sexta-feira, 13 de julho de 2012

O livro dos espiritos


Filosofia Espiritualista

Contendo

Os princípios da Doutrina Espírita

sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da humanidade – segundo o ensinamento dos Espíritos superiores, através de diversos médiuns, recebidos e ordenados por

Allan Kardec

Tradução de
Renata Barbosa da Silva e
Simone T. Nakamura Bele da Silva
Edição Petit Editora

Índice das matérias

Princípios Básicos

Parte Primeira – As Causas Primárias

Capítulo 1 Deus
Deus e o infinito
Provas da existência de Deus
Atributos da Divindade
Panteísmo
Capítulo 2 Elementos gerais do universo
Conhecimento do princípio das coisas
Espírito e matéria
Propriedades da matéria
Espaço universal
Capítulo 3 Criação
Formação dos mundos
Formação dos seres vivos
Povoamento da Terra. Adão
Diversidade das raças humanas
Pluralidade dos mundos
Considerações e concordâncias bíblicas a respeito da Criação
Capítulo 4 Princípio vital
Seres orgânicos e inorgânicos
A vida e a morte
Inteligência e instinto

Parte Segunda – Mundo espírita ou dos espíritos

Capítulo 1 dos Espíritos
Origem e natureza dos Espíritos
Mundo normal primitivo
Forma e ubiqüidade dos Espíritos
Perispírito
Diferentes ordens de Espíritos
Escala Espírita
Terceira ordem - Espíritos imperfeitos
Segunda ordem - Bons Espíritos
Primeira ordem - Espíritos puros
Progressão dos Espíritos
Anjos e demônios
Capítulo 2 Encarnação dos espíritos
Objetivo da encarnação
A alma
Materialismo
Capítulo 3 Retorno da vida corporal à vida espiritual
A alma após a morte
Separação da alma e do corpo
Perturbação espiritual
Capítulo 4 Pluralidade das existências
A reencarnação
Justiça da reencarnação
Encarnação nos diferentes mundos
Transmigração progressiva
Destinação das crianças após a morte
Sexo nos Espíritos
Parentesco, filiação
Semelhanças físicas e morais
Idéias inatas
Capítulo 5 Considerações sobre a Pluralidade das existências
Capítulo 6 Vida espírita
Espíritos errantes
Mundos transitórios
Percepções, sensações e sofrimentos dos Espíritos
Ensaio teórico sobre a sensação nos Espíritos
Escolha das provas
Relações após a morte
Relações de simpatia e antipatia dos Espíritos. Metades eternas
Lembrança da existência corporal
Comemoração dos mortos. Funerais
Capítulo 7 Retorno à vida corporal
Prelúdio do retorno
União da alma e do corpo. Aborto
Faculdades morais e intelectuais do homem
Influência do organismo
Os deficientes mentais e a loucura
Infância
Simpatias e antipatias terrenas
Esquecimento do passado
Capítulo 8 Da emancipação da alma
O sono e os sonhos
Visitas espíritas entre pessoas vivas
Transmissão oculta do pensamento
Letargia, catalepsia, mortes aparentes
Sonambulismo
Êxtase
Dupla vista
Resumo teórico do sonambulismo, do êxtase e da dupla vista
Capítulo 9 Intervenção dos espíritos no mundo corporal
Como os Espíritos podem penetrar nossos pensamentos
Influência oculta dos Espíritos sobre nossos pensamentos e nossas ações
Possessos
Convulsivos
Afeição dos Espíritos por certas pessoas
Anjos de guarda; Espíritos protetores, familiares ou simpáticos
Pressentimentos
Influência dos Espíritos sobre os acontecimentos da vida
Ação dos Espíritos sobre os fenômenos da natureza
Os Espíritos durante os combates
Pactos
Poder oculto. Talismãs. Feiticeiros
Bênção e maldição
Capítulo 10 Ocupações e missões dos espíritos
Capítulo 11 Os três reinos
Os minerais e as plantas
Os animais e o homem
Metempsicose

Parte Terceira – Leis morais

Capítulo 1 Lei divina ou natural
Características da lei natural
Origem e conhecimento da lei natural
O bem e o mal
Divisão da lei natural
Capítulo 2 Lei de adoração
Objetivo da adoração
Adoração exterior
Vida contemplativa
Prece
Politeísmo
Sacrifícios
Capítulo 3 Lei do trabalho
Necessidade do trabalho
Limite do trabalho. Repouso
Capítulo 4 Lei de Reprodução
População do globo
Sucessão e aperfeiçoamento das raças
Obstáculos à reprodução
Casamento e celibato
Poligamia
Capítulo 5 Lei de conservação
Instinto de conservação
Meios de conservação
Prazeres dos bens da terra
Necessário e supérfluo
Privações voluntárias. Mortificações
Capítulo 6 Lei de destruição
Destruição necessária e destruição abusiva
Flagelos destruidores
Guerras
Assassinato
Crueldade
Duelo
Pena de morte
Capítulo 7 Lei de Sociedade
Necessidade da vida social
Vida de isolamento. Voto de silêncio
Laços de família
Capítulo 8 Lei do Progresso
Estado natural
Marcha do progresso
Povos degenerados
Civilização
Progresso da legislação humana
Influência do Espiritismo sobre o progresso
Capítulo 9 Lei de igualdade
Igualdade natural
Desigualdade das aptidões
Desigualdades sociais
Desigualdade das riquezas
Provas de riqueza e de miséria
Igualdade dos direitos do homem e da mulher
Igualdade diante do túmulo
Capítulo 10 Lei de Liberdade
Liberdade natural
Escravidão
Liberdade de pensar
Liberdade de consciência
Livre-arbítrio
Fatalidade
Conhecimento do futuro
Resumo teórico da motivação das ações do homem
Capítulo 11 Lei de justiça, amor e caridade
Justiça e direitos naturais
Direito de propriedade. Roubo
Caridade e amor ao próximo
Amor maternal e filial
Capítulo 12 Perfeição moral
As virtudes e os vícios
Paixões
Egoísmo
Características do homem de bem
Conhecimento de si mesmo

Parte Quarta – Esperanças e Consolações

Capítulo 1 Penalidades e prazeres terrenos
Felicidade e infelicidade relativas
Perda de pessoas amadas
Decepção. Ingratidão. Afeições destruídas
Uniões antipáticas
Medo da morte
Desgosto da vida. Suicídio
Capítulo 2 Penalidades e prazeres futuros
O nada. Vida futura
Intuição das penalidades e prazeres futuros
Intervenção de Deus nas penalidades e recompensas
Natureza das penalidades e prazeres futuros
Penalidades temporais
Expiação e arrependimento
Duração das penalidades futuras
Ressurreição da carne
Paraíso, inferno e purgatório
Conclusão

Como Surgiu o Horóscopo ? ( Signos)



Os primeiros registros sobre o horóscopo apareceram a partir do século 7 a.C., quando várias civilizações antigas se dedicavam à observação do céu. Suas populações acreditavam que os astros podiam influenciar a vida humana - especialmente o destino dos recém-nascidos. Entretanto, a versão do horóscopo que conhecemos hoje - uma mistura de influências da astrologia milenar dos babilônios, do conhecimento matemático dos egípcios e da filosofia grega - surgiu provavelmente por volta do século 5 a.C., com a criação do zodíaco. Em sua origem grega, essa palavra significa "círculo de animais" e indicava o grande cinturão celeste que marcava a trajetória do Sol naquela época. Dentro dessa trajetória, cada constelação por onde o astro passava simbolizava um signo. O número de constelações e as figuras que as indicavam variavam para cada civilização.
Os 12 conjuntos de estrelas que representam os signos de hoje foram padronizados ainda na Antiguidade, a partir da influência de imagens da mitologia de babilônios, egípcios, gregos e romanos. Ao definir uma referência fixa para a observação dos astros, o zodíaco impulsionou o surgimento dos horóscopos individuais com mapa astral, uma análise do céu na hora do nascimento que, supostamente, traz revelações sobre a pessoa e seu destino. Ainda no início da Era Cristã, as civilizações antigas definiram o perfil de cada signo, levando em conta, por exemplo, as peculiaridades das estações do ano. "Outras influências, como a simples observação do temperamento de pessoas nascidas em um mesmo período, também modificaram as características que cada signo apresenta atualmente", diz a astróloga Bárbara Abramo.
Com a mudança da trajetória solar ao longo dos séculos, a correspondência direta entre astrologia e astronomia não é mais tão precisa. O Sol hoje passa por constelações que não fazem parte do zodíaco e ilumina outras em períodos diferentes dos observados na Antiguidade. Mas, pelo menos em alguns aspectos, o horóscopo se adaptou com as mudanças ao longo dos tempos. "É o caso de algumas inovações relativamente recentes na escala histórica, como a descoberta dos planetas Urano, Netuno e Plutão, que trouxeram novos elementos à interpretação astrológica do céu", afirma o historiador David Pingree, da Universidade de Brown, nos Estados Unidos.
Mitologia ecléticaSignos são mistura de lendas babilônicas, egípcias, gregas e romanas


ÁRIES
Na mitologia grega, Frixo, filho do rei Atamas, ia ser assassinado pela madrasta quando foi salvo por um carneiro com lã de ouro, enviado por sua mãe. O carneiro foi sacrificado e sua lã enterrada no pomar de Ares, deus da guerra, que deu nome ao signo
TOURO
Há 4 mil anos, era o primeiro signo do zodíaco. Coincidia com a primavera e marcava o início do ano. A imagem do touro vem de um mito grego em que Zeus, o chefe dos deuses, teria assumido a forma do animal para atrair uma princesa
GÊMEOS
Os irmãos Castor e Pólux, filhos de Zeus, apaixonaram-se por duas garotas comprometidas e desafiaram os rivais. Castor morreu no combate e Pólux pediu a Zeus que o matasse também. Em memória da amizade dos filhos, o pai colocou a imagem dos gêmeos no céu
CÂNCER
Em latim, cncer quer dizer caranguejo, animal que aparece em um dos 12 trabalhos de Hércules. Enviado por Hera, a esposa oficial de Zeus, o caranguejo foi morto pelo herói, mas a coragem do bicho lhe valeu uma imagem celeste por toda a eternidade
LEÃO
Mais uma criatura morta por Hércules. O herói não só estrangulou a besta com as próprias mãos como fez um manto com sua pele. Em homenagem ao grande feito, Zeus desenhou com estrelas a forma do animal no céu
VIRGEM
Para os romanos, a constelação representava Virgo, a deusa da justiça. Doente por causa da mania de guerra dos homens, Virgo teria sido o último ser celestial a subir para a morada dos deuses. Minerva, deusa da sabedoria, teria colocado uma imagem no céu em sua homenagem
LIBRA
Identificada pelos romanos, simboliza a balança usada por Virgo para pesar a alma dos homens em seu caminho para o mundo subterrâneo ou para o céu, determinando prazer ou dor eterna
ESCORPIÃO
Essa constelação aparece no episódio da morte do gigante Órion. Apoi, deus grego das protecias, ficou enciumado pela amizade de sua irmã Ártemis com o gigante e enviou um escorpião para mordê-lo. Zeus pôs o animal e a estrela Órion no céu como lembrança da história
SAGITÁRIO
Pela mitologia grega, Chiron era o mais sábio dos centauros, uma criatura meio homem, meio cavalo. Foi morto ao ser atingido acidentalmente por uma flecha de Hércules e foi homenageado por Zeus com uma constelação
CAPRICÓRNIO
Nas lendas gregas, a cabra que simboliza o signo tem rabo de peixe. É uma representação de Pan, deus da natureza que, para fugir do titã Tifon, jogou-se na água. Pan morreu porque, enquanto se transformava em peixe, estava com metade do corpo para fora da água
AQUÁRIO
É um dos signos aquáticos dos babilônicos, ao lado de Capricórnio e Peixes. No Oriente Médio, o mês de aquário seria correspondente ao período das chuvas, o que deu origem ao símbolo do signo: um homem virando um jarro de água
PEIXES
Pela lenda grega, Afrodite, deusa do amor, e seu filho Eros teriam se transformado em peixes para escapar do titã Tifon, que não suportava a água. Atena, deusa grega da sabedoria, criou a constelação para lembrar a fuga.

Ankhesenamon


Confesso que recebo um bom número de recados de pessoas fazendo verdadeiras declarações de amor a esta figura tão negligenciada na história egípcia e posso dizer, sem receio algum, que me sinto privilegiada por receber tais mensagens dos fãs dela, pois, não é só um sinal de que o meu trabalho está sendo recompensado, mas também porque nos últimos anos me tornei também uma de suas admiradoras. Ankhesenamon também já foi humana e acredite tão humana quanto qualquer um de nós, embora na sua época tenha sido posta em um patamar acima de todos os outros seres humanos, ao ponto de ter recebido, com o seu irmão, o direito a governar o Egito ainda quando infantes.




Ankhesenamon (ilustração cortada). Foto: Araldo de Luca.

“Ankhesenamon também já foi humana e acredite tão humana quanto qualquer um de nós, embora na sua época tenha sido posta em um patamar acima de todos os outros seres humanos (…)”



Apesar de hoje nos parecer um equívoco colocar crianças no poder não era um absurdo para algumas sociedades antigas, dentre elas a egípcia. Por viverem em um mundo totalmente diferente do nosso em termos de ideais, Ankhesenamon e seu esposo eram reverenciados como deuses, embora o palácio ainda se recuperasse do trauma do reinado do faraó anterior, Akhenaton. Como podemos ver o jovem casal real não era um simples par de crianças, pois estavam nesta condição de deuses viventes na terra e recebiam orações de pessoas que desejavam que seus corpos vivessem para sempre. Este era o quadro da época em que Ankhesenamon e Tutankhamon começaram o reinado, mas se alguém me questionasse se o séquito que os acompanhava acreditava que de fato seus jovens governantes possuíam uma essência divina eu jamais saberia dizer, isto é quase a mesma coisa que me perguntar se eu acho que os padres do vaticano acreditam que o Papa possui algum propósito sagrado.


Ankhesenamon em Luxor (ilustração cortada). Foto: Lionel Leruste. 2007.

Por muito tempo imaginei como seria possível alguém conseguir adorar outra pessoa (e não falo deHollywood, ou coisas do gênero), acreditarem que a existência de outro alguém é muito mais importante do que a sua. Relutei um pouco e acredito que neste momento consigo entender. Odeio fazer analogia entre sociedades, mas sendo que agora me é possível: se lembrarmos de Sei Shônagon (Japão) e sua imperatriz Sadako ou da Madame de Noailles e sua exorbitante etiqueta para com a casa real francesa cremos que estas duas figuras acreditavam fielmente que os seus senhores eram enviados divinos e se sentiam extremamente privilegiadas por estar próximos a eles. Shônagon, por exemplo, chega a quase se sentir imoral ao olhar para os imperadores.

“(…) se alguém me questionasse se o séquito que os acompanhava acreditava que de fato seus jovens governantes possuíam uma essência divina eu jamais saberia dizer, isto é quase a mesma coisa que me perguntar se eu acho que os padres do vaticano acreditam que o Papa possui algum propósito sagrado.”


Embora seja ainda tão ignorada pelo o meio acadêmico, ritualisticamente e administrativamente Ankhesenamon toma papeis importantes durante e após o reinado do esposo. Ela, em termos religiosos, é em parte a essência de Tutankhamon e quando este morre a governante participa ativamente dos ritos de passagem do marido para a vida após a vida. Sua imagem está em muitos lugares dentre os artefatos da KV-62, assim, quando unimos esta situação ao fato de que Tutankhamon era um colecionador de lembranças e levou consigo todas as coisas que mais apreciava, não seria incomum que ele levasse também tantas imagens de sua dúplice e consorte.

Mesmo com todo o apelo divino a rainha naturalmente já tem para si um clamor e amor pela a vida sem igual e uma naturalidade e frescor que é tão difícil de encontrar em muitas de suas antecessoras e sucessoras, esta impressão talvez venha dos resquícios da Era Amarna que ainda rondavam a arte palaciana durante o reinado de Tutankhamon.
É incrível como ela ganhou tantos adeptos ao longo dos milênios, desde Tutankhamon a gente comum de alguma cidade em um país qualquer. Depois de quase três anos não consigo parar de me espantar com o tamanho carinho que as pessoas sentem pela Ankhesenamon, uma rainha morta a mais de três milênios, mas que parece continuar viva nos corações de milhares de admiradores.





Ankhesenamon em Luxor (ilustração cortada). Giuseppe. 2000.




Ankhesenamon foi a terceira das seis filhas do faraó Akhenaton e da rainha Nefertiti.
Grande esposa real do faraó Tutankhamon, tinha como nome original Ankhesenpaaton, o que significa "ela vive para Aton", nome que estava relacionado com a doutrina religiosa desenvolvida por seu pai, que fazia do deus Aton a única divindade digna de culto.
Quando sua mãe morreu, a irmã mais velha de Ankhesenamon, Meritaton, tornou-se a grande esposa real (ou seja esposa principal) do faraó. Ankhesenamon também teria casado com o pai e tido uma filha chamada Ankhesenpaaton-Tacherit, embora nem todos os egiptólogos considerem esta figura da corte de Amarna como resultado desta união.
Com o falecimento de Akhenaton, Meritaton casa-se com Smenkhkare, mas ambos permaneceram no trono por cerca de três anos. Com a morte deste casal real, e o casamento com Tutankhamon, seu irmão mais novo, o seu nome mudou para Ankhesenamon ("ela vive para Amon"), facto relacionado com a restauração do deus Amon como divindade principal da dinastia.
Ela surge em representações artísticas de manifestações de afecto com Tutankhamon, sendo uma das mais conhecidas a retratada numa cadeira do faraó, na qual a rainha aparece aplicando óleos no esposo.

Caçando aves. Tutankhamon com um arco e flechas. Ankhesenamun aos seus pés passando-lhes mais flechas. Esta é a imagem também é do interior tumba do faraó.
No túmulo de Tutankhamon (descoberto em 1922 por Howard Carter) foram encontrados dois fetos mumificados, que se julgam serem os filhos dele com Ankhesenamon, nascidos de maneira prematura.

Quando o seu esposo faleceu Ankhesenamon escreveu ao rei dos hititas, Suppiluliuma, solicitando o envio de um dos seus filhos para casar consigo e tornar-se rei do Egipto, um facto estranho, tendo em conta que os hititas eram inimigos dos Egípcios. Suppiluliuma duvidou da sinceridade do pedido, julgando tratar-se de uma cilada. Na sua mensagem o rei hitita pergunta à rainha onde está o filho de Tutankhamon, respondendo esta, de forma impaciente, quem não tem filhos. Depois de Ankhesenamon repetir o pedido, o rei hitita envia-lhe um dos filhos que se julga ter sido assassinado pelo caminho por egípcios que tomaram conhecimento dos planos da rainha.
Ankhesenamon casou com Ai ( AY ) que tinha sido membro da corte de Tutankhamon), talvez contra a sua vontade, e este tornou-se faraó. Desde então nada mais se sabe desta rainha, nem mesmo sua morte. Especula-se que tenha sido condenada à morte por traição, tendo-lhe sido concedida a hipótese de cometer suicídio em vez de ser executada, privilégio reservado aos nobres entre os egípcios, mas não se sabe o que realmente aconteceu.



Fonte : wikipedia

Tutankamon



tutankamon - múmia  tutankamon - máscara
Múmia de Tutankamon e máscara mortuária de ouro.

Introdução 
Tutankamon, também conhecido como o “Faraó Menino”, nasceu em 1346 a.C e morreu, aos 19 anos de idade, em 1327 a.C. Foi faraó do Egito Antigo entre os anos de 1336 e 1327 a.C. Era filho do faraó Akhenaton. 

Vida e morte 
Ainda existem muitas dúvidas sobre a vida de Tutankamon. Foi o último faraó da 18ª dinastia. Durante seu curto período de governo, levou a capital do Egito para Memphis e retomou o politeísmo, que havia sido abandonado pelo pai Akhenaton.  
Sabe-se que morreu de forma traumática ainda na adolescência. Alguns pesquisadores acreditam que ele tenha sido vítima de uma conspiração na corte e, possivelmente, tenha sido assassinado com um golpe na cabeça. Esta hipótese é sustentava, pois o crânio da múmia do faraó apresenta uma perfuração.
Porém, estudos mais recentes e avançados (inclusive de DNA) efetuados na múmia do faraó menino revelaram que a causa mais provável de sua morte tenha sido a malária. Estes estudos mostraram também que Tutankamon era portador de uma doença conhecida como Köhler-Freiberg, que provoca inflamação em cartilagens e ossos dos pés. Um dos pés da múmia do faráo apresenta necrose, provavelmente causada pela má circulação sanguínea provocada pela doença. Logo, essa conjugação de doenças pode ter levado o faraó a morte.

Tesouros de Tutankamon 
A importância atribuída para este faraó está relacionada ao fato de sua tumba, situada no Vale dos Reis, ter sido encontrada intacta. Nela, o arqueólogo inglês Howard Carter encontrou, em 1922, uma grande quantidade de tesouros. O corpo mumificado de Tutankamon também estava na tumba, dentro de um sarcófago, coberto com uma máscara mortuária de ouro. O caixão onde estava a múmia do faraó também é de ouro maciço.

Na tumba de Tutankamon foram encontradas mais de cinco mil peças (tesouros). Entre os objetos estavam jóias, objetos pessoais, ornamentos, vasos, esculturas, armas, etc.

A maldição de Tutankamon

Durante a escavação da tumba de Tutankamon, alguns trabalhadores da equipe morreram de forma inesperada. Criou-se então a lenda da Maldição do Faraó. Na parede da pirâmide foi encontrada uma inscrição que dizia que morreria aquele que perturbasse o sono eterno do faraó. Porém, verificou-se depois que algumas pessoas haviam morrido após ter respirado fungos mortais que estavam concentrados dentro da pirâmide.


segunda-feira, 2 de julho de 2012

Uma história do Ifá (tradição Yoruba)

“Em épocas remotas os deuses passaram fome.
Às vezes por longos períodos, eles não recebiam bastante comida de seus filhos que viviam na Terra.
Os deuses cada vez mais se indispunham uns com os outros e lutavam entre si guerras assombrosas.
Os descendentes dos deuses não pensavam mais neles e os deuses se perguntavam o que poderiam fazer. Como ser novamente alimentados pelos homens?
Os homens não faziam mais oferendas e os deuses tinham fome.
Sem a proteção dos deuses, a desgraça tinha se abatido sobre a Terra e os homens viviam doentes, pobres, infelizes.
Um dia Exu pegou a estrada e foi em busca de solução.
Exu foi até Iemanjá em busca de algo que pudesse recuperar a boa vontade dos homens, Iemanjá lhe disse:
‘Nada conseguirás. Xapanã já tentou afligir os homens com
doenças, mas eles não vieram lhe oferecer sacrifícios.’
Iemanjá disse:
’Exu matará todos os homens, mas eles não lhe darão o que comer.
Xangô já lançou muitos raios e já matou muitos homens, mas eles nem se preocuparam com ele.
Então é melhor que procures solução noutra direção
Os homens não têm medo de morrer.
Em vez de ameaçá-los com a morte, mostra a eles alguma coisa que seja tão boa que eles sintam vontade de tê-la. E que para tanto, desejem continuar vivos’.
Exu retomou o seu caminho e foi procurar Orungã.
Orungã disse:
‘Eu sei por que vieste. Os deuses têm fome. É preciso dar aos homens alguma coisa de que eles gostem, alguma coisa que os satisfaça.. Eu conheço algo que pode fazer isso. Ë uma grande coisa que é feita com dezesseis caroços de dendê.
Arranja os cocos da palmeira e entenda seu significado. Assim poderás reconquistar os homens’.
Exu foi ao local onde havia palmeiras e conseguiu ganhar dos macacos dezesseis cocos.
Exu pensou e pensou, mas não atinava no que fazer com eles. Os macacos então lhe disseram:
‘Exu, não sabes o que fazer com os dezesseis cocos de palmeira ?
Vai andando pelo mundo e em cada lugar pergunta o que significam esses cocos de palmeira. Deves ir a dezesseis lugares para saber o que significam esses cocos de palmeira.
Em cada um desses lugares recolherás dezesseis odus.
Recolherás dezesseis histórias, dezesseis oráculos.
Cada história tem sua sabedoria, conselhos que podem ajudar os homens
Vai juntando os odus e ao final de um ano terás aprendido o suficiente. Aprenderás dezesseis vezes dezesseis odus. Então volta para onde vivem os deuses.
Ensina aos homens o que terás aprendido
E os homens irão cuidar de Exu de novo”.
Exu fez o que lhe foi dito e retornou ao Orum, morada dos orixás.
Exu mostrou aos deuses os odus que havia aprendido e os deuses disseram:
“Isso é muito bom”.
Os deuses ensinaram o novo saber aos seus descendentes, os homens.
Os homens então puderam saber todos os dias os desígnios dos deuses e os acontecimentos do porvir.
Quando jogavam os dezesseis cocos de dendê e interpretavam o odu que eles indicavam, sabiam da grande quantidade de mal que havia no futuro.
Eles aprenderam a fazer sacrifícios aos orixás para afastar os males que os ameaçavam.
Eles começavam a sacrificar animais e cozinhar suas carnes para os deuses.
Os orixás estavam satisfeitos e felizes.
Foi assim que Exu trouxe aos homens o oráculo de Ifá.

Revolução dos Cravos