segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A História dos Filhos de Oxalufãn e Nanã Burucu


A história dos filhos de Oxalufã e Nanã Burucu :

Diz a lenda que Oxalufã vivia em seu reino com Nanã Burucu. Era um rei correto e bom mas cheio de afazeres. Ele deixava Nanã sempre sozinha. Ele, então, pediu a Ifá ( que representa o futuro e pode ser consultado através do jogo de búzios ) o consentimento para criar um filho para fazer companhia a Nanã. Assim foi feito e o filho, chamado de Oxaguiã, foi criado à semelhança do pai. No lugar de fazer companhia à Nanã, o filho tomava conta do reino e estava também cheio de responsabilidades e sempre representando o pai nas guerras e cerimônias fora do reino. Nanã mas uma vez se queixou da solidão na qual vivia e Oxalufã, para contentá-la, então pediu permissão para criar outro filho. Assim foi criado, sem o pecado original, Omolu que carregava consigo as doenças da humanidade. Ao contrário do primeiro filho, Oxaguiã, que era forte e cheio de vida, Omolu era raquítico e todo feridento. Nanã, esta vez, ficou revoltada e não tinha paciência para tomar conta deste filho doente. Ela o desprezou e o deixou na beira do mar. Foi ali, então, que Iemanjá tomou conta dele, cuidava de suas feridas e o dava o amor de mãe que Nanã não tinha dado. Mais uma vez, Oxalufã, para contentar e aplacar Nanã e evitar aborrecimentos fez outro filho, desta vez um irresponsável, interesseiro e de caráter duvidoso, Êxu, que gostava de brincar e pregar peças com todos os seres do reino. Foi a gota d'água para Nanã que se sentia humilhada; ela deixou o reino e foi se abrigar no reino de Xangô. Oxalufã, por sentir sua falta, consultou o adivinho que consultou a Ifá que lhe respondeu que não fosse buscar Nanã pois ele poderia sofrer um castigo pela desobediência. Mas ele, sentindo a falta, resolveu ir até o reinado de Xangô mesmo desobedecendo a Ifá. Ele então empreendeu sozinho e a pé a viagem ao reinado de Xangô em busca de Nanã, com um cacaio sobre os ombros e o paxerô para se apoiar. Cansado, no meio da estrada, parou para descansar quando apareceu um velhinho ( era Êxu fingindo-se de velho ) que lhe pediu para ajudá-lo a por na cabeça um pote cheio de dendê. Oxalufã, na sua bondade infinita, foi ajudá-lo sem perceber que era uma brincadeira do filho Êxu. Quando ele menos esperava, Êxu virou o pote cheio de dendê sobre Oxalufã e saiu rindo às gargalhadas. Oxalufã tentou limpar-se o máximo que pôde e continuou a viagem. Êxu, vendo que ele não desistia, tornou a se transformar, desta vez em um mendigo e com um saco de carvão. Oxalufã, ao vê-lo sentado numa pedra a beira da estrada, com o saco enorme perto dele e com a aparência de um pobre coitado, ofereceu mais uma vez ajuda. Quando Oxalufã suspendeu o saco, Êxu despejou o mesmo cheio de pó de carvão em cima de Oxalufã. Ao ver o pai todo melado de dendê e carvão, Êxu saiu rindo e pinotando pela estrada. Chegando mais a frente, novamente Êxu chegou em baixo de um pé de cajueiro e ficou sentado como mendigo, desta vez bem velhinho e com uma muringa enorme cheia de cachaça. Mais uma vez, Oxalufã pela sua bondade tentou ajudar o velhinho que, por sua vez, ao suspender a muringa para por na cabeça, a derramou sobre a cabeça de Oxalufã, que mais uma vez ficou melado, agora de cachaça. Novamente Êxu saiu rindo e pulando como um louco. Oxalufã se vendo tão sujo, lembrou-se do rio que passava ali perto e foi se banhar. Antes de chegar no rio, viu um cavalo branco que ele reconheceu como o de Xangô, porem, sem saber que o cavalo tinha fugido do reino de Xangô e que este, por ele ser de grande estimação, tinha mandado seus ministros à procura dele. Foi aí que encontraram Oxalufã dando água ao cavalo antes de tomar o banho. Por isso os ministros o trocaram por um salteador de estradas e sem demora o puseram numa gruta à beira da estrada e trancaram a saída, pois era assim que faziam com ladrões de cavalo na época. Voltaram ao reinado com o cavalo e nada disseram sobre o ladrão a Xangô.

Um tempo depois, as pessoas começaram a perceber a falta de Oxalufã pois este não aparecia mais nem no reino dele nem no de Xangô. Então os Orixás, ao se dar conta da falta do pai, saíram em busca dele. Iansã com a trovoada e os raios, Xangô com o trovão e seu cavalo branco, Oxum nas cachoeiras perguntando aos que passavam por ele, Oxossi e Osany nas matas. Enfim, todos Orixás das matas e do ar o procuravam. Assim se passaram sete anos e o reinado de Xangô entrou em calamidade e foi castigado por pragas, doenças e outros males. Foi então que um dos ministros lembrou-se e consultou a um adivinho que revelou onde estava Oxalufã. Foram em busca dele e ao encontrá-lo, todo sujo e alquebrado, o trouxeram para o reinado de Xangô aonde, nas escadarias do palácio, deram lhe um banho de água e perfume e lhe trocaram as vestes sujas colocando roupas alvas e limpas. Por isso, a partir desse dia, ficou determinado que filhos de Oxalufã só vestissem branco e não comessem dendê nem pegasse em carvão ou bebesse cachaça nos dias de Sexta-feira. Oxalufã, ao se achar limpo e bem vestido, todo de branco, e ao ver todos os Orixás reunidos na frente na escadarias do palácio de Xangô, fez então a criação de um filho que não era do céu e nem da terra, seis meses era homem, seis meses era mulher; seis meses novo e seis meses velho. Era gente e era cobra, vivia nas águas salgadas, doces e nas matas, era de todas as cores e servia de mensageiro entre o céu e a terra. Ele é chamado de Oxumaré e foi o criado de Xangô ( na terra de Angola ele é chamado de Angorô e na terra da Jêje de Dã ).

OGUM


A Ira de Ogum

LENDA 1

Ogum decidiu, depois de numerosos anos ausente de Irê, voltar para visitar seu filho (informação pessoal do Oníìré em 1952). Infelizmente, as pessoas da cidade celebravam, no dia da sua chegada, uma cerimônia em que os participantes não podiam falar sob nenhum pretexto. Ogum tinha fome e sede; viu vários potes de vinho de palma, mas ignorava que estivessem vazios. Ninguém o havia saudado ou respondido às suas perguntas. Ele não era reconhecido no local por ter ficado ausente durante muito tempo.

Ogum, cuja paciência é pequena, enfureceu-se com o silêncio geral, por ele considerado ofensivo. Começou a quebrar com golpes de sabre os potes e, logo depois, sem poder se conter, passou a cortar as cabeças das pessoas mais próximas, até que seu filho apareceu, oferecendo-lhe as suas comidas prediletas, como cães e caramujos, feijão regado com azeite-de-dendê e potes de vinho de palma. Enquanto saciava a sua fome e a sua sede, os habitantes de Irê cantavam louvores onde não faltava a menção a Ògúnjajá, que vem da frase ògún je ajá (Ogum come cachorro), o que lhe valeu o nome de ògúnjá.

Satisfeito e acalmado, Ogum lamentou seus atos de violência e declarou que já vivera bastante. Baixou a ponta de seu sabre em direção ao chão e desapareceu pela terra adentro com uma barulheira assustadora. Antes de desaparecer, entretanto, ele pronunciou algumas palavras. A essas palavras, ditas durante uma batalha, Ogum aparece imediatamente em socorro daquele que o evocou.
OGUM — Orixá das Guerras e da Tecnologia !!!

Lenda 2

OUTRA VERSÃO PARA ESTA LENDA

Ogum lutava sem cessar contra os reinos vizinhos. Ele trazia sempre um rico espólio em suas expedições, além de numerosos escravos. Todos estes bens conquistados, ele entregava a Odúduá, seu pai, rei de Ifé.

Ogum continuou suas guerras. Durante uma delas, ele tomou Irê. Antigamente, esta cidade era formada por sete aldeias. Por isto chamam-no, ainda hoje, Ogum mejejê lodê Irê - "Ogum das sete partes de Irê".

Ogum matou o rei, Onirê e o substituiu pelo próprio filho, conservando para si o título de Rei. Ele é saudado como Ogum Onirê! - "Ogum Rei de Irê!"

Entretanto, ele foi autorizado a usar apenas uma pequena coroa, "akorô". Daí ser chamado, também, de Ogum Alakorô - "Ogum dono da pequena coroa".

Após instalar seu filho no trono de Irê, Ogum voltou a guerrear por muitos anos. Quando voltou a Irê, após longa ausência, ele não reconheceu o lugar. Por infelicidade, no dia de sua chegada, celebrava-se uma cerimônia, na qual todo mundo devia guardar silêncio completo. Ogum tinha fome e sede.

Ele viu as jarras de vinho de palma, mas não sabia que elas estavam vazias. O silêncio geral pareceu-lhe sinal de desprezo. Ogum, cuja paciência é curta, encolerizou-se. Quebrou as jarras com golpes de espada e cortou a cabeça das pessoas. A cerimônia tendo acabado, apareceu, finalmente, o filho de Ogum e ofereceu-lhe seus pratos prediletos: caracóis e feijão, regados com dendê, tudo acompanhado de muito vinho de palma.

Ogum, arrependido e calmo, lamentou seus atos de violência, e disse que já vivera bastante, que viera agora o tempo de repousar. Ele baixou, então, sua espada e desapareceu sob a terra. Ogum tornara-se um Orixá.

OGUM - Lenda 3

Oyá vivia com Ogum antes de ser mulher de Xangô. Ela ajudava Ogum no seu trabalho, carregava seus instrumentos, manejava o fole para ativar o fogo da forja. Um dia Ogum deu a Oyá uma vara de ferro igual a que lhe pertencia que tinha o poder de dividir os homens em sete partes e as mulheres em nove partes, caso estas as tocassem em uma briga.

Xangô gostava de sentar-se perto da forja para apreciar Ogum bater o ferro, e sempre lançava olhares a Oyá; ela por sua vez, também lançava olhares a Xangô.

Xangô era muito elegante, seus cabelos eram trançados, usava brincos, colares e pulseira. Sua imponência e seu poder impressionaram Oyá. Um dia Oyá e Xangô fugiram e Ogum lançou-se em perseguição deles. Encontrando os fugitivos, brandiu sua vara mágica, Oyá fez o mesmo e eles se tocaram ao mesmo tempo. E assim que Ogum foi dividido em sete partes e Oyá em nove partes, recebeu ele o nome de Ogum Mejé e ela o de Iansã, cuja origem vem de Iyámésàn a mãe transformada em nove.

LENDA 4 

Ogum tem estreita relação com o número sete, o que é explicado por duas lendas iorubanas. Na primeira, ele aparece como o guerreiro - filho de Odudua, rei de Ifé - que conquista a cidade de Irê e assume o título de Oni (senhor ou rei). Em torno de Irê havia sete aldeias, hoje desaparecidas. Por essa razão, acreditava-se que Ogum fosse composto por sete partes, uma para cada aldeia conquistada. Em iorubano, sete é mejê, de onde resultou a expressão Ogum Mejê (O Ogum que são sete, ou o Ogum composto de sete partes). É a ele, portanto, que o ponto é dedicado.

A outra lenda fala do casamento entre Ogum e Oiá. Ogum tinha uma vara mágica, feita de ferro (metal que lhe está associado), que tinha a propriedade de dividir em sete partes os homens e em nove partes as mulheres que tocasse. Em sua oficina de ferreiro, Ogum confeccionou uma vara igual e deu-a de presente a Oiá. Algum tempo depois, porém, Oiá fugiu com Xangô e foi perseguida pelo furioso marido traído. Quando se encontraram, entraram em combate com suas varas mágicas, dividindo-se Ogum em sete parte e Oiá em nove. Por isso ela é chamada de Iansã, termo composto de duas palavras iorubanas: Iá ou Inhá (mãe) e messan (nove). 

EXÚ


Confusão generalizada

Exú, sabedor de que uma rainha fora abandonada pelo seu rei (dormindo assim em aposentos separados). Procurou-a, entregou a ela uma faca e disse que se ela desejasse ter ele de volta deveria cortar alguns fios da sua barba ao anoitecer quando o rei dormisse. Em seguida, foi a casa do príncipe herdeiro do trono situada nos arredores do palácio e disse ao príncipe que o rei desejava vê-lo ao anoitecer com seu exército. Em seguida, foi até o rei e disse: a rainha magoada vai tentar matá-lo a noite finja que está dormindo para não morrer. E a noite veio. O rei deitou-se fingiu dormir e viu depois, a rainha aproximar uma faca de sua garganta. Ela queria apenas cortar um fio da barba do rei, mas ele julgou que seria assassinado. O rei desarmou-a e ambos lutaram, fazendo grande algazarra.

O príncipe que chegava com seus guerreiros, escutou gritos nos aposentos do rei e correu para lá. O príncipe entrou nos aposentos e viu o rei com a faca na mão e pensou que ele queria matar a rainha e empunhou sua espada. O rei vendo o príncipe entrar no palácio armado a noite pensou que o príncipe queria matá-lo e gritou por seus guardas pessoais. Houve uma grande luta seguida de um massacre generalizado.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Eu e Amamentação


Eu sou adepta da amamentação exclusiva. Acho que se eu posso amamentar exclusivamente por seis meses, por que não fazer?  A pequena tá numa fase bem chatinha da amamentação. Quer mamar mas fica irritada quando tá no bico do peito, não mama muito mais que 10 minutos.  As vezes  fico meio perdida com isso... e quem tiver dicas legais e quiser deixar nos comentários, fique a vontade. Apesar de ser a terceira amamentação exclusiva a gente sempre cai de cabeça parecendo mãe de primeira viagem. Por isso, conhecimento é sempre bem-vindo!  O que fazer pra conseguir amamentar exclusivamente: 
Escute o seu pediatra. Busque opinião de quem sabe. Vó, sogra, tia, vizinha fofoqueira... Essas botam banca que sabem. Mas na verdade, quem sabe mesmo é o médico.  Siga o seu coração...  Nos primeiros dias dói um bocado (o meu doeu). As vezes o bico machuca, racha, sangra...  Algumas vezes no meio da dor insuportável eu pensei em parar. Pensei em tacar um mamadeirão de  Nan goela abaixo e acabar com aquela dor.  Mas eu sei que depois a frustrada seria eu por não conseguir algo que eu quis tanto fazer.  Se gordura fosse sinal de saúde não tava cheio de obeso por aí querendo emagrecer... Bebê gordo não é bebê saudável. Lembre disso quando aparecer aquela chata dizendo que o bebê pesa 10kg a mais que o seu.
Dane-se, minha filha! Não vim nesse mundo pra competir peso dos meus filhos.  Bebê que mama exclusivamente não é o mais gordo ever best obeso dos bebês, viu? Em compensação é mais saudável.  Bebê não chora apenas quando está com fome... Não existe leite fraco. Meu leite não é fraco... A minha pequena é que dorme demais. O leite materno é o alimento mais completo que seu bebê pode receber!  As conchinhas pra amamentação (pediatra da pequena odeia) são vida!! Me ajudaram muito. 
                                                             
As pomadas a base de lanolina são tudo de bom!!! Ajudam muito!  Não passe óleo no peito durante a gravidez. Óleos e cremes são pra amaciar a pele. O bico do peito tem que estar durão pra não rachar. Tome sol (se der) no bico
 durante 15 minutos por dia.  Alguns links legais: Cartilha leite de mãe (owwm, achei fofo!) : http://cartilhaleitedemae.blogspot.com.br/ Essa da USP, fala sobre a gravidez e a amamentação: http://www.ee.usp.br/doc/celebrando_a_vida.pdf E aqui, do senac, sobre amamentação e alimentação do bebê: http://www.redeblh.fiocruz.br/media/cartilhasmam.pdf Se você quer um motivo pra amamentar, o ministério da saúde de dá 10!  
Escrevi aqui baseada na amamentação dos meus filhos. Quem tiver mais dicas e quiser deixar, será muito bem-vindo! 

Pode lavar a roupa do bebê junto com as dos adultos ?




Esta é uma pergunta muito simples, mas que pode confundir as mães. Até porque qualquer coisa que ofereça riscos aos bebês nos deixam de antenas bem ligadas.

E é justamente para evitar qualquer problema que sempre lavei as roupas de Vinícius separadas das nossas (adultos). Primeiro porque tenho receio de que isso desperte nele algum processo alérgico e, segundo, porque eu gosto de lavar as coisinhas dele separadas mesmo.

Tem um momento de ligação. Vejo o quanto ele está crescendo, o quanto está aprendendo novas coisas e ao juntar, ao colocar tudo no mesmo cesto, um pouco dessa história se perde.

Mas, nossa vida de mãe é muito corrida e temos que pensar naquilo que é mais prático. E como a pergunta, que dá título a este post, veio à tona no grupo Mulher e Mãe do facebook, resolvi perguntar para nosso especialista se existe mesmo um momento certo para fazer essa transição. Veja o que ele diz a respeito.
Um grande beijo.

Palavra de Especialista

Realmente não existe uma idade chave para esta condição. Lembrar que durante o primeiro ano de vida a gama globulina do lactente é baixa, só chegando à niveis adequados no primeiro ano de vida. Portanto deve-se preservar, tanto quanto possível o lactente no primeiro ano de vida evitando infecções. Assim, imagino, que a partir do primeiro ano pode-se juntar as roupas para lavagem.

Revolução dos Cravos