sexta-feira, 31 de maio de 2013

5 dicas que vão te ajudar com a disciplina das crianças



Se você quer que seu filho faça algo, não pergunte, peça.

A abordagem amigável da disciplina 
Vamos encarar a realidade: Se você ganhasse um real pra cada vez que pedisse para seu filho fazer algo, suas contas estariam todas pagas. Você quer que ele te ouça e obedeça, sem deixar a casa parecendo um campo de batalhas. Mas, como a maioria dos pais você provavelmente não quer que ele te veja como um sargento, então você sempre pede por sua cooperação.
Você pensa que ele estará mais propenso a pegar a tolha molhada do chão ou que se sente direito à mesa se você for branda e amigável. Parece mesmo a melhor abordagem, especialmente porque essa é a forma como comumente conversamos com os adultos. “A psicóloga do desenvolvimento e consultoria da revista norte-americana Parents, Linda Acredolo, PhD. Explica que quando você pergunta ao seu filho: "Você gostaria de tomar um banho agora?" ele pensa que você está realmente oferecendo-lhe a oportunidade de dizer não - mesmo que você esteja apenas sendo apenas educada. O resultado? "Você fica chateada e seu filho fica chateado - e confuso", afirma.

Não se prepare para uma luta
Isso certamente ajuda a amenizar algumas situações ("Depois de ir ao supermercado, podemos parar no playground"). No entanto, quando você realmente precisa que seu filho faça algo, você pode dar-lhe uma escolha sobre como ou quando isso pode ser feito - mas não se isso deve ser feito. Crianças pequenas (e os maiores também) estão constantemente procurando maneiras de ter mais controle, por isso não deve ser nenhuma surpresa que se você dá o seu poder de veto para a criança, ele vai usá-lo. Você está se preparando para uma luta de poder em potencial.

Cuidado com o tom de voz
Isso não significa que você não deve ser legal. “Pesquisas mostram que as crianças ficam muito mais adeptas à cooperação quando os pais usam um tom de voz tranquilo”, afirma Alan E. Kazdin, PhD, professor de psicologia e psiquiatria infantil da Universidade de Yale. “Por favor” não é a palavra mágica para tudo. Usando-a você pode colocar seu filho na situação de escolha. “Quando você dá instruções ao seu filho, é crucial ser muito claro sobre o que você espera que ele faça”, afirma Dr. Kazdin. Por agora, é muito mais eficiente dizer, “Por favor, vá para a sala e tire todos os lápis e canetas que estão jogados em cima da mesa de lá”, em vez de: “Não te pedi para recolher todo seu lápis de cor?”. Perguntas retóricas são ótimas.
E a palavra final: obrigada. “É importante reconhecer os esforços do seu filho dizendo ‘obrigado’”, diz, Dr. Acredolo. “Estamos mais propensos a cooperar no futuro quando se sentem valorizados”.

Dê duas opções para ele
A forma mais efetiva de fazer com que seu filho coopere é dando a ele duas opções – desde que as duas sejam do seu agrado. Quando você diz, “Você quer vestir uma jaqueta azul ou este casaco verde?”, você está numa situação na qual em qualquer que seja a resposta dele você sairá ganhando. Assim você também dá ao seu filho senso de controle e ele estará pronto a ir para um dos dois lados oferecidos. Não ofereça a uma criança em fase da pré-escola um leque sem infinito de opções (Como perguntando o que ele gostaria de vestir no dia) porque tomar essa decisão será algo esmagador. “Claro que nem sempre você poderá dar a ele apenas duas opções porque assim você nunca sairia de casa na hora certa”, afirma Dr. Kazdin. “Mas faça isso sempre que possível”, aconselha.

Reformule seus pedidos
Você terá resultados rápidos quando passar a ater somente aos fatos, então veja algumas sugestões para dizer claramente o que pretende.

Ao invés de: “Seu quarto está uma bagunça. Você tem cinco minutos para pegar todas essas roupas do chão”.
Diga: “Se essas roupas não estiverem na máquina de lavar, não serão lavadas. Tire cinco minutos para recolher todas elas, por favor”.

Ao invés de: “Quando você vai alimentar seu peixe?”
Diga: “Os peixes parecem famintos. Está na hora de dar comida a eles”.

Ao invés de: “Nós podemos desligar a TV e fazer algo de diferente?”
Diga: “Este programa está chato. Está na hora de brincar com blocos ou ir lá fora.”

Ao invés de: “Você poderia colocar logo seu tênis? Estamos atrasados”
Diga: “Ponha seu tênis, estamos atrasados”.

Ao invés de: “O que você acha de comermos feijão no jantar”
Diga: “Teremos feijão com seu prato predileto no jantar”.

Ao invés de: “Eu acho que está na hora de sentar no penico agora. Você está pronto?”
Diga: “Vamos para o penico. Você quer ler um livro ou gibi?”.

Ao invés de: “Você parece estar cansado, que tal tirar um cochilo?”
Diga: “É hora da soneca.”.

Ao invés de: “A mamãe já pode sair?”
Diga: “A mamãe está de saindo, você se divertirá muito com a vovó

Pós-parto sem stress


Quando a gente está bem, eles também ficam bem! (foto: arquivo pessoal)
Mãe que se cuida, cuida melhor do filho. Esse é o mantra que a gente vive repetindo aqui no It Mãe. Empiricamente, na condição de mãe, eu fui descobrindo isso. Quando estou feliz, bem-resolvida, segura das minhas escolhas, realizada no trabalho curto mais meus filhos, dou mais amor, mais carinho, tenho mais paciência… Enfim, sou uma mãe melhor. E é muito bacana encontrar embasamento científico para isso. O pediatra dr. Hany Simon também acredita na importância de a mãe estar bem e feliz para cuidar do filho. E até mesmo nos primeiros meses de vida do bebê, justamente quando a gente se priva de muita coisa em prol da nossa cria, ele defende que mãe precisa se cuidar – de ir cabeleireiro a sair com o marido para namorar. Segundo ele, o bem-estar da mãe provoca efeitos positivos no bem-estar do bebê. A ligação de mãe e filho é tão forte que, até mesmo fora da barriga, o bebê sente o que  mãe sente e isso provoca reações hormonais na criança que afetam todo o bem estar dela. Aqui, o pediatra Hany Simon Jr. responde a 5 dúvidas típicas dos primeiros meses, desfaz alguns mitos que só acabam deixando o pós-parto mais penoso (para você e consequentemente para o seu filho) e indica os cuidados que realmente vale a pena você tomar. Leia e fique aliviada:

1- “Eu devo mudar minha alimentação durante a amamentação? O que eu como pode dar gases na criança? Posso tomar vinho? Posso comer carne crua? Posso tomar refrigerante e comer chocolate?”
Dr. Hany Não deve ser feita nenhuma restrição alimentar para a mãe no período da amamentação. Só deve ser feita restrição se for diagnosticada alergia alimentar no bebê. Porém, crianças com alergia alimentar são uma pequena porção da população infantil. Pensando nisso, nenhuma restrição alimentar faz sentido. Em relação ao álcool, ainda não se sabe qual a porcentagem do que foi ingerido é passada para o leite. Pequenas quantidades, diz o bom senso comum, que não causarem alteração sensorial da mãe, podem ser permitidas.

2- “Eu devo me privar da minha vida social para ser mãe em tempo integral? Posso pintar o cabelo? Como saber se estou só cansada ou com depressão?”
Dr. Hany JAMAIS a mãe deve se privar da vida social e tentar ser somente mãe em tempo integral. Isso não trará benefício para ninguém, muito menos para o bebê. O bem estar do bebê passa pelo bem estar da mãe. Assim quanto mais a mãe se cuidar: dormir, comer, ter lazer, namorar, se sentir bonita, E SENTIR MENOS CULPA, melhor o recém nascido estará. O cansaço e a depressão são sintomas que se confundem nos primeiros meses de nascimento do bebê. Cabe ao pediatra atento alertar a mãe sobre essa possibilidade se isso estiver acontecendo.
3- “Quando o bebê pode sair de casa? Quando posso levá-lo ao shopping? E andar de avião?”
Dr. Hany Se um recém nascido (criança com menos de 1 mês) tiver febre, ele terá que ser internado e ter exames colhidos. Também vai ter de receber antibiótico na veia. Por causa da imunidade. Se tiver entre 1 e 3 meses e tiver febre, a chance de internar e ter que tomar medicação endovenosa é muito grande. Entre 3 e 6 meses, se tiver febre acima de 39°C a chance de ter que ser submetido a exames e receber antibióticos é alta.
Isso não significa que se a criança sair vai ficar doente, mas se ficar doente, talvez o remédio seja muito amargo.
Dessa forma, sugiro saídas para lugares fechados e aglomerados (shopping center, buffet infantil, avião) a partir dos 6 meses de idade. Para lugares abertos (clube, parques, pátio de prédio) deve esperar até os 3 meses de idade.
Isso é recomendado pelo risco infeccioso aumentado dessa faixa etária.

4- “Se eu der mamadeira o bebê vai desmamar?”
Dr. Hany Não. A sucção do bebê nos primeiros meses de vida é um reflexo. É chamada sucção reflexa. Dessa forma, o bebê suga por reflexo qualquer coisa, incluindo mamilo e bico da mamadeira. Assim, se você usar mamadeira, o bebê não abandonará o mamilo, porque continuará sugando por reflexo. Não é preciso se preocupar em dar o leite no copinho ou na colher.

5- “Se eu for sair, posso tirar e guardar meu leite na geladeira ou freezer? Por quanto tempo? Em qual temperatura devo dar o leite?”
Dr. Hany O leite materno pode ser ordenhado e guardado por 24 hs na geladeira e 15 dias no freezer. O bebê mama o leite no peito na temperatura corporal da mãe. Os fluídos maternos tem a temperatura do corpo da mãe. Assim, o leite deve ser oferecido de 36 a 37 °C. Deve ser oferecida mamadeira na quantidade de, mais ou menos, 30 ml de leite por quilo de peso do bebê.

Picadinha do bem


O Teste do Pezinho pode diagnosticar até 48 doenças com apenas algumas gotas do pé do bebê.
Há exatamente 12 anos, em 6 de junho de 2001, era criado o Programa Nacional de Triagem Neonatal. Oi? A gente traduz: Triagem Neonatal é o famoso teste do pezinho, aquela picada no pé dos bebês recém-nascidos que pode diagnosticar várias doenças e, assim, prevenir a deficiência intelectual. O tal Programa, criado em 2001, tinha como objetivo aumentar o número de doenças detectadas pelo teste e garantir que 100% das crianças brasileiras tivessem o direito de fazer o exame gratuitamente. Além disso, foi estabelecido que a triagem não ia se resumir ao teste: nos casos suspeitos, os pacientes deveriam ser chamados para confirmar o resultado, fazer tratamento e acompanhamento. O Programa foi tão importante que marcou a data: hoje, o dia 6 de junho é comemorado como o Dia Nacional do Teste do Pezinho. 
O exame deve ser feito depois de 48 horas do nascimento do bebê e, idealmente, no máximo 72 horas depois. Pode ser na própria maternidade, nas Unidades Básicas de Saúde ou em clínicas particulares. Com apenas uma picadinha no pé do bebê, é possível diagnosticar de 6 a 48 doenças – conforme o tipo de teste. 
O teste Básico, gratuito e garantido por lei, detecta seis doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, anemia falciforme e demais hemoglobinopatias. As duas primeiras, se não tratadas corretamente, podem levar à deficiência intelectual. Já os tratamentos para fibrose cística e anemia falciforme garantem mais qualidade de vida, evitando repetidas internações.
A Apae São Paulo tem um laboratório para realizar os exames e uma estrutura de tratamento e acompanhamento dos que têm diagnóstico positivo. “Detectadas alterações no exame, já fazemos uma busca ativa para convocar as crianças para a confirmação. Ressaltamos a importância do cadastro correto do bebê, assim é mais fácil localizar a família”, explica Marcia Giusti, mãe de Lucas, André e Vitor, coordenadora do serviço de referência em triagem neonatal da Apae de São Paulo. Se o exame for confirmado, a equipe do ambulatório – psicólogos, assistentes sociais, nutricionista e endocrinologista – já atendem a criança para iniciar o tratamento e realizam todo o acompanhamento de forma gratuita. Dos mais de 373 mil bebês triados pela Apae em 2012, 669 tiveram resultado positivo.
Os outros dois testes disponíveis detectam mais doenças e são pagos: o Mais faz o diagnóstico das mesmas do Básico e mais seis doenças, e o Super faz o diagnóstico de 48 patologias. Se você já tiver feito o Básico na maternidade e decidir fazer outro mais completo, pode fazer, desde que realize até o 28º dia de vida do bebê.
Não é possível falar em cura dessas doenças. “É um tratamento para a vida inteira. O paciente vai ter sempre a doença, mas não vai ser um doente. Tratando precocemente e de forma adequada, vai ter uma qualidade de vida como das outras pessoas”, 

Quatro mantras fundamentais para quem quer amamentar


  • Todas as mulheres são fisiologicamente capazes de aleitar seus bebês, salvo raríssimas exceções
    Todas as mulheres são fisiologicamente capazes de aleitar seus bebês, salvo raríssimas exceções
Devido ao enorme sucesso da última coluna e e-mails que recebi pedindo dicas para uma boa experiência com amamentação, preparei uma série de textos, a série "Amamentação para Quem Tem Peito", com as melhores informações sobre o tema, compiladas sob o ponto de vista de uma pessoa (euzinha) que acredita que o ato de amamentar é mais do que uma boa opção de saúde e sim um projeto de amor. E que vale a pena trabalhar nele.
Como mamíferos, temos por regra que as fêmeas de nossa espécie alimentam os filhotes por meio da máquina perfeita que é o corpo humano: o seio produz leite e o bebê já nasce com o reflexo de sugar.

"Maaas" sabemos que na prática não é sempre assim.
O Brasil possui uma das taxas mais baixas de aleitamento exclusivo do mundo. Enquanto a OMS (Organização Mundial de Saúde) preconiza os seis meses do bebê como marco para introdução de outros alimentos e bebidas, acumulamos parcos 54 dias dessa prática, de acordo com pesquisas recentes.
Se a grande maioria das mães está disposta e quer amamentar seus bebês, por que os números mostram o contrário?
Separei para esquentar os motores alguns mantras da mãe "amamentadeira", baseados na minha vivência pessoal, observação próxima de casos de amigas e muita troca de conhecimento em grupos presenciais e virtuais de apoio à amamentação. Vale imprimir essa listinha e colocar na geladeira antes de o bebê nascer ou enviar para uma amiga querida que esteja enfrentando desafios.

1) Amamentar é uma escolha

E quem faz essa escolha é a mãe. É importante ter em mente que todas as mulheres são fisiologicamente capazes de aleitar seus bebês, salvo raríssimas exceções. A falta de sucesso no processo de amamentação não está relacionada com incapacidades da mulher ou do bebê e sim com todo um contexto cultural e histórico.

Recentemente, a Save the Children, a mais importante organização independente para defesa dos direitos da criança no mundo, publicou em relatório que as quatro causas mais impactantes para os problemas que levam ao desmame precoce são: pressões culturais e sociais, falta de legislação que apoie o aleitamento nas maternidades, escassez de profissionais de saúde especializados no tema e o marketing desregrado das grandes corporações fabricantes de substitutos do leite.
Portanto, se a escolha da mulher é amamentar, ela deve ter clareza que precisará tomar atitudes adequadas a essa escolha, o que nos leva ao segundo mantra:
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Aprenda cinco posições adequadas para amamentar o bebê5 fotos

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Posição para amamentar: clássica ou madona Leia mais Rogério Doki/UOL

2) Amamentar é agir com coerência

Tendo entendido que seu corpo é plenamente capaz de nutrir seu filho, é hora de fazer boas escolhas. É na distância entre o desejo e a ação que mora a frustração. Uma mãe que tem a amamentação como prioridade terá de adotar práticas que priorizem a amamentação e não aquelas que a ameaçam. E por práticas que priorizem a amamentação entendam: tudo aquilo que não oferece risco ao processo e que favorece a criação do vínculo entre mãe e bebê, o suporte emocional e afetivo da mãe, a criação de uma nova vida para a família com o recém-chegado bebê. Sobre esses empecilhos para a amamentação e atitudes que a favorecem falaremos no próximo texto dessa série.

3) Amamentar é se cercar de ajuda

As interferências externas, culturais e sociais são indiscutivelmente razões que levam ao desmame. Médicos, maridos, vizinhas, sogras, amigas e rivais: nenhuma dessas pessoas está preparada para fabricar leite e vem equipada com o mecanismo perfeito para colocá-lo dentro do bebê e, portanto, devem ter suas opiniões, julgamentos e comentários cuidadosamente avaliados e colocados em seus devidos lugares no processo. É fundamental, dentro da teoria da coerência, que a mulher que queira amamentar esteja apoiada por pessoas, instituições e grupos que compartilham dos mesmos ideais que ela. 

4) Amamentar é se responsabilizar

Ainda que o apoio seja fundamental é preciso ter clareza de que o ônus, o trabalho, o esforço, a entrega, a dedicação e toda a responsabilidade do processo são da mãe. Nenhum serviço especializado ou marido superparticipativo resolve problemas de amamentação, caso não haja comprometimento e responsabilidade integral da dona dos peitos. Parece muito injusto falar assim, mas a natureza nos recompensa, com um olhar fabricado pelos filhos, dado exclusivamente às mães, entre um suspiro e outro de amor e prazer, enquanto ela –e só ela– lhe oferece a dádiva da vida por meio do leite.

Oitenta meses amamentando criança


  • A criatura já andava, falava, comia picanha e seguia mamando no peito da mãe
    A criatura já andava, falava, comia picanha e seguia mamando no peito da mãe
Eu tenho dois filhos, separados por 20 meses entre seus nascimentos. O mais velho acaba de completar três anos, o que coloca o menor em seus 16 meses.

O povo adora falar que eu sou rapidinha ou corajosa. Mas a palavra que define mesmo é sem juízo.
O primeiro menino nasceu depois de uma cirurgia desagradável (que depois vim a saber desnecessária e indicada por displicência do médico). Descobri na amamentação uma das maiores realizações da esfera materna até então.

Esse menino mamou exclusivamente até os seis meses e tinha dobras de gordura para todos os lados. Não bebia sequer água até que completou esse primeiro ciclo. Era prático, era novo, era prazeroso.
O povo falava que eu era mentirosa, que eu dava mingau escondido. Mas era só amor e leite do peito.
O peito que, nos primeiros dias de vida, ainda saía da toca com alguma vergonha do mundo aqui fora, passou simplesmente a ignorar os olhares atravessados. Além de mamar, mamava em qualquer lugar. Praça, parque, casa dos amigos, na frente de quem fosse. Homens e mulheres que estivessem por perto na hora da fome do pequeno buda seriam invariavelmente impactados com sua refeição completa, branquela, estriada e de veias roxas saltadas.
Alguns diziam que era a coisa mais linda do mundo ver uma mãe amamentando o filho. Mas a maioria achava mesmo que eu era exibida. Para que amamentar tanto um bebê na frente dos outros?
Eu que pensava que, quando lhe nascessem os dentes, era hora de desmamar, afinal, onde já se viu dar o peito para um ser dentado, vi brotar das saudosas gengivas banguelas todo um conjunto de pequenas pérolas que atormentaram, por muitas vezes, nossas noites e dias. O menino seguia mamando. E eu passei a não ter pressa nenhuma de encerrar esse ciclo.
O povo começou a me chamar de exagerada. Afinal a criatura já andava, falava, comia picanha e seguia mamando no peito da mãe.
Não só não desmamei como desafiei as leis da vida e da morte: estava grávida de novo e segui amamentando o primeiro. Se eu ganhasse um real para cada vez que eu ouvi, vi ou vivi alguém pasmo com o fato de eu amamentar uma criança enquanto gerava outra talvez fosse o suficiente para... (coloque aqui uma coisa que se faz com 200 mil reais).
Aí já é demais. Mentirosa, exibida, exagerada e inconsequente. Confesso que alguma parte de mim se divertia em provocá-los. Enquanto todo o resto fabricava leite e seres humanos, enquanto tentava manter uma vidinha normal.
O segundo nasceu (agora ele desmama, vibrava a turma do deixa disso) e não só o mais velho seguiu mamando como achou por bem mamar mais. Afinal, em terra de colostro, leite posterior é rei. E mamaram juntos os dois irmãos.

Meu último apelido é radical. Porque só as mulheres radicais aparentemente levam amamentação tão a sério, ou nada a sério, a ponto de ser a coisa mais normal do mundo abrigar dois rebentos, de idades diferentes, pendurados ao peito. Ainda bem que eu tenho dois.
O meio da história se encerrou em si mesmo aos 12 meses do segundo,  no mês 12, 33 meses do primeiro, quando eu mesma completava a idade do Cristo. Meu filho mais velho parou de mamar.
O pequeno ainda mama como se não houvesse amanhã, grato e abusado da mãe que curte pacas essa historia de amamentar.
Eu fico pensando aqui se eu vou partir para o terceiro, o que hipoteticamente, segundo as previsões, me colocaria no marco de 80 meses ou algo como seis anos amamentando criança.
O povo me chama de maluca. Nisso, finalmente, eles têm razão.

Pode Ou Não ?


PODE OU NÃO PODE?

Que gravidez não é doença, todos sabem, contudo, esse período requer cuidados especiais, pois cada semana da gestação está relacionada a uma fase de desenvolvimento do feto.
Cuidados com a beleza, alimentação, atividade física afinal, diante de tantas especulações, como saber o que a futura mamãe pode ou não? Pensando nisso, conversamos com a ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade Rede D’Or São Luiz, Flávia Fairbanks, e listamos as maiores proibições do período gestacional.

Segundo a profissional, a automedicação é primeiro item da lista de proibições para gestantes já que pode colocar a vida da mamãe e do bebê em risco. “Os medicamentos chamados teratogênicos, passam pela placenta em uma concentração maior e são capazes de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Entre os danos causados, estão perda do bebê, malformações ou alterações funcionais (retardo de crescimento, por exemplo)”, diz a especialista.  

O álcool é um dos itens proibidos, uma vez que não há estudos que definam uma quantidade segura que possa ser ingerida. “Antigamente uma taça ou dois dedos de bebida alcoólica eram liberados, contudo, a quantidade mínima aceitável nunca foi definida. Desde 2010, de acordo com a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO), a ingestão de bebidas que contenham álcool está extremamente proibida, pois se sabe que suas moléculas não são filtradas pela placenta, sendo assim, atingem diretamente o bebê, agindo no sistema nervoso e o deixando embriagado”, explica.

Veja mais alguns itens de proibições: 

•   Fumar é proibidíssimo, pois as substâncias contidas no cigarro, assim como o álcool, também atravessam a placenta, causando restrições quanto a peso e crescimento do bebê;

• Carnes cruas ou mal passadas oferecem risco de toxoplasmose, doença provocada por protozoários encontrados em fezes de animais. Portanto, o ideal é consumir alimentos sempre bem cozidos ou grelhados;

•    Atividades físicas devem ter acompanhamento profissional e avaliação médica. “Esportes radicais ou que sejam de carga, como musculação, podem afetar o bebê, já que a gestante precisa forçar o abdômen. Esse esforço pode provocar o descolamento de placenta;

•   Caso vá à praia, é necessário ter cautela ao entrar no mar, uma onda muito forte pode, também, causar descolamento de placenta e trazer malefícios à criança;

•    Mesmo com uma produção maior de sangue, devido à gestação, doações estão proibidas. Afinal, é por ele que o bebê recebe todos os nutrientes que precisa;

•   Sauna também não é indicada para gestantes. A alta temperatura pode provocar vasodilatação e, consequentemente, queda da pressão sanguínea;

Para finalizar, Flávia alerta, que para saber melhor sobre o que não pode e o que é exceção, o ideal é sempre consultar seu obstetra, afinal ele tem todo o histórico de sua gestação.

Como dormir melhor durante a gravidez?




Especialistas comentam os fatores que mais influenciam no sono das gestantes
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Todos sabem que as alterações que acontecem no corpo de uma gestante fazem com que muita coisa mude. Entre elas está o sono, que deixa de ter o conforto e a tranquilidade habitual conforme a evolução da gestação.
Em geral, a principal responsável pelas noites de sono mal dormidas é a barriga, que aumenta de peso e volume e começa a gerar uma série de desconfortos. No entanto, é preciso que a gestante também esteja atenta com sua rotina alimentar e mantenha alguns hábitos saudáveis para garantir o merecido repouso.
Para entendermos melhor quais são as medidas que as futuras mamães podem tomar para ter uma boa noite de sono, o TodaEla conversou com a doula Katya Kur Bleninger e a psicóloga Bertila Pizatto. As profissionais explicam quais são os fatores físicos e psicológicos que influenciam o sono, além de darem dicas de como descansar com mais conforto e qualidade.
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Alimentação

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Manter uma alimentação saudável é importante para qualquer pessoa, em qualquer estágio da vida. No caso das gestantes, uma dieta equilibrada e balanceada pode contribuir muito para que este período seja tranquilo e não cause transtornos.
Assim que a gravidez é confirmada, existem alguns cuidados que precisam ser tomados pela mãe. Eliminar o álcool e o cigarro é um deles. Além de oferecer riscos para a saúde da mãe e do bebê, as duas substâncias agem diretamente na qualidade do sono, pois tem função estimulante que pode interferir durante a noite.
Entre os alimentos que precisam ser evitados, a doula Katya Kur Bleninger – formada pelo grupo GAMA, de São Paulo – aponta que a cafeína é uma das maiores vilãs do sono. Por isso, é importante diminuir ou evitar o consumo de café e refrigerante durante o dia. Outra dica da profissional é que a gestante invista em porções menores e refeições mais espaçadas, evitando o consumo de comidas pesadas no fim da tarde ou à noite para garantir uma boa digestão.
Outra recomendação da doula é que a futura mamãe esteja sempre em dia com a hidratação. Para evitar desconfortos, a ingestão de líquidos pode ser reduzida logo antes de dormir, embora nem todas as mulheres sintam a necessidade de urinar durante a noite, tendo um período de descanso sem interrupções.

Exercícios físicos

Exercitar o corpo é uma ótima maneira de garantir o descanso noturno. A psicóloga Bertila Pizatto, formada pela Universidade Tuiuti do Paraná e especializada em Psicologia Comportamental e Cognitiva pela Universidade Positivo, afirma que a prática de exercícios é fundamental para as gestantes.
De acordo com a especialista, movimentar o corpo pode ser uma ótima maneira de lidar com a ansiedade e promover a consciência corporal. É importante que aquelas que estão prestes a receber um bebê separem um tempo para si mesmas para conhecerem o próprio corpo, além de investirem no relaxamento e começarem a se preparar para as próximas etapas.
Pizatto aponta que exercícios leves – como uma caminhada – ajudam a produzir serotonina e dopamina, o que auxilia no relaxamento e no controle da ansiedade. Seguindo orientações médicas, a psicóloga também acredita que é possível fazer alongamentos antes de dormir para trazer uma sensação de bem-estar.
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Já a doula Katya Kur Bleninger aposta em técnicas de relaxamento para favorecer o sono. Meditação e yoga estão entre os exercícios recomendados por ela. Sobre o que evitar nessa fase, a especialista comenta que as atividades que agem na produção de adrenalina não são boas opções. “Em geral, exercícios que respeitem os limites do corpo e sigam as recomendações médicas são sempre ótimas alternativas”, comenta ela.
Caso a gestante opte por manter sua rotina de exercícios, basta cuidar para que eles não sejam realizados logo antes da hora de dormir. O ideal é contar com um intervalo de duas a três horas para que o organismo possa se recuperar dos estímulos e não altere o seu ciclo natural de sono.
E não se pode esquecer o sexo, outra atividade física que pode trazer muitos benefícios para o repouso noturno. Katya Kur Bleninger ressalta que a relação sexual age na liberação de hormônios que são benéficos para o sono, além de ser relaxante. Ainda, o sexo pode contribuir para facilitar o trabalho de parto nos últimos meses de gestação, aponta a doula.
A psicóloga Bertila Pizatto complementa mostrando que os momentos a dois têm uma grande influência na autoestima da mulher. Ela acredita que manter uma vida sexual ativa durante a gestação ajuda na questão psicológica e ainda faz bem para o corpo e para o sono. “É como se fosse um condicionamento físico seguido de um relaxamento”, explica ela.

Sono

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Na hora de ir para a cama, estabelecer uma rotina pode fazer a diferença. É possível aproveitar alguns minutinhos antes de se deitar para começar uma atividade relaxante. Banhos quentes ou uma leitura leve ajudam a acalmar a mente e preparar o sono. Manter esses hábitos sempre no mesmo horário e também acordar na hora programada ajudam a organizar a rotina e colocar o organismo no ritmo.
A psicóloga Bertila Pizatto recomenda que a mãe tire um tempinho para fazer uma leitura corporal e se conectar com o bebê. Poucos minutos antes de dormir, a profissional indica que a gestante perceba os pontos do corpo onde tem dores e tensões, trabalhe a respiração calmamente, monitore seus pensamentos e converse com o bebê. Segundo ela, esse tempo de relaxamento é saudável para o organismo e ajuda a fazer o sono chegar.
Para aliviar as dores que costumam causar incômodos, a doula Katya Kur Bleninger explica que a melhor posição vai depender de cada mulher. Quando a barriga cresce, fica difícil dormir em determinadas posições, mas a gestante deve se sentir livre para escolher a maneira que a deixa mais confortável.
Embora especialistas recomendem dormir sobre o lado esquerdo do corpo, Bleninger acredita que apenas a gestante saberá o que é mais agradável e funciona melhor na hora de descansar. Colocar travesseiros entre os joelhos pode trazer mais conforto, mas a doula ressalta que se o bebê se mexer demais, a mãe sentirá incômodos e saberá que é preciso rever a posição.

Aplicativos ajudam a planejar e acompanhar a gestação


Confira uma seleção de ferramentas desenvolvidas especialmente para as futuras mamães e seus bebês




Planejar a chegada de um novo membro e acompanhar os nove meses de gestação podem ser uma grande novidade para as mamães. No entanto, com um toque de tecnologia, todo esse processo pode se tornar muito mais simples e tranquilo.
Seja para as gestantes de primeira viagem ou para aquelas que estão planejando aumentar a família, os aplicativos desenvolvidos especialmente para acompanhar a gestação podem ajudar a entender o desenvolvimento do bebê, esclarecer dúvidas e facilitar a rotina quando o pequeno chegar.
Para ajudar nessa preparação, o TodaEla criou uma seleção de ferramentas disponíveis para dispositivos Android e iOS. Confira nossa lista, selecione as melhores opções e entenda todas as fases da sua gestação com uma ajudinha da tecnologia.
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LoveCycles


Crédito: Reprodução/play.google.com
Quem está programando a chegada de um bebê precisa acompanhar o ciclo menstrual com exatidão para determinar os dias com maiores chances de engravidar. Para isso, é possível abandonar calendários e tabelinhas e usar um aplicativo simples e muito intuitivo.
O LoveCycles é um calendário menstrual que permite inserir todas as informações sobre o seu ciclo. Usando dados como o peso e a temperatura do seu corpo, a ferramenta calcula o próximo dia esperado para a sua menstruação e informa quais serão seus dias férteis. As informações são armazenadas mensalmente e você consegue acessar o histórico e as estatísticas sobre o seu ciclo.
O aplicativo LoveCycles está disponível gratuitamente para dispositivos iOS e Android.

Pregnancy


Crédito: Reprodução/itunes.apple.com
Para acompanhar a sua gestação durante o primeiro trimestre, o Pregnancy é a opção ideal. A ferramenta traz informações sobre o desenvolvimento do bebê a cada semana e permite ter uma noção do tamanho da criança em cada estágio da gravidez.
As funcionalidades que diferenciam o aplicativo são a lista de nomes mais populares em alguns países, uma lista de itens necessários para o cuidado do bebê após o nascimento e um guia com dicas de alimentação para evitar enjoos e desconfortos comuns durante a gestação. Além disso, a plataforma é integrada com o Twitter e o Facebook.
O aplicativo Pregnancy é todo em inglês e está disponível gratuitamente para os dispositivos iOS.

Minha Gravidez Hoje


Crédito: Reprodução/itunes.apple.com
Para quem deseja monitorar a gestação ainda mais de perto, o aplicativo Minha Gravidez Hoje permite conferir diariamente o desenvolvimento do bebê. Criada pelo BabyCenter – um dos maiores portais sobre gestação no mundo –, a ferramenta traz uma série de dicas e informações de saúde aprovadas por um conselho médico.
O diferencial do aplicativo são os vídeos que mostram os diferentes estágios da gravidez, uma contagem regressiva para o nascimento do seu bebê e uma lista de tarefas que permite acompanhar todos os compromissos durante a gestação até minutos antes do parto. O aplicativo ainda coloca em contato as mães que terão seus bebês no mesmo mês para que possam trocar informações.
O app Minha Gravidez Hoje é gratuito e está disponível para aparelhos iOS e Android.

Gestação Semana a Semana


Crédito: Reprodução/itunes.apple.com
Esta é mais uma opção para as futuras mamães que não querem perder nem um minuto da gestação. Com textos simples e didáticos, o aplicativo é recheado de informações para que as gestantes entendam melhor as mudanças que acontecem no seu corpo durante o desenvolvimento do bebê.
A ferramenta também traz uma série de vídeos de alta qualidade que ajudam a ilustrar as informações sobre o crescimento da criança, sempre acompanhados de uma narração em português.
O aplicativo Gestação Semana a Semana está disponível gratuitamente para usuários de iOS.

Pregnancy Fitness


Crédito: Reprodução/play.google.com
Manter uma rotina de exercícios durante a gravidez é fundamental para a saúde da mãe e do bebê. Para contar com uma ajudinha na hora de se exercitar, existe o aplicativo Pregnancy Fitness. O objetivo da ferramenta é trazer uma série de atividades que as futuras mamães podem fazer em casa para manter a forma e a saúde.
O objetivo dos exercícios é o aumento de energia, a diminuição do stress, a melhora do sono e a redução de dores que costumam surgir com a evolução da gravidez. Além disso, o aplicativo também traz dicas de nutrição para que as gestantes possam se sentir bem durante os nove meses.
O app é todo em inglês, mas a explicação dos exercícios é acompanhada de vídeos que ajudam a entender os movimentos que devem ser executados. O Pregnancy Fitness está disponível para os usuários de Android por 2,99 reais.
É importante lembrar que o acompanhamento médico é fundamental para que a gestante siga uma rotina de exercícios adequada para sua capacidade física em cada estágio da gravidez.

Contraction Timer


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Depois de semanas e mais semanas esperando, chega o grande dia do seu bebê vir ao mundo. Quando as contrações começarem, é hora de ficar atenta a todos os detalhes.
E existe um aplicativo especialmente para monitorar as suas contrações. Com o Contraction Timer você consegue controlar a duração e o intervalo de cada contração e juntar informações muito valiosas para o seu médico.
A ferramenta é gratuita e está disponível para aplicativos Android.

Happy Baby


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O aplicativo pode ser usado desde o início da gravidez, mas apresenta um melhor aproveitamento com mães que acabaram de ter seus bebês. Semelhante a um diário, a ferramenta permite manter diferentes tipos de registros sobre o dia a dia do seu filho.
Tire fotos, insira textos, grave mensagens ou adicione informações sobre os fatos mais marcantes e tenha uma série de boas lembranças registradas com a ajuda do aplicativo. Além disso, a ferramenta traz dicas de cuidados médicos que se deve ter com os pequenos e permite compartilhar todas as informações com seus amigos.
O app Happy Baby está disponível para aparelhos Android e é gratuito.

Baby Log


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No dia a dia atarefado, fica difícil se lembrar de coisas como o horário da última troca de fraldas do bebê ou quanto tempo ele dormiu na última soneca. Para ajudar a acompanhar esse tipo de informação e não deixar nada passar em branco, existe o aplicativo Baby Log.
A ferramenta funciona como um diário de registro de todas asatividades da criança, incluindo a duração e o horário. Monitore o sono, a troca de fraldas, os banhos, a amamentação e muito mais. O aplicativo ajuda a entender o ritmo natural do seu bebê, permitindo antecipar os próximos passos e ainda programar o restante da sua rotina com tranquilidade. Para quem tem gêmeos, a boa notícia é que a ferramenta dá suporte para mais de um bebê.
O Baby Log está disponível para usuários do sistema iOS pode 4,99 dólares.

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