrenta uma doença terminal, retira especial prazer dos “pequenos nadas” que preenchem o nosso quotidiano, como saborear a sua refeição preferida, ouvir a música que mais aprecia, ter o filho ou o neto ao colo, ver um filme que sempre gostou, apreciar a natureza ou estar numa festa de família.

Cuidados Espirituais

Os doentes em fase terminal levantam muitas questões espirituais ao fazerem um balanço da sua existência. Questionam-se sobre as mais variadas coisas: Porque estou aqui? Porque é que isto me aconteceu? Que significado teve a minha vida? A minha existência contribuiu para alguma coisa? Vivi uma boa vida? Consegui concretizar todos os meus objectivos? O que me vai acontecer depois da morte?
  • Ao colocarem estas questões, as pessoas com doenças terminais não procuram respostas concretas, querem apenas desabafar e expressar os seus pensamentos, numa tentativa de procurar as suas próprias respostas. Dê ao doente terminal a oportunidade de falar sobre a sua vida, de reflectir sobre as suas realizações pessoais e de partilhar consigo os seus arrependimentos e remorsos. Nestes momentos, é muito importante que seja um bom ouvinte.  
  • O doente terminal precisa de saber e de ouvir que a sua vida foi e continua a ser relevante e notável para todos aqueles com quem lidou e lida. Enquanto seu cuidador, diga e mostre-lhe o quanto ele significa para si pessoalmente.
  • As pessoas em fase terminal preocupam-se ainda com outras questões: quem vai cuidar da minha família quando eu morrer? Quem vai dar continuidade ao meu trabalho? O que vai acontecer aos meus bens pessoais? Ao procurarem algum sinal da continuidade da sua existência para além da morte física, o conforto e a segurança que isso acontecerá pode acontecer através da entrega dos seus pertences aos familiares e amigos; o ter a certeza que o trabalho da sua vida vai ser continuado por outros; ou simplesmente ver as suas qualidades, talentos ou até parecenças físicas patentes nos seus filhos.
  • Responder a questões espirituais não é fácil. Se o doente encontrar as respostas que procura na sua fé ou religião, deve respeitá-las; para aqueles que se debatem com dúvidas e incertezas, pode ajudar se o cuidador revelar as suas próprias questões e preocupações, mostrando assim que as inquietações e receios do doente são perfeitamente normais.
  • Um padre ou outros conselheiros profissionais também podem apoiar e consolar o doente que enfrenta problemas espirituais no final da sua vida, desde que esse se sinta confortável com a situação. Em casos extremos, onde o doente está já muito deprimido, é aconselhável recorrer a um médico especializado.

Os 25 sintomas da doença de Alzheimer

De todas as pessoas que sofrem de demência, estima-se que 50 a 70% dos indivíduos afetados tenham a doença de Alzheimer. Conheça os 25 sintomas que determinam o aparecimento da doença de Alzheimer e faça o melhor diagnóstico possível para aumentar a qualidade de vida de um doente.
A doença de Alzheimer é um tipo de demência que provoca uma deterioração global, lenta, progressiva e irreversível de diversas funções do conhecimento e revela-se na perda de memória, atenção, concentração, linguagem, pensamento, entre outras. No entanto, um único sintoma não indica necessariamente que uma pessoa sofra de Alzheimer ou de demência. Por exemplo, existem várias causas para a perda de memória e a falta dela não é sinónimo de doença. Contudo, se à perda de memória, existirem alterações significativas no comportamento e na capacidade funcional da pessoa, isso podem ser sinais claros do surgimento da doença de Alzheimer.
Dos aspetos principais que constituem a doença de Alzheimer, destacam-se os sintomas seguintes:

1. A perda de memória

A maior parte dos doentes com Alzheimer não se consegue lembrar das mais pequenas coisas do dia-a-dia, como por exemplo: o que fizeram no dia anterior, os nomes das pessoas que os rodeiam, o que comeram ao almoço, os animais de estimação que têm, números de telefone e conversas recentes, entre outros. Em todo o caso, a perda de memória pode não ser consistente e o facto de não se lembrar hoje não quer dizer que não o faça amanhã.

2. O estado agitado e o humor alterado

É comum para alguém que sofre de Alzheimer parecer ansioso ou agitado. A agitação resulta geralmente do medo, confusão, pressão ou fadiga que um doente possa estar a sentir. Por outro lado, as mudanças radicais também contribuem para uma enorme agitação e mudança repentina de humor. Independentemente do motivo ou situação, um doente de Alzheimer pode passar de um estado calmo para um estado de raiva sem qualquer motivo aparente.

3. O julgamento debilitado

Uma pessoa que tem a doença de Alzheimer tem tendência a tomar as decisões mais disparatadas e/ou inadequadas perante uma determinada situação. Um exemplo dessa irresponsabilidade está na forma imperfeita de se vestir ou na incapacidade de avaliar por si próprio aquilo que é mais seguro. Por norma, as primeiras mudanças que ocorrem no julgamento de uma pessoa estão relacionadas com a gestão das suas finanças e é quando o dinheiro começa a ser gasto de forma inusitada e incorreta.

4. Dificuldade em lidar com o dinheiro

A dificuldade em lidar com o dinheiro é um obstáculo muito difícil de ser ultrapassado para quem sofre de Alzheimer. A incapacidade de pagar contas, de fazer as compras essenciais e administrar um orçamento é um sinal claro de demência psíquica e indica se um indivíduo está ou não na posse de todas as suas faculdades.

5. Dificuldade em realizar tarefas familiares

Uma pessoa que sofre de demência leva mais tempo a concluir as tarefas mais básicas do dia-a-dia que, por hábito, já realizou milhares de vezes. Por exemplo, um cozinheiro experiente pode ter sérias dificuldades em fritar um ovo ou qualquer outro tipo de cozinhado de fácil realização.

6. O problema do planeamento e resolução de problemas

À medida que a demência progride, podem existir maiores dificuldades de concentração. De uma forma mais particular, uma pessoa que sofre de Alzheimer não consegue seguir um plano, tomar a medicação correta ou gerir um orçamento. Por outro lado, a sua capacidade de decisão e resolução de problemas é nula.

7. Trocar o lugar das coisas

Um dos sintomas mais frequentes da doença de Alzheimer está relacionado com a troca sistemática do lugar das coisas. Por exemplo, é muito frequente encontrar as chaves de casa no congelador ou o comando da televisão na gaveta das meias, entre outras situações insólitas. Existe uma tendência para o esquecimento, mas também para deixar as coisas nos locais mais incomuns. É também de registar que é frequente acusarem outra pessoa de esconder ou roubar os seus pertences.

8. A desorientação no tempo e no espaço

A perceção do tempo e do espaço é um dos problemas mais graves que afeta um doente de Alzheimer. É muito fácil ficar perdido na rua, uma vez que não se recorda do local onde vive, não tem a noção das datas, estações do ano e/ou passagem do tempo, entre outras situações temporais e espaciais.

9. A dificuldade em comunicar

As capacidades linguísticas e comunicacionais de uma pessoa com Alzheimer vão diminuindo com o passar do tempo. Uma pessoa pode ter imensas dificuldades em encontrar a palavra certa, chamar as coisas pelos nomes errados, inventar novas palavras, entre outras situações. Esta condição carece de atenção, pois pode conduzir ao isolamento e depressão.

10. Vaguear sem rumo

Infelizmente, cerca de 60% das pessoas com demência têm uma tendência para vaguear sem qualquer tipo de destino. Isso deve-se à inquietação, medo, confusão em relação ao tempo e incapacidade em reconhecer pessoas, familiares, lugares e objetos. Em alguns casos, a pessoa pode sair de casa a meio da noite para satisfazer uma necessidade física, como encontrar uma casa de banho/banheiro ou comida, ou até pode querer ir para casa quando já está efetivamente em casa.

11. O discurso repetitivo

A repetição frequente de palavras, frases, perguntas ou atividades é uma característica da demência e da doença de Alzheimer. Esse comportamento repetitivo é provocado, por vezes, pela ansiedade, stress, ou para alcançar o conforto, segurança ou familiaridade.

12. As dificuldades visuais e espaciais

As pessoas que sofrem da doença de Alzheimer tendem a ter dificuldades de leitura, em julgar distâncias ou a determinar a cor e/ou contraste de um determinado tipo de material. Em termos de perceção, é comum que uma pessoa se olhe ao espelho e pense que está na companhia de outra pessoa sem se ter apercebido que está diante do seu próprio reflexo.

13. A realização de atividades sem qualquer tipo de propósito

Se detetar que um familiar que está ao seu cuidado realiza todo o tipo de esforços para a realização de uma atividade sem qualquer tipo de objetivo, como por exemplo abrir e fechar uma gaveta várias vezes, isso poderá significar que essa pessoa sofrerá de demência e, consequentemente, de Alzheimer. Apesar de não terem uma finalidade última, esse tipo de comportamentos revela a necessidade que uma pessoa tem em se sentir produtivo ou ocupado.

14. A necessidade de se afastar de todo o tipo de atividades

A doença de Alzheimer pode ser uma doença muito solitária e pode originar uma falta de interesse geral nas mais variadas atividades sociais ou pessoais. É comum que uma pessoa que sofra desta doença deixe de fazer os seus passatempos preferidos, pois não se recorda como os faz nem sequer sente o mesmo prazer.

15. A perda de iniciativa e motivação

A apatia, perda de interesse e de motivação em atividades sociais ou pessoais podem levar uma pessoa à depressão e, consequentemente, ao isolamento. A depressão dificulta muito a tarefa de um doente pois impede-o de articular corretamente os seus sentimentos e faz com que ele não tenha qualquer vontade ou iniciativa própria.

16. O não reconhecimento da família e dos amigos

De uma forma geral, as pessoas que têm Alzheimer esquecem o que aprenderam e quem conheceram e isso faz com que não reconheçam os seus amigos e familiares mais próximos. Num estado avançado e final da doença, as pessoas podem apenas recordar-se dos seus pais e de apenas algumas passagens com eles.

17. A perda das habilidades motoras e do sentido do tato

A demência afeta as capacidades motoras e interfere com o manuseamento de roupas ou todo o tipo de utensílios, como as tesouras ou os garfos. Contudo, a perda das habilidades motoras e do sentido do tato podem estar relacionados com uma doença muito diferente, como a doença de Parkinson. Deve observar esses sintomas e comunicá-los imediatamente ao seu médico de família para um diagnóstico mais detalhado.

18. A dificuldade em se vestir

A forma como um indivíduo se veste diz muito sobre a condição psicológica de uma pessoa. No caso de um doente de Alzheimer é comum ele utilizar a mesma roupa durante vários dias, pois esquece-se que a mesma já foi usada. Por outro lado, as dificuldades em apertar ou desabotoar os botões de uma camisa ou de um casaco, assim como realizar o nó de uma gravata são também um enorme handicap devido à perda das habilidades motoras.

19. O desleixo com a aparência e higiene pessoal

Os doentes de Alzheimer têm tendência para serem desleixados com a sua aparência e higiene pessoal, e esquecem-se, na maioria das vezes, de escovar os dentes, cortar as unhas, tomar banho e até utilizar a casa de banho/banheiro para a realização das suas necessidades.

20. Esquecer as refeições principais

A diminuição do apetite e a perda de interesse e prazer pela alimentação faz com que um doente de Alzheimer se esqueça de realizar as refeições principais ao longo do dia. Existe também a hipótese de um indivíduo perder a capacidade de dizer se um alimento ou bebida está quente ou frio demais para comer ou beber. Por vezes, face ao facto de não se lembrarem de como utilizar os talheres, alguns indivíduos chegam a levar a comida à mão até à sua própria boca.

21. O comportamento inadequado

Na fase terminal da doença de Alzheimer, um indivíduo pode revelar um comportamento inadequado e agir de forma atípica em várias situações distintas. Por exemplo, é comum esquecerem-se que são indivíduos casados e começam a fazer avanços sexuais inapropriados com outros parceiros, ou podem tirar a roupa em horários impróprios e em locais invulgares.

22. A capacidade de delirar

Os delírios e a paranoia são comuns nos doentes que sofrem de Alzheimer e alguns chegam a ter a forte convicção ou ilusão de que alguém o está a tentar ferir ou matar. A perda da memória e a confusão são os responsáveis principais pela má interpretação do que um doente vê e ouve.

23. A agressão física e verbal

A demência vai piorando com o tempo e com ela vão-se alterando os comportamentos e é normal que alguém se torne física ou verbalmente mais agressivo. As explosões verbais, gritos, ameaças e empurrões podem ser uma constante e podem surgir do nada. No entanto, é de realçar que a agressão verbal ou física pode estar relacionada com algum desconforto físico, incapacidade de comunicação ou frustração perante uma determinada situação.

24. As dificuldades em dormir

Alguns sintomas como a agitação, ansiedade, desorientação e confusão tendem a piorar à medida que o dia passa e podem continuar durante a noite, fazendo com que existam muitas dificuldades em adormecer e dormir. Essa perturbação do sono pode estar relacionada com as alterações do relógio biológico de uma pessoa e é uma razão comum que leva muitas vezes os familiares a colocar os seus entes queridos num lar de idosos.

25. A imitação ou o comportamento infantil

Os especialistas afirmam que quem sofre da doença de Alzheimer fica completamente dependente de um determinado indivíduo e imita-o de forma infantil, chegando até a segui-lo como uma espécie de “sombra”. Este comportamento surge, muitas vezes, pelo receio em encarar a forma confusa como o mundo é percecionado e pela necessidade de ter por perto uma pessoa em quem se confia totalmente.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Poema do Idoso

Se o meu andar é hesitante
e as minhas mãos trêmulas,
ampara-me.

Se a minha audição não é boa,
e tenho de me esforçar para ouvir o que me dizes,
procura entender-me.

Se a minha visão é imperfeita
e o meu entendimento escasso,
ajuda-me com paciência.

Se minha mão treme
e derrubo comida na mesa ou no chão,
por favor, não te irrites, tentei fazer o que pude.

Se me encontrares na rua,
não faças de conta que não me viste.
Pára para conversar comigo. Sinto-me só.

Se, na tua sensibilidade,
me vires triste e só,
simplesmente partilha comigo um sorriso e sê solidário.

Se te contei pela terceira vez a mesma história
num só dia,
não me repreendas, simplesmente ouve-me.

Se me comporto como uma criança,
cerca-me de carinho.

Se estou doente e sou um peso,
não me abandones.

Se estou com medo da morte e tento negá-la,
por favor, ajuda-me na preparação para o adeus.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Cuidado com o Idoso

Cuidados com o idoso

Na terceira idade há uma tendência ao acúmulo de doenças crônicas, na sua grande maioria benignas e fáceis de serem controladas. A artrose, por exemplo, é doença que acomete com muita freqüência o idoso e que pode se somar a outras manifestações como a pressão alta ou o diabetes.
O médico deve administrar a doença com a participação do idoso, bem como a de seus familiares, fornecendo o máximo de informações possíveis.
Ao médico cabe distinguir os sintomas próprios da idade daqueles devido à doença.

O exame médico
gerontologo 150x150 Cuidados com o idoso
A avaliação de uma pessoa idosa doente deve ser feita cuidadosamente. O paciente e também os familiares devem prestar todas as informações possíveis, doenças ocorridas no passado e atuais, cirurgias, medicamentos utilizados, etc. O idoso tende a omitir informações ou por puro esquecimento ou por erro de avaliação, daí a importância de dados obtidas de familiares ou de pessoas próximas. O exame médico inicial deve ser sempre minucioso e realizado de preferência por um clínico geral e nunca pelo especialista. O especialista deve ser convocado sempre que necessário e sempre sob a supervisão do clínico geral. O diagnóstico preciso permite a distinção correta entre o sintoma devido às perdas funcionais próprias da idade e a doença. Hoje em dia existem Planos de Saúde para terceira idade como o plano de saude Prevent Senior que se especializou em atendimento ao idoso, aplicando a medicina preventiva buscando a longevidade de seus pacientes, com o objetivo de diagnosticar doenças em fase inicial facilitando o tratamento.
O idoso doente deve receber cuidados redobrados. Na terceira idade há maior tendência a infecções ( principalmente pulmonares ), à desidratação, a descompensação cardíaca (insuficiência cardíaca)  por exemplo. A utilização de medicamentos deve ser muito criteriosa tendo em vista a maior susceptibilidade a reações colaterais e à intoxicação. O período de imobilidade deve ser o mínimo possível. A sua reabilitação em geral é mais lenta quando comparada a de um jovem.

Exercicios 150x150 Cuidados com o idosoExercício Físico
O exercício físico na terceira idade mantém e melhora as atividades de vida diárias. A saúde na terceira idade depende, sobretudo dos cuidados no passado. A qualidade de vida depois dos 60 é determinada pelas atividades que a pessoa desenvolveu e também da forma como a ela se alimentou até lá. Com a idade, a pessoa perde força nos músculos – que atrofiam aos poucos – e ganha gordura. Contudo, é possível reverter os efeitos do tempo.
O exercício físico na terceira idade mantém e melhora as atividades de vida diárias como: tomar banho, fazer compras ou dirigir. Uma pessoa sedentária pode começar com 15 ou 20 minutos diários de caminhada, o que já surte efeitos positivos. Segundo a professora de Educação Física da Universidade de Brasília (UnB), Marisete Safons, especialista em saúde na terceira idade, a prática do exercício deve ser regular, apoiada em disciplina e estruturada numa seqüência lógica.
O ideal é que a pessoa se submeta a uma avaliação médica antes de começar uma prática desportiva. “A análise leva em conta as condições de saúde – se a pessoa é hipertensa, se tem artrite, osteoporose, fibromialgia ou se toma medicação, etc”, avalia Marisete. A especialista lembra ainda que existem atividades apropriadas para cada indivíduo. “Para quem tem osteoporose ou constituição física frágil a musculação é uma modalidade recomendável”, diz.
Um profissional de Educação Física também deve ser acionado para uma avaliação pré-atividade física. Um questionário (anamnese) é aplicado para ajudar na identificação de práticas mais adequadas. A pessoa deve ser absolutamente sincera e precisa nas respostas para garantir um diagnóstico correto. A avaliação física e funcional vai detectar as atividades mais recomendadas. Se a pessoa tiver boas condições de saúde não há exercícios contra-indicados.
De começo, equilíbrio – A pessoa que não é acostumada ao exercício físico deve conter a ansiedade inicial. “Não adianta querer recuperar 70 anos de vida sedentária de uma só vez”, alerta Marisete. As precauções não se restringem ao ritmo das atividades. No caso do uso de remédios, medicação e exercício devem caminhar juntos. A pessoa não deve, em hipótese alguma, suspender o uso dos medicamentos por conta própria.
As atividades recomendadas aos idosos estão no âmbito biopsicossocial: Bio (biológico) – O exercício influi em aspectos funcionais (internos) e visa o aumento da força, da flexibilidade, do equilíbrio e da função cárdio-vascular; Psico (psicológicos) – O trabalho físico aumenta a disposição, melhora a auto-imagem, a auto-estima e a sensação de bem-estar; Social – A reinserção do indivíduo no grupo social e a ampliação das relações sociais são benefícios da prática desportiva.
O cuidador de idosos
A função do cuidador de idosos foi oficializada pela Portaria Interministerial n. 5.153, de 7 de abril de 1999, que considera a necessidade de habilitar recursos humanos para cuidar do idoso e de criar alternativas que proporcionem aos idosos melhor qualidade de vida. O cuidador oficializado por esta portaria é capacitado a realizar cuidados básicos, que de acordo com os documentos sobre o assunto, diz respeito à higiene, alimentação e ajuda na locomoção.

O Cuidador de Idosos é o profissional que trabalha com a população da terceira idade, fazendo o elo entre o idoso e a família, os serviços de saúde, os poderes públicos constituídos, os grupos de convivência e lazer e a comunidade em geral.
Ele está capacitado a atuar em diversas instâncias junto aos idosos no cuidado e assistência, nas atividades de convivência e lazer; aspectos da cidadania e das políticas públicas e criação de negócios direcionados para a população da terceira idade.
Esse profissional está capacitado para auxiliar o idoso que apresenta ou não limitações nas atividades da vida cotidiana. Oferece cuidado e/ou suporte ao idoso, desempenhando atividades relacionadas ao seu bem-estar físico, mental, social e legal, diretamente ou por meio de empresas voltadas a esse público.
Ele está apto, ainda, a lidar com idosos independentes ou dependentes, acamados ou não, inclusive em estado de demência, nas diversas instâncias de atenção – comunidade, hospital, clínica, domicílio e instituição de longa permanência, bem como a relacionar-se com os seus familiares e trabalhar em equipe multidisciplinar.
O Cuidador de Idosos está habilitado a avaliar, construir e gerenciar negócios baseados no atendimento ao público da terceira idade. Além de conhecer e divulgar a legislação específica que garante os direitos dos idosos, esse profissional está capacitado, também, a subsidiar políticas públicas que visem assegurar os direitos da população da terceira idade.

Idosos


Dança Para Idosos

Exercita o corpo , a mente e previne a depressão

Com o passar dos anos, nosso corpo muda muito. Não só na aparência e na textura da pele, também perdemos força muscular, alongamento e coordenação motora, o que começa a dificultar a realização de atividades básicas do nosso cotidiano.
Por isso, conforme envelhecemos fazer uma atividade física se torna fundamental para preservar a agilidade e a força muscular.
O progresso da medicina permitiu o aumento da expectativa de vida, portanto, a população idosa está cada vez maior. Pensando nesse mercado crescente, diversas academias oferecem programas de exercícios voltados exclusivamente para pessoas a partir dos 60 anos.
Os idosos devem praticar atividades compatíveis com sua idade e condição física. Especialistas costumam recomendar atividades de baixo impacto, que não colocam ossos e articulações em risco, como a hidroginástica e caminhada.
Atualmente, uma atividade alternativa que vem ganhando espaço entre os idosos é a dança, pois além de exercitar o corpo, promove momentos de diversão e sociabilidade.
A dança trabalha praticamente todos os músculos do corpo, melhora a coordenação motora, a postura, o equilíbrio, a agilidade, e ainda, ajuda a combater a depressão.

Dança Sênior

Idosos dançando
A coreógrafa e psicopedagoga alemã Ilse Tut e seu grupo de psicopedagogia social criaram em 1974 a metodologia Dança Sênior, que proporciona aos idosos qualidade de vida por meio da dança.
A Dança Sênior é formada por uma série de coreografias inspiradas em danças folclóricas e de salão de diversos povos, adaptadas à capacidade física da pessoa idosa. Foi introduzida no Brasil em 1978, pela arquiteta alemã Christel Weber.
A Dança Sênior pode ser praticada em pé, pelos idosos mais ativos, ou sentada, pelos idosos com alguma limitação, o que favorece a inclusão.

Benefícios da Dança Sênior

  • Estimula a motricidade e a mobilidade das articulações, proporcionando melhora da coordenação motora e maior domínio do corpo.
  • Melhora a circulação, favorecendo a oxigenação dos tecidos e a irrigação das células, prevenindo problemas cardiovasculares.
  • Atua também como um exercício mental, pois a memorização das coreografias permite a manutenção do raciocínio e da capacidade cognitiva.
  • Ajuda a combater a depressão, pois a dança é uma atividade prazerosa e social.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Aconselhamento

ACONSELHAMENTO PRÉNATAL


Muitas das mulheres, no decurso da gravidez, já tomaram uma decisão quanto ao tipo de alimentação que desejam para os seus filhos. Isto não impede, no entanto, que uma grande parte delas tenha dúvidas, incertezas, ou se mostrem ambivalentes. Nalguns casos essa decisão só é feita para o final da gravidez, sendo nesta altura que todas  se mostram mais sensíveis à informação sobre a amamentação e as suas particularidades e o aconselhamento se torna mais eficaz.É, actualmente, muito claro que o aleitamento materno é uma capacidade que se aprende, vulnerável a experiências negativas, desconhecimento ou falta de apoio. O aconselhamento em amamentação deverá ser parte importante do seguimento pré natal, já que as dúvidas, as preocupações, as ansiedades são normais.
É, atualmente, muito claro que o aleitamento materno é uma capacidade que se aprende, vulnerável a experiências negativas, desconhecimento ou falta de apoio. O aconselhamento em amamentação deverá ser parte importante do seguimento pré natal, já que as dúvidas, as preocupações, as ansiedades são normais.
Parece não ser muito importante a abordagem do aleitamento materno muito precocemente na gravidez, sendo mais importante fazê-lo no último trimestre, quando a grávida está mais receptiva. Também a utilização de materiais de apoio, escritos e ilustrados, sendo útil para aumentar os conhecimentos da mulher sobre a amamentação, parece pouco contribuir para a decisão de amamentar.
A abordagem pré-natal deverá incluir uma avaliação dos conhecimentos e convicções sobre o aleitamento materno, das experiências anteriores de aleitamento, e identificar problemas e necessidades susceptíveis de intervenção futura. Deverão ser abordadas questões relacionadas com a anatomia e fisiologia da lactação, o período pós parto imediato, o posicionamento e a pega correctos, os problemas mais comuns, a manutenção do aleitamento materno (e particularmente o retorno ao emprego). Igualmente, deverão ser fornecidas informações sobre os apoios profissionais e institucionais disponíveis para a resolução de problemas concretos. 
A possibilidade de poder conversar sobre estes temas é uma forma eficaz de aumentar o sucesso do aleitamento materno1.
Esta abordagem da grávida, como sempre, deve ser feita usando os seus conhecimentos e as suas competências de comunicação e aconselhamento, tendo sempre presente a necessidade de não evidenciar juízos de valor quanto às crenças e afirmações dela. Na recolha de informação de uma forma mais eficaz poderá usar um formulário de história de amamentação.
Deverá ser feita, então, uma História da Amamentação que deverá ser registada no processo clínico da mulher, e, tal como toda a outra informação da gravidez, acompanhá-la aquando da transição para outras instituições.

Pontos importantes na História da Amamentação

1.       Saúde materna
2.       Alergias maternas e familiares
3.       Mamas e mamilos       
3.1.Cirurgias, Doenças
4.       História prévia de Amamentação
4.1. Duração do aleitamento materno exclusivo de cada filho
4.2. Problemas iniciais (dor, mastite, bebé adormecido?)
4.3. Outros problemas (trabalho, desmame?)
4.4. Apoio recebido
4.5. História familiar de aleitamento materno
5.       Gravidez actual
5.1. Conhecimentos da mãe
5.2. Preocupações da mãe
5.3. Planos para utilização de leites artificiais 

Cuidados com as mamas e os mamilos

O tamanho, a forma ou a simetria das mamas, antes da gravidez, têm pouco a ver com a capacidade de amamentar. A maior contribuição para a variação de tamanho das mamas é da gordura que rodeia o tecido mamário mas não tem qualquer papel na produção de leite.
Com o decorrer da gravidez as mamas sofrem  alterações, ficando maiores e mais pesadas, e a área à volta do mamilo (aréola) fica mais escura e mais sensível, como consequência da preparação para a produção de leite. Algumas mulheres poderão apresentar uma pele mais sensível, o que não tem importância para o aleitamento materno, e irá resolver-se espontaneamente nas primeiras semanas após o parto. O crescimento das mamas durante a gravidez é um bom indicador de que se estão a preparar para produzir leite
Não é necessário fazer nada de especial para preparar as  mamas para a amamentação, tal como massagens com cremes, fricções ou expressão de colostro. Nem é necessário "endurecer" os mamilos.
Deve ser aconselhada a lavagem das mamas com água sem sabão (para não remover os óleos naturais da sua pele), durante a higiene diária, e a utilização de um soutien confortável, não apertado.
Algumas vezes os mamilos podem ser pequenos (mamilos rasos) ou até parecerem "puxados" para dentro (mamilos invertidos) parecendo não terem tamanho para o bebê poder mamar bem, para fazer uma boa pega. Na maior parte das vezes, estas configurações não acarretam problemas para o bebê mamar (o bebê mama no peito não no mamilo), podendo apenas e esporadicamente dificultar nos primeiros dias. O exame e tratamento dos mamilos rasos ou invertidos não é recomendado. Este tipo de práticas são ineficazes ou até associadas com um impacto negativo na amamentação.
Os implantes de silicone não impedem ou interferem com o aleitamento materno e não têm impacto no bebê. Igualmente, no caso de redução mamária, a maior parte das mulheres consegue amamentar. No entanto, pode ser possível que nos primeiros dias após o parto seja necessário ajuda devido a alguma dificuldade de produção de leite. Neste caso, a amamentação frequente, sem restrições e horários, permite aumentar a quantidade de leite, evitando leites artificiais que impedirão uma maior estimulação das mamas.

O que pode fazer:

  • Nas visitas pré natais explique à grávida, com tempo, as vantagens do aleitamento materno e os inconvenientes do aleitamento artificial.
  • Ajude a mulher a entender que:  Todas as mulheres que têm um parto podem produzir leite, a menos que sofram a retenção de algum fragmento da placenta;  A maior parte das mulheres consegue amamentar exclusivamente durante 6 meses, e manter a amamentação após a introdução de alimentos sólidos pelo tempo que quiserem; O tamanho das mamas e a forma dos mamilos não têm importância para o sucesso do aleitamento materno; A preparação das mamas e dos mamilos, durante a gravidez, não é necessária. 
  • Encoraje a mulher a falar das preocupações, dúvidas e expectativas sobre o aleitamento materno e a maternidade, e converse com ela sobre isso.
  • Dê particular atenção a mulheres jovens, sozinhas, com experiências anteriores negativas ou com outro tipo de necessidades especiais.
  • Evite um controlo excessivo de uma gravidez sem problemas, o que pode contribuir para perda de confiança e insegurança, e afetar negativamente o sucesso da amamentação.
  • Explique a importância das primeiras horas após o parto para o estabelecimento de um aleitamento materno com sucesso. 
  • Explique, de forma breve e simples, como funciona o aleitamento materno. Saliente a importância de uma boa pega e da amamentação a pedido. 
  • Ajude a mulher a ficar confiante que possíveis dificuldades com o aleitamento materno serão resolvidas, com sucesso, em 99% dos casos.
  • Ajude a compreender que: Amamentar não é mais cansativo que alimentar com biberão. Pode funcionar como uma técnica anti stress: tanto a mãe como o bebê retiram conforto da amamentação; O aleitamento materno é mais prático que o uso de biberões: está sempre disponível, é fácil de transportar, é mais higiênico; O  aleitamento materno é a forma mais moderna de alimentação.
  • Fale com a mulher sobre a experiência anterior de amamentação, e se teve dificuldades, ajude a perceber porquê.
  • Aconselhe a procurar apoio junto dos profissionais de saúde, de grupos de apoio ou amigas que tenham amamentado e a informar-se em livros, encontros, em sítios na Internet, como este.
  • Aconselhe a discussão com o companheiro e a família.
  • Identifique situações e motivos que possam dificultar a amamentação e procure ajudar a preveni-las ou resolvê-las.
Aconselhe (e explique porquê)  o que a mãe pode fazer na maternidade/hospital, para conseguir sucesso no aleitamento materno:  Amamentar logo após o parto; Solicitar o alojamento conjunto, para poder dar de mamar frequentemente e ter mais contacto com o seu filho; Como reconhecer os sinais do filho, particularmente os sinais de fome; Pedir que não dêem ao bebê chupetas ou biberões, sem a autorização dela; Procurar ter poucas visitas, na maternidade e nos primeiros dias em casa, para ter tempo para ela, para o filho e para dar de mamar; Identificar a quem recorrer depois de ir para casa; Ter uma bomba para retirar leite, para as várias situações em que serão úteis. Explique como usá-la.

Dor nas costas durante a grávidez

Por que estou com dor nas costas?

Entre 50% e 75% de todas as grávidas sente dor nas costas em algum momento da gravidez. Mas há estratégias que podem aliviar a situação.

A culpa pela dor nas costas provavelmente é do peso do útero e das mudanças hormonais. Com o crescimento do útero, os músculos abdominais ficam mais fracos e seu centro de gravidade muda de lugar. Com isso, sua postura muda, o que acaba forçando nervos e a coluna.

A ação dos hormônios deixa as articulações e os ligamentos mais "soltos", o que provoca instabilidade e dor em momentos específicos: ao andar, ao ficar de pé ou sentada por muito tempo, ao se virar na cama, ao se levantar de um assento baixo.

O mais comum é a dor nas costas aparecer nos últimos meses da gravidez, ou ir piorando até o bebê nascer. Ela também pode persistir por algum tempo depois do parto, mas costuma sumir em poucos meses.

Nada disso parece muito animador. A única boa notícia é que a dor nas costas não afeta a saúde do bebê.

É verdade que existe mais de um tipo de dor nas costas na gravidez?


Sim, Existem vários tipos de dor nas costas na gravidez:

Dor nas costas verdadeira
É a dor causada pelos mesmos fatores que a dor nas costas em pessoas que não estão grávidas.

Ligamentos, músculos, discos e articulações podem ficar sobrecarregados devido a problemas de postura, ao hábito de carregar peso de maneira incorreta, à fraqueza ou insuficiência muscular e a lesões. O mais comum é que esse tipo de dor já exista antes da gravidez.

A dor nas costas costuma piorar no fim do dia, ou quando se fica de pé por longos períodos. Isso se deve ao cansaço muscular e à distensão dos ligamentos, para sustentar o seu peso e o do bebê.

Dor ciática
Uma pequena proporção de mulheres sofre de ciática durante a gravidez. Trata-se da dor no nervo ciático, na base das costas, dos lados, por inflamação ou pressão.

Às vezes, o funcionamento do nervo pode ficar prejudicado, o que provoca fraqueza na perna ou sensação de formigamento. A dor pode se estender pela parte de trás da perna. Ao contrário do que acreditam as pessoas, a ciática não é causada pela pressão do bebê sobre o nervo.

É provável que, se você tiver dor no nervo ciático, tenda a ter o problema grávida ou não. Tente identificar a ação ou posição que deflagram a dor (deitar de barriga para cima, por exemplo) e a evite.

Dor pélvica
O tipo mais comum de dor nas costas na gravidez é a dor no plexo pélvico. A dor pélvica é consequência da gestação e deve ser tratada de forma diferente da dor nas costas comum. Os tratamentos tradicionais podem ser ineficazes e até piorar a dor no plexo pélvico.

Se você sentir dor na parte da frente, acima da vagina, no osso do púbis, pode estar sofrendo de um problema chamado disfunção da sínfese púbica.

É importante pedir ajuda ao seu médico ou a um especialista para ajudar a diferenciar a dor causada por esses problemas.

Dor causada por contrações
Em casos mais raros, as contrações de um trabalho de parto prematuro podem vir na forma de dor nas costas.

A partir do segundo ou terceiro trimestre, preste atenção se a dor nas costas vem em ondas, e olhe no relógio para ver se elas têm alguma regularidade.

Às vezes a dor nas costas pode ser uma contração sem que a barriga fique dura. Se desconfiar de que está tendo contrações antes da 37a. semana de gravidez, procure o médico.

Tenho como prevenir a dor nas costas?



Um dos fatores benéficos é estar na melhor forma física possível antes de engravidar. Se você já está grávida, não é tarde demais para melhorar seu condicionamento físico.

Fazer exercícios reduz a probabilidade de sofrer dor nas costas na gestação. Se você não está acostumada a se exercitar, comece devagar, com orientação do seu médico.

Fazer atividades físicas moderadas com frequência, manter uma boa postura, evitar levantar peso e seguir algumas orientações simples para cuidar das costas podem prevenir o surgimento de dor. Se você tiver que carregar alguma coisa, segure o objeto bem perto do corpo, dobre os joelhos, e não as costas, e tente não torcer o corpo.

Se você fica muito tempo sentada, procure manter a coluna bem reta. Um dos jeitos de fazer isso é apoiar os pés num banquinho, e usar um rolinho ou uma almofada na base da coluna. Levante-se e dê uma caminhada de tempos em tempos.

Evite usar salto alto e prefira sapatos bem confortáveis e firmes. Se você trabalha em pé, tente se organizar para fazer um intervalo de descanso no meio do dia.

O que posso fazer para aliviar a dor nas costas?

Água e calor. Um banho quente de imersão, sem exagerar na temperatura da água , uma bolsa de água quente nas costas ou só o jato da água quente do chuveiro podem aliviar a dor nas costas.

Use uma cinta de sustentação para grávidas. Seu médico pode recomendar o uso de um cinto de sustentação para ajudar a distribuir o peso da barriga e aliviar a sobrecarga nos músculos da barriga e das costas.

Use travesseiros. Dormir de lado com um travesseiro embaixo da barriga pode reduzir a dor nas costas. Você também pode experimentar um travesseiro no meio das pernas.

Exercícios. (Exercícios pélvicos e para a região do baixo abdome.) Para fazer exercícios abdominais de forma segura, fique de quatro e mantenha as costas retas. Inspire e, quando expirar, faça um exercício dos músculos pélvicos e ao mesmo tempo contraia a barriga. Mantenha a contração por entre 5 e 10 segundos, sem prender a respiração e sem mexer as costas. Relaxe os músculos devagar quando terminar.

• Se você tiver dor no cóccix, tome cuidado ao se sentar e arqueie as costas até ficar confortável. Use uma almofada macia ou em forma de anel, com um buraco no meio. Essas almofadas são vendidas em lojas de artigos médicos, mas você pode tentar uma bóia de criança, ou então uma almofada de amamentação.

• Tente uma massagem. Massagear a região lombar ajuda a amenizar a dor nos músculos. Experimente se apoiar nas costas de uma cadeira, sentada, ou deitar de lado. Seu parceiro pode massagear os músculos de cada lado ao longo da coluna ou se concentrar na região lombar. Um massagista profissional, um quiropraxista, o médico ou um fisioterapeuta podem ajudá-la ainda mais.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Enjôo , Azia e Anemia

Sopas que aliviam enjôo, azia e anemia
Selecionamos ingredientes que ajudam a aliviar alguns males da gravidez
Sopa é o prato que mais combina com a grávida e tempo frio, primeiro porque oferece uma relaxante sensação ao aquecer o corpo, e por ser uma refeição leve, ideal para esta fase em que o estômago fica cada vez mais apertadinho devido ao crescimento do bebê dentro da barriga. "Especialmente à noite, este tipo de preparação também diminui o problema de refluxo", completa a nutricionista Maria Letícia Carneiro Novaes, que lembra a importância de não cozinhar demais os alimentos, evitando assim que percam os nutrientes.

Para se beneficiar ainda mais, é possível selecionar ingredientes que ajudam a aliviar alguns males decorrentes da gravidez. Confira a seguir sugestões de receitas feitas sob medida para esta fase, elaboradas pela chef do Restaurante Chácara Santa Cecília, Tania Novaes, de São Paulo.

Sopa de batata com couve

4 batatas grandes
2 talos de alho-poró
2 xícaras (chá) de couve
2 colheres (sopa) de manteiga
1 tablete de caldo de legumes
1 cebola pequena
Sal e pimenta a gosto
1 xícara (chá) de creme de leite fresco
1 colher (chá) de molho inglês

Modo de Fazer
Ingredientes
Em uma panela, aqueça a manteiga e refogue o alho-poró e a cebola. Acrescente as batatas em cubos e água até cobri-las.Coloque o caldo de legumes.Depois de cozido, bata no liquidificador e volte para a panela. Então, acrescente a couve, o molho inglês e, por último, o creme de leite fresco.Não deixe ferver.

Indicação: prisão de ventre

Sopa de cenoura com gengibre e suco de laranja

Ingredientes4 cenouras grandes
1 talos de alho-poró
2 colheres (sopa) de manteiga
1 tablete de caldo de legumes
Sal e pimenta a gosto
1 colher (sobremesa) de gengibre ralado
1 xícara (chá) de suco de laranja

Modo de Fazer
Refogue o alho-poró na manteiga e acrescente as cenouras em cubos, o caldo de legumes e o gengibre. Coloque água até cobrir os ingredientes para cozinhar. Quando os alimentos estiverem macios, bata-os no liquidificador e volte para a panela. Tempere com sal e pimenta e deixe ferver mais um pouco. Na hora de servir, coloque uma colher de sopa do suco de laranja em cada porção.

Indicação: enjôo e baixa imunidade

Sopa de beterraba

Ingredientes
4 beterrabas com casca, lavadas
1 talo de alho-poró
1 cebola pequena
1 xícara de suco de limão siciliano
4 colheres (sobremesa) de iogurte
1 fio de azeite
Sal e pimenta a gosto

Modo de Fazer
Em uma panela, coloque a beterraba, o alho-poró, a cebola e água até cobri-los. Deixe cozinhar até que fiquem macios. Depois, tire as cascas das beterrabas e bata tudo no liqüidificador. Acrescente limão, sal e pimenta do reino. Não é preciso ferver. Sirva com o iogurte e o azeite.

Indicação: anemia, cãibra e enjôo

Sopa de batata com alho-poró

Ingredientes
6 batatas grandes em cubos
2 talos de alho-poró picado
2 colheres (sopa) de manteiga
1 tablete de caldo de legumes
1 cebola pequena
Sal e pimenta a gosto
1 xícara (chá) de creme de leite fresco
1 colher (chá) de molho inglês

Modo de Fazer
Em uma panela, aqueça a manteiga e refogue o alho-poró e a cebola. Acrescente as batatas, o caldo de legumes e a água até cobrir os ingredientes.Quando ficarem macias, bata-as no liquidificador e volte a mistura para a panela.Coloque o sal, a pimenta, o molho inglês e, por último, o creme de leite fresco. Não ferva.

Indicação: fraqueza e prisão de ventre

Sopa fria de iogurte com hortelã e pepino

Ingredientes
6 pepinos japoneses cortados em cubinhos
1 xícara (chá) de hortelã em tiras finas
1 litro de iogurte
Canela em pó a gosto
Sal e pimenta síria a gosto

Modo de Fazer
Coloque os pepinos em cubinhos em uma peneira com sal.Deixe-os descansar por 30 minutos para desidratar. Então, despreze o líquido que escorreu.Tempere o iogurte com um pouco de canela, hortelã e a pimenta síria.Acrescente os pepinos por último.

Indicação: inchaço, azia, enjôo e falta de cálcio

Sopa de mandioquinha com hortelã e manjericão

Ingredientes
6 mandioquinhas grandes
1 talo de alho-poró
2 colheres (sopa) de manteiga
1 tablete de caldo de legumes
1 cebola pequena
Sal e pimenta a gosto
1 colher (sopa) de hortelã em tiras
1 colher (sopa) de manjericão
1 xícara de iogurte

Modo de Fazer
Em uma panela, aqueça a manteiga e refogue o alho-poró e a cebola. Acrescente as mandioquinhas em cubos, 3 xícaras de água e o caldo de legumes.Depois de cozido, bata a mistura cozida no liquidificador e volte para a panela.Tempere com sal e pimenta, acrescente os temperos frescos. E o iogurte por último.

Indicação: má circulação e fraqueza

Sopa de mandioca com espinafre e alecrim

Ingredientes
2 raízes de mandioca grandes
2 talos de alho-poró
2 colheres (sopa) de manteiga
1 tablete de caldo de legumes
1 cebola pequena
1 prato fundo de folhas de espinafre cru
Sal e pimenta a gosto
1 colher (chá) de molho inglês
1 galho de alecrim

Modo de Fazer
Em uma panela, aqueça a manteiga e refogue o alho-poró e a cebola. Acrescente as mandiocas em cubos (sem o fio), o caldo de legumes e o alecrim. Depois de cozido, bata no liqüidificador e volte para a panela. Acrescente o alecrim, o molho inglês e, por último, o espinafre.
Indicação: anemia e prisão de ventre.

Andador

 
O andador pode prejudicar a postura e a marcha da criança e, na pior das hipóteses, acabar em traumatismo craniano
Os pais têm se preocupado bastante com a segurança de seus filhos. Principalmente com as crianças pequenas, os cuidados vão desde o tipo e a composição dos alimentos, passando pelo uso adequado de roupas e, mais recentemente, com os brinquedos e os recursos facilitadores do dia-a-dia, como o tipo de carrinho, o bebê-conforto e outros...
E esta é uma atitude essencial dos familiares, pois permite avaliar riscos que muitas vezes não são percebidos de imediato quando compramos um desses bens e que podem criar situações imprevistas, levando a emergências desagradáveis. Muitos devem se lembrar do que ocorreu no ano passado, quando um brinquedo foi retirado do mercado pela empresa distribuidora porque as cores que o ornavam tinham um pigmento tóxico. Outro fato semelhante que pode ser lembrado é o de uma bala arredondada, bastante saborosa, mas ao mesmo tempo com tamanho difícil para ser mantida na boca e muito lisa, favorecendo engasgos perigosos.
Gostaria, agora, de falar de uma engenhoca simples, muito apreciada pelos pais, de preço acessível e até recebida como presente de parentes ou amigos, aparentemente inofensiva: o famoso andador. Como todos sabem, trata-se de uma armação de metal assentada em quatro pezinhos, uma rodinha em cada, na qual está adaptado um assento e que faz a alegria da família. Ali, em geral, são colocados bebês em torno dos 8 meses, que ficam sorridentes mexendo as perninhas de um lado para outro. Que graça!
Logo as crianças aprendem que, na medida em que começam a ter um melhor controle motor, conseguem deslocar-se empurrando o chão com seus pés. E aí começa uma circulação pela casa, para orgulho dos pais e do restante da família. Imaginem, “ele está andando, vai para onde quer”. E é aí que começa o perigo! É sobre isto que gostaria de alertar. Sabem se deslocar e divertem-se pela farra que fazem e por fazer sucesso com os adultos.
Só que esses bebês não têm uma noção do “trânsito” da casa e podem machucar-se trombando com a quina da mesa, ou mesmo chocando-se com a porta ou o batente desta. Em situações de maior seriedade, quando há degraus, o andador poderá virar e favorecer ferimentos mais complexos na face, com lesões nos olhos, na boca e no rosto. Se o acidente acontecer numa escada com vários degraus, pode ser ainda mais grave, com traumatismo craniano e outras fraturas.
O uso prolongado do andador traz ainda outros riscos, podendo prejudicar o controle postural do tronco e do quadril. Ao ficar sentada com este apoio não natural, a criança pode ter dificuldades de estabelecer seu próprio controle para a postura, prejudicando a aquisição da marcha. Ou seja: o andador, por fazer a criança “andar” mais cedo, pode acabar prejudicando exatamente a capacidade de caminhar.
O acessório não precisa ser totalmente banido: ele pode ser utilizado por um tempo limitado, durante a alimentação, ao comer uma papinha, sempre sob o olhar de quem o está cuidando. E, ao usá-lo no momento da alimentação, procure fazê-lo num local plano, o mais distante possível de objetos que possam machucar seu filho.
Segue este alerta que serve para outros produtos que existam na casa. Esta gentinha nova precisa aprender um tanto para que tenha autonomia de livre trânsito.
Dr. Saul é neurologista infantil e diretor do instituto de neurodesenvolvimento integrado (Indi).

Você Trocaria 5.500 Fraldas Descartáveis Por 65 de Pano ?

Quando você pensa numa fralda de pano, qual a primeira imagem?
Aquelas brancas, dobradas em forma de triângulo, presas com um alfinete de segurança (joaninhas), que vazam por todos os lados?
 
Bom, podem dizer que as fraldas de pano também evoluíram, e muito! Alias a praticidade das descartáveis às de pano tem sido uma tarefa até bem atual. Hoje um grupo crescente de pessoas procura soluções alternativas às fraldas descartáveis e o movimento é mais acentuado nos EUA e Europa.
 
Fatos e realidade:
 
-uma criança utiliza 5500 fraldas durantes seus primeiros 2 anos de vida;
-fraldas levam em média 450 anos em sua decomposição, nos lixões;
- conta-se 5 árvores abatidas para 5500 fraldas descartáveis;
- em média, 2% do lixo recolhido correspondem à fraldas descartáveis (ex: o município de SP produz 13.000 toneladas diárias de lixo = 260 toneladas diárias de fraldas descartáveis)
- um bilhão de árvores são usadas, no mundo inteiro, por ano, para suprir a indústria de fraldas.
 
Quanto é mil bilhões de fraldas em termos de volume?
 
- no processo de branqueamento da polpa de madeira para fabricação do papel, (sendo que este também é utilizado nas fraldas), há liberação de dioxinas. E também caso o lixo plástico (leia-se fraldas descartáveis ídem) seja queimado.
Fraldas de pano com o mesmo formato das descartáveis, é possível?
São mais volumosas por serem de pano, mas são laváveis na máquina, resistentes á altas temperaturas e podem ser usadas muitas e muitas vezes. Atendem duas ou 3 crianças na mesma família tranquilamente.
Como é por dentro, como montar, como usar?
Essa é a fralda fechadinha, como você vai receber. Por dentro da fralda, embutida,que não sai, tem uma faixa absorvente igual a essa branca, na foto á esquerda. E junto com a fralda, vai uma faixa absorvente extra, que você coloca ou não, a faixa extra aumenta a capacidade de absorção da fralda.

Abra a fralda, coloque a faixa absorvente extra por cima e então a criança por cima de tudo. Feche a fralda, puxando a parte de baixo pelas perninhas da criança, ajuste a tensão através do velcro.
Quantas fraldas uma criança usa?
Estudos alegam que para produzirmos 5000 a 6000 fraldas descartáveis (quantidade que uma criança usa nos seus primeiros 24 meses de vida) , 5 árvores são necessárias e estas fraldas se não forem queimadas, persistem 450 anos nos lixões da vida. Se forem queimadas, liberam a dioxina, uma substância cancerígena. Algumas contas básicas assustam bastante.

Até os 3 meses - 90 dias - 7 fraldas/dia - 630 fraldas P
Dos 3 aos 6 meses - 90 dias - 6 fraldas/dia - 540 fraldas M
dos 6 aos 24 meses - 900 dias - 5 fraldas/dia - 4500 fraldas G

Total de fraldas até os 2 anos - 5670 fraldas

É hora de escolher o nome do bebê


O pai prefere Luiza, mas a mãe adora Giulia...
Como fazer para decidir o nome do bebê?
Um dos momentos mais aguardados da gravidez é a descoberta do sexo do bebê, mas junto vem a missão de decidir qual será o nome do futuro integrante da família. João, Gustavo, Pedro...
 
Escolher o nome do filho pode levar mais tempo que a própria gestação.
Avós, parentes, amigos, todos querem dar um palpite e os pais acabam ficando confusos. Isso quando a criança consegue escapar de ganhar um nome estranho. Para ajudar os pais com o batismo, A Família Cresceu consultou a numeróloga Sarah Fiks, que traz algumas informações importantes.
 
Segundo Sarah, o nome é uma espécie de chave para a personalidade da pessoa. “É necessário ser muito cuidadoso na hora de batizar um bebê, esse será o cartão de visita que ele vai carregar para sempre", complementou.
 
Combinações feitas com o nome dos pais e nomes exóticos podem até atrapalhar o desenvolvimento da criança.
"A pessoa não pode ter vergonha de seu próprio nome, assim ela vai passar a vida tentando escondê-lo ou em alguns casos adotar apelidos", conclui Sarah.
 
O nome carrega as características particulares e o carisma de cada pessoa. “As vibrações predominantes em um nome transmitem a imagem e as qualidades que ela possui. Se o nome é forte, isso influenciará na vida e nas escolhas futuras", explica a numeróloga.
Na hora de homenagear um parente ou um ídolo batizando a criança com o mesmo nome, é preciso prestar atenção à vida do homenageado. "Se a pessoa teve uma vida boa ou triste, essas vibrações podem passar para o bebê", esclarece Sarah.
 
Para a numerologia, é possível descobrir qual a vibração predominante em um nome. Através de alguns cálculos feitos a partir de uma tabela pitagórica, a pessoa pode descobrir aspectos de sua personalidade.
 
Cada letra na tabela corresponde a um valor, que somado dará um único número. Esse número revela algumas características da personalidade.
Mas não só os aspectos numerológicos de um nome devem ser observados na hora da escolha, enfatiza Sarah. "É preciso ter bom senso. O nome deve ser pequeno, harmonioso. A grafia não deve ser complicada, evite letras pouco comuns no português, como 'Y', que tem o mesmo som de um 'I'".
 
Pode ser um pouco difícil, mas com calma tudo se resolve. Lembre-se que, esta é uma decisão que deve ser tomada com o coração. Com isso em mente, reúna a família e faça uma lista dos nomes favoritos. Depois escolha qual combina melhor e corra para registrar o pimpolho.

Prolactina

O que é prolactina?

A prolactina é um hormônio produzido pela glândula hipófise, que estimula a produção de leite pela mama no período da amamentação.


O que é a hipófise?


É uma glândula do tamanho de uma ervilha, localizada na base do cérebro logo atrás dos olhos numa região chamada sela túrcica.
Além da prolactina, ela produz vários outros hormônios que estimulam o crescimento, a contração do útero, o volume da urina e controla o funcionamento de outras glândulas endócrinas como a tireóide, a supra-renal, os ovários e os testículos.

O que causa a prolactina elevada?

Durante a gestação e amamentação é normal o aumento da prolactina. Fora destes períodos, se a dosagem de prolactina no sangue estiver elevada, pode ser o indício de algum problema. Entre as causas mais freqüentes dessa elevação são o hipotireoidismo não controlado, o uso de alguns medicamentos, estresse, ovário policístico e tumores benignos da hipófise. Atualmente, exames como a tomografia computadorizada e a ressonância nuclear magnética têm sido muito utilizados pois permitem o estudo da hipófise e contribuem para o diagnóstico. Em alguns casos, entretanto, apesar do nível do prolactina estar elevado, pode não ser possível identificar uma causa orgânica.
Que sintomas pode apresentar a pessoa com prolactina elevada?
Mulheres podem apresentar galactorréia (secreção de um líquido leitoso pela mama), alterações do ciclo menstrual, dor de cabeça, alterações visuais, diminuição do apetite sexual e infertilidade. Homens podem apresentar diminuição do apetite sexual, impotência, dor de cabeça, infertilidade e alterações visuais. Algumas vezes, o aumento da prolactina pode não manifestar nenhum sintoma.

O que é Big-Prolactina ou macroprolactina?


É um tipo diferente de prolactina, presente em alguns indivíduos, que causa um aumento nos resultados dos exames de prolactina, mas é uma situação benigna, que não causa sintomas e não necessita de tratamento. A dosagem da big-prolactina permite o esclarecimento desta condição.

E como é o tratamento?
O tratamento depende da causa e geralmente é clínico. Na maioria das vezes, o uso de medicamentos permite um controle adequado, até mesmo em casos de prolactinomas (tumores produtores de prolactina). Eventualmente, entretanto, pode ser necessário o tratamento cirúrgico ou com radioterapia.
Dr. Geraldo Santana
Médico endocrinologista

Quantas horas meu filho precisa dormir ?

Essa é uma pergunta que tira o sono de muitos pais. Veja aqui quanto tempo a criançada necessita de descanso em cada idade e saiba identificar os sinais de que algo vai mal.
É para morrer de inveja. Nos primeiros meses de vida, algumas crianças passam mais de dois terços do dia com os olhos fechados, embaladas em um sono gostoso e despreocupado. É isso mesmo. Em média, quem acabou de chegar ao mundo dorme entre 16 e 20 horas por dia - incluindo no cálculo as sonecas da tarde. Mais que mera preguiça, tanto sossego é essencial para o desenvolvimento dos muito pequenos.
"É durante o sono que acontecem a produção de hormônios e o crescimento de células responsáveis pela manutenção do organismo", explica Márcia Pradella-Hallinam, coordenadora do setor de Pediatria do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo. "Além disso, ele é essencial para a consolidação da memória", completa. Segundo um artigo publicado em abril na revista americana Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine, quanto menor o tempo de sono, maior o risco de a criança apresentar sintomas de ansiedade, depressão e agressividade no futuro. Já deu para entender que o negócio é sério.
Mas quanto exatamente é dormir pouco?
Os especialistas estimam um número de horas médio de descanso para que as crianças cresçam saudáveis. Mas não dá para ignorar a individualidade dos pequenos. Assim como os adultos, alguns bebês são naturalmente mais agitados ou preguiçosos. Como você conhece seu filho melhor do que ninguém, pode apostar na sensibilidade e na intuição para detectar quando o chororô e as noites em claro são mais que pura manha.
Márcia ajuda: "Olheiras, sinal de cansaço físico durante o dia e humor irritadiço mostram que algo não está indo bem à noite". Aí é preciso observar se o motivo da dificuldade para dormir é o mau condicionamento ou se a criança realmente tem algum transtorno perturbando o sono, como apnéia, cólicas ou refluxos. Nesse caso, peça orientação ao pediatra. Ninguém é mais indicado do que ele para dar uma mãozinha.
A pediatra americana Judith Owens, especialista em sono, indica o número de horas de descanso necessário em diferentes fases da infância para que a criança cresça saudável.
Antes de ver os números abaixo, lembre: eles servem apenas como uma referência. Se o seu filho dorme algumas horas a mais ou a menos do que o indicado, não significa que ele tenha algum distúrbio.
  • Até 3 meses (de 16 a 20 horas de sono): a criança ainda não é capaz de distinguir o dia da noite, e o seu relógio biológico está programado para despertar a cada três ou quatro horas.
  • 6 meses (de 13 a 14 horas de sono): o organismo já se deu conta de que o dia tem 24 horas. Alguns bebês - para a felicidade das mães - conseguem dormir a noite toda. Normalmente, eles fazem duas sestas: uma depois da refeição da manhã e outra após a do meio-dia.
  • 1 ano (de 12 a 14 horas de sono): o cochilo da manhã pode ser dispensado, principalmente se a criança começa a freqüentar uma creche ou escolinha.
  • 3 a 5 anos (de 11 a 12 horas de sono): a necessidade de descanso já diminuiu bastante nessa fase. Aos poucos, a criança dará adeus também à soneca da tarde.

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