terça-feira, 20 de agosto de 2013

Vida de Casado Pode Ser BOA !

A VIDA DE CASADO PODE SER BOA
A vida de um casal tem que ser muito bem cuidada e reavaliada a cada momento.
É preciso que fiquemos atentos para, amanhã, não sermos vítimas de um relacionamento falido, sem chances de recuperação.
Um dos caminhos da boa convivência é saber respeitar as características da pessoa com quem partilhamos a nossa vida.
É absolutamente necessário se sentir livre, sem medo de ser julgado/a, censurado/a.
Ao refrearmos nossos impulsos, perdemos a naturalidade. Passamos, então, a sentir tensão no lugar do tesão. Além disso, pra conseguirmos alguma paz, enfrentamos a sensação desconfortável de que estamos sempre “pisando em ovos”.
O sentimento de que o outro nos sufoca é conseqüência de um confronto de regras, onde um quer sobrepujar o outro.
A maioria dos casais procura no seu par alguém que lhe traga felicidade, segurança, que lhe dê carinho e que seja um complemento da sua pessoa.
Tudo isso declarado e depois cobrado. Seria isso possível?
O que você tem pra oferecer?
O melhor projeto para um relacionamento se tornar duradouro é você estar nele para se entregar, para doar o que de melhor você tem.
Não queira buscar uma tábua de salvação para suas inseguranças, não exija a satisfação dos seus ideais. Não fique na expectativa de alguém pra lhe completar. Você é uma pessoa inteira. Não se julgue uma metade!
Quando você entra numa relação dizendo que é carente e que precisa de alguém, você está transferindo para o seu parceiro(a) uma carga de responsabilidade que, muitas vezes, assusta e afasta.
Fique atento/a. Proteja o relacionamento percebendo os sinais de uma crise.
Se há crise, não adianta procurar o culpado. A responsabilidade é sempre dos dois. Podemos interferir e até eliminar os fatores destrutivos, antes que haja um mal maior e irreparável.
Mexer nas feridas pode doer. Mas também pode ser que haja uma chance de maior conhecimento entre os dois, clareando as sombras e aprimorando a união.
O primeiro grande desafio é conseguir se comunicar, mostrar logo de saída que alguma coisa, uma palavra, um gesto, o desagradou.
Se você não sabe lidar com os atritos naturais de uma convivência, sente medo, prefere disfarçar, então estará deixando crescer um ressentimento.
E o ressentimento destrói a afetividade, aumentando a crise. Porque ressentimento quer dizer sentir de novo. E todas as vezes que a mágoa voltar ao seu peito, estará acentuando a crise, destruindo as emoções afetivas, minando o seu relacionamento,.
ENTENDER OS MOTIVOS
Muitas vezes os motivos podem ser financeiros: um acha que precisa poupar para o futuro e que o outro gasta demais.
Já o outro acha que não gasta tanto assim. Que o problema é falta de dinheiro e que o futuro é hoje, e a vida é pra ser bem vivida agora!
Outras vezes, são queixas sexuais: a mulher se lamenta da falta de carinho, de atenção, e que o marido só pensa na satisfação sexual, deixando de lado o namoro e o romantismo
O marido protesta, afirmando que para evitá-lo na cama, ela vive reclamando, pois perdeu o interesse.
Muitos casais sofrem na vida conjugal, a interferência de um filho, mãe, ou uma terceira pessoa da família .
Tenha consciência de que um dos dois, ou os dois, estão se deixando manipular, por comodismo, por falta de auto-estima e até por covardia.
Com tantos ressentimentos e frustrações, ergue-se a barreira emocional. E você se vê arranjando todo tipo de ataques velados, verbais, ou de atitudes rebeldes, manifestando a rejeição reprimida, acumulada.
Surge a intolerância de ambos os lados. Um começa a achar o outro irritante, tolo, inoportuno, ausente ou hostil demais.
Desenvolva a capacidade de perdoar, se você quiser continuar vivendo junto. Não fique remoendo, nem lembrando o outro dos erros cometidos. Ninguém pode voltar atrás para consertar os estragos.
Valorize o presente. Deixe o futuro chegar sem preocupações e cobranças de promessas do tipo: -"Você jura que nunca mais vai fazer isso?"
Como sair da crise?
Tente se comunicar de forma clara e objetiva, em vez de se queixar de forma rude: "Você não faz a minha felicidade! Não tolero este seu comportamento!".
Use palavras construtivas: preferia que você agisse deste modo. Hoje quero ficar mais tempo com você...
Avalie o ambiente de sua casa. Ele deve ser atraente aos dois, mesmo que cada um tenha um cantinho preferido pra se isolar de vez em quando.
Mas é indispensável que haja aquele clima agradável que nos convida a voltar depressa pra casa.
Aos nossos filhos e netos, tudo que temos de dar-lhes é amor, alegria, rir com eles e ajudá-los a sentirem que em nossa casa há espaço para todos, respeitando-se os devidos limites.
Muitos filhos, depois de crescidos, querem inverter os papéis e começam a tratar os pais como crianças. E passam a policiá-los severamente, impedindo-os de se manifestarem espontaneamente.
Aprenda a falar: "agora, não posso", "hoje não quero", "prefiro fazer assim". Posicione-se. Não se deixe dominar.
Eles não são os donos da nossa casa, não são os nossos censores. Mas, não se esqueça: nós não somos os donos deles.
O ambiente ideal para se viver é aquele onde nos sentimos confortáveis emocionalmente, onde nos sentimos amados.
A hora das refeições é o momento sagrado da alimentação com prazer. Nada de assuntos problemáticos. Não é hora de se discutir soluções, nem puxar conversas que causem polêmica.
Valorizando o casamento
Será que um se lembra de agradar ao outro? Você se lembra de declarar seu amor?
Ou é daquelas pessoas que pensa e fala assim: "Ela está cansada de saber que a amo; não preciso ficar repetindo..."
Ela nunca fica cansada de ouvir isso. E você precisa não só dizer, como ouvir de você mesmo, o quanto ama a pessoa que está compartilhando da sua vida.
Sinta-se uma pessoa privilegiada por ter a seu lado alguém tão querido. E brinde esse amor, convidando para dançar, para ouvir música. Mostre todo o seu amor com atitudes, com gestos e palavras amorosas.
Saia da rotina! Não deixe que o dia-a-dia se torne enfadonho e que o tédio tome conta do ambiente.
Cada um será, no mínimo, um simples e corriqueiro habitante do mesmo teto.
Portanto, vamos procurar manter a chama do amor acesa, falando de coisas agradáveis, elogios, palavras de afeto, encorajadoras. Elas despertam a auto-estima e aumentam a libido.
União quer dizer unir forças, dar apoio, ajudar a crescer, incentivar e aplaudir.
Faça sempre isso e quem sai engrandecido e recompensado será você.
Conheço inúmeros casais que mantêm o casamento num completo jogo de competição, especialmente quando um ou outro, ou os dois, se sentem inferiorizados, na relação.
Não traz vantagem alguma uma convivência marcada pela competição, onde um está sempre de prontidão, armado pra dar uma estocada certeira pra derrubar o outro.
Neste jogo mesquinho, infeliz, perdem os dois.
Se os erros foram tão graves e o sofrimento está insuportável, separe-se. Ninguém veio ao mundo pra ficar doente de tristeza.
Muitos casamentos prosseguem cheios de farpas e agressividades; outros passam a conviver pacificamente, cada um pro seu lado. Marido e mulher passam a viver em mundos distantes. Cada qual no seu canto, carregando sua dor.
PALAVRAS AMEAÇADORAS
Se você quiser que seu casamento dure, não faça ameaças, nem chantagens, do tipo: "se você fizer isso, eu me separo."
Se você realmente não deseja se separar, não abra a porta pra esta possibilidade.
Tenha sempre em mente pra onde você quer ir, pra onde você quer levar o seu casamento. Nunca se deixe levar por palavras negativas que você tanto teme.

O QUE SEGURA UM CASAMENTO?

O sexo pode ter sido o motivo que os uniu. Mas, com certeza, só ele não vai segurar o seu casamento.
A preservação de um relacionamento depende de fatores mais profundos, valores, admirações recíprocas, confiança mútua.
A cultura adquirida de que a vida sexual deve se manter no mesmo nível apaixonado, com a mesma intensidade e quantidade, leva ao empobrecimento do convívio.
A vida sexual não é uma constância, não segue o mesmo ritmo ao longo da vida. Há épocas de maior apetite, e outras de desinteresse que são comuns em todas as atividades humanas e fazem parte de uma dinâmica natural.
Casais mais velhos que conviveram anos e anos podem precisar de uma nova inspiração, criar juntos novas atrações, procurar uma vida mais divertida, com mais lazer. E podem até descobrir uma relação sexual com mais arte, mais carinho.
O relacionamento deve ser uma das maiores prioridades. Não o deixe pra segundo plano por causa de outros motivos "imprescindíveis", no seu dia-a-dia.
Não permita que a negligência habitue os dois a perderem o foco de construir a cada dia uma vida plena, de atenção mútua.
O fundamental é decidirmos que vamos tornar melhores os nossos momentos, todos os dias.
Os casais que elegeram como fator principal o bem estar do seu companheiro, vão estar a cada momento surpreendendo o outro.
Portanto, procurem dar fim a todos os vícios de comportamento, todos os tipos de intolerância e irritação.
Prefira estar bem com o seu amor a estar com a razão. Desista de provar que você está certo. Esta não é uma atitude piegas, nem covarde, mas uma maneira equilibrada de esfriar os ânimos para voltar ao assunto, em outra hora, quando os dois tiverem seu tempo para refletir.
"O mais elevado estágio possível em cultura moral é quando reconhecemos que devemos controlar nossos pensamentos."
Assim nos ensina Charles Darwin.
Vamos acabar com o preconceito em relação aos Sex-Shops
(Isto não é um comercial).
Nestas lojas são vendidos excelentes recursos para proporcionarem sexo seguro, além de mecanismos para evitar a ejaculação precoce, para estimular a excitação, tanto da mulher como do homem, e ainda produtos que podem ser utilizados por aqueles que vivem sozinhos e precisam resolver suas necessidades sexuais.

7 atitudes que fazem o relacionamento do casal dar certo.

Conheça os sete verbos que você precisa praticar para ter uma relação feliz.


O que faz o relacionamento do casal dar certo
7 atitudes que fazem o relacionamento do casal dar certo(Foto: thinkstock)
Há um novo modo masculino de pensar a vida a dois que pode surpreender as mulheres. Silenciosamente, o sexo oposto tem passado por uma transformação social e também pessoal. E isso faz toda a diferença quando o assunto é namoro ou casamento. "O homem está buscando mais intimidade consigo mesmo. Esse processo inclui intensificar o papel de pai e valorizar outras esferas da vida. O aspecto profissional não é mais o único foco importante", esclarece o psicanalista Sócrates Nolasco, autor dos livros O Mito da Masculinidade e A Desconstrução do Masculino (ambos da Editora Rocco). Esse contexto favorece um bom encontro com as mulheres. Mas, para viver um amor adulto, ambos enfrentam desafios. "O casamento convoca os casais a gerenciar as frustrações e expectativas em relação à vida a dois. É um exercício para um vínculo maduro", diz o psicanalista.
Se os homens estão numa frequência nova, é hora de você se atualizar também. Confira os sete verbos que você precisa praticar, na versão deles, para garantir uma relação feliz. E não é simplesmente teoria. Cada verbo foi definido com base nas experiências com a mulher amada.
1. Rir
Bom humor é o requisito básico no comportamento das parceiras. "Um olhar com mais leveza e graça no dia a dia muda tudo para melhor. Mesmo no meio da turbulência ou até de uma discussão, uma frase engraçada ou um comentário irônico do bem ajudam a baixar a pressão e a pensar: 'Será que isso é tão sério assim? Não dá para seguir em frente mesmo nessa situação?' Minha mulher é a minha companheira na vida - e todo mundo sabe que alguém mal-humorado estraga qualquer viagem. Esse é o ponto" , diz o fotógrafo Adi, casado há 11 anos com Fabiana.
2. Respeitar
Sem respeito, nada funciona. E há dois aspectos nos quais eles se sentem desrespeitados: a dificuldade em ter um tempinho para programas masculinos e, quando conseguem, o controle das parceiras. As que mostram jogo de cintura ganham mil pontos. "Minha mulher é especial. Gosto de tomar uma cerveja, jogar bilhar, organizar um churrasco no fim de semana. E, quando eu volto, não tem cara feia. Construímos essa confiança e eu a valorizo muito por isso", diz o contador Carlos, 50 anos, casado há 25 anos com Marlene. Ele é porta-voz da opinião generalizada de que o grude atrapalha. Quanto mais espaço, melhor.
3. Desejar
Surpresinhas eróticas e shows sensuais em plena quarta-feira à noite? Não é nada disso que eles realmente valorizam. Reconhecem a importância do sexo nas relações duradouras, mas, em contraste com a ala feminina, têm uma visão menos fantasiosa e mais realista do assunto. "As pequenas coisas que ela faz é que podem me seduzir - o jeito como ela fala com o nosso filho, a maneira como conduz uma situação. Eu observo, gosto daquilo e passo a desejá-la", diz Rodrigo, 33 anos, publicitário, casado com Mônica. Fica o toque para nós: nem sempre é uma atitude explicitamente sensual que desperta a libido deles. "O desafio, hoje, não é desfrutar de liberdade sexual, e sim manter a intimidade e a cumplicidade no cotidiano para que, quando estiverem juntos, o sexo seja bom", confirma Nolasco.
4. Dividir
Compartilhar tarefas e responsabilidades - financeiras, profissionais, com filhos, casa etc. - passou a ser "cláusula contratual". No entanto, eles acham que isso deve ser feito sem rigidez nem papéis preestabelecidos. Por exemplo, na casa de Carlos, ele sempre ficou com as crianças nos fins de semana para que a esposa, pediatra, cumprisse o plantão. Rodrigo, muitas vezes, vai a um evento na escola do filho enquanto Mônica participa da reunião de condomínio. O cabeleireiro Ricardo, 32 anos, casado com Andréa, toca a rotina noturna com as crianças: dá jantar, banho e faz dormir. Assim, a mulher ganha um tempinho para ir à academia. Já na casa de Glauco, 36 anos, analista financeiro, casado com Fabiana, cabe a ela cuidar dos assuntos burocráticos, e a ele pilotar a cozinha.
5. Superar
O casal consegue superar problemas quando um acolhe o outro em momentos de fragilidade, acreditam os homens. E aí a relação se fortifica. "Depois de três anos de namoro, passei por um baque profissional, meu rendimento despencou. Foi a Fabiana que me levantou moralmente, que me encorajou. Quando vi que ela estava disposta a passar por dificuldades comigo, tive certeza de que eu a queria para o resto da minha vida", conta Glauco. Os homens esperam que as mulheres saibam lidar com as insatisfações com o parceiro ou o relacionamento - o que permite enfrentar decepções sem desmoronar. E não se trata só das grandes crises. Entram aqui as pequenas manias, chatices e até a TPM, um teste de paciência para eles. "A Cinthya me deixava maluco. Nessa fase, implicava demais comigo. Agora, eu me armo com uma caixa de chocolates e uma bolsa de água quente para a cólica. E espero ansiosamente pela menopausa", diz, rindo, Paulo Henrique, 43 anos, advogado, casado há dez anos. Ele garante que, com bom humor e docinhos, o saldo mensal de brigas despenca.
6. Mimar
Eles também gostam de ser mimados. É verdade que muitos já consideraram supérfluos esses agradinhos, mas mudaram de ideia quando foram tocados pela varinha mágica da delicadeza. "Sempre achei uma besteira essa coisa de dar flores até o dia em que a Fabiana me enviou uma rosa importada. Aquilo me deixou feliz. Quebrou o feijão com arroz da relação", confessa Glauco. Mimar é uma ação sutil. Gestos mínimos podem surtir efeito. Um mimo alegra quem recebe e também quem dá. Pelo menos é o que revela a atitude de Carlos: "Quando minha mulher chega do trabalho muito cansada, eu tiro seus sapatos, faço massagem e carinho. Não planejo ganhar nada em troca, apenas acho bom mostrar que posso cuidar dela". Não é à toa que ele e Marlene estão juntos há 25 anos.
7. Admirar
Poder olhar para o outro e pensar: "Esse é o cara" ou "Essa é a mulher" dispara o termômetro da felicidade conjugal. E os homens garantem que não é só a aparência que conta. "Se ela cortou ou clareou o cabelo, nem percebo. Ou melhor, percebo, mas não ligo tanto para a embalagem. Gosto do conteúdo: o jeito articulado dela, a maneira como resolve as coisas e um mistério que, muitas vezes, ela deixa no ar - ele me instiga a conquistar um lado dela que ainda parece não dominado", diz Daniel, engenheiro, 38 anos, casado há 12 com Vanessa. Rodrigo completa: "O admirar não é puramente contemplativo e estético. Eu quero ser reconhecido como o melhor educador do filho dela, o marido mais legal e um amante especial". No jogo da admiração, cada um entra em campo disposto a encantar seu par - e ambos vencem.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

CÂNCER DE COLO DO ÚTERO

Sinônimos:
Câncer de Cérvice Uterina, Câncer do colo uterino
O câncer de colo uterino é o câncer mais comum entre as mulheres no Brasil, correspondendo a, aproximadamente, 24% de todos os cânceres.
Definição de câncer de colo uterino
É o câncer que se forma no colo do útero. Nessa parte, há células que podem se modificar produzindo um câncer. Em geral, é um câncer de crescimento lento, e pode não ter sintomas.
O que é o colo do útero?
O colo é a parte inferior do útero que o conecta à vagina. O colo produz muco que durante uma relação sexual ajuda o esperma a mover-se da vagina para o útero. Na menstruação o sangue flui do útero através do colo até a vagina, de onde sai do corpo. No período de gravidez o colo fica completamente fechado. Durante o parto o colo se abre e o bebê passa através dele até a vagina. 

O que se sente quando se tem o câncer de colo do útero?
O quadro clínico de pacientes portadoras de câncer de colo do útero pode variar desde ausência de sintomas (tumor detectado no exame ginecológico periódico) até quadros de sangramento vaginal após a relação sexual, sangramento vaginal intermitente (sangra de vez em quando), secreção vaginal de odor fétido e dor abdominal associada com queixas urinárias ou intestinais nos casos mais avançados da doença.
Como o médico faz o diagnóstico do câncer de colo do útero?
O diagnóstico é, predominantemente, clínico. A coleta periódica do exame citopatológico do colo do útero (também chamado de exame pré-câncer ou Papanicolau) possibilita o diagnóstico precoce, tanto das formas pré-invasoras (NIC), como do câncer propriamente dito. No exame ginecológico rotineiro, além da coleta do citopatológico, é realizado o Teste de Schiller (coloca-se no colo do útero uma solução iodada) para detectar áreas não coradas, suspeitas. A colposcopia (exame em que se visualiza o colo do útero com lente de aumento de 10 vezes ou mais) auxilia na avaliação de lesões suspeitas ao exame rotineiro, e permite a realização de biópsia dirigida (coleta de pequena porção de colo do útero), fundamental para o diagnóstico de câncer.
Nas pacientes com diagnóstico firmado de câncer de colo do útero, é necessária a realização de exames complementares que ajudam a avaliar se a doença está restrita ou não ao colo do útero: cistoscopia, retossigmoidoscopia, urografia excretora e, em alguns casos, a ecografia transretal.
Os tipos de câncer de colo do útero podem ser: tipo epidermóide, o mais comum, e também pode ser do tipo adenocarcinoma, o qual é bem menos freqüente. O primeiro pode ser diagnosticado na sua forma pré-invasora: NIC (neoplasia intraepitelial cervical), geralmente assintomático, mas facilmente detectável ao exame ginecológico periódico.
Como se trata o câncer de colo de útero?
O tratamento das pacientes portadoras desse câncer baseia-se na cirurgia, radioterapia e quimioterapia. O tratamento a ser realizado depende das condições clínicas da paciente, do tipo de tumor e de sua extensão. Quando o tumor é inicial, os resultados da cirurgia radical e da radioterapia são equivalentes.
O tratamento cirúrgico consiste na retirada do útero, porção superior da vagina e linfonodos pélvicos. Os ovários podem ser preservados nas pacientes jovens, dependendo do estadiamento do tumor; quanto mais avançado, mais extensa é a cirurgia.
O tratamento radioterápico pode ser efetuado como tratamento exclusivo, pode ser feito associado à cirurgia (precedendo-a),ou quando a cirurgia é contra-indicada.
Detecção precoce para o câncer de colo de útero
Detecção precoce ou screening para um tipo de câncer é o processo de se procurar um determinado tipo de câncer na sua fase inicial, antes mesmo que ele cause algum tipo de sintoma. Em alguns tipos de câncer, o médico pode avaliar qual o grupo de pessoas que corre mais risco de desenvolver um tipo específico de câncer por causa de sua história familiar, por causa das doenças que já teve ou por causa dos hábitos que tem, como fumar, consumir bebidas de álcool ou comer dieta rica em gorduras.
A isso se chama fatores de risco e as pessoas que têm esses fatores pertencem a um grupo de risco. Para essas pessoas, o médico pode indicar um determinado teste ou exame para detecção precoce daquele câncer, e dizer com que freqüência esse teste ou exame deve ser feito. Para a maioria dos cânceres, quanto mais cedo (quanto mais precoce) se diagnostica o câncer, mais chance essa doença tem de ser combatida. Qual é o teste que diagnostica precocemente o câncer de colo do útero?
O exame de Papanicolau ou "preventivo de câncer de colo do útero" é o teste mais comum e mais aceito para ser utilizado para detecção precoce do câncer de colo do útero.
O que é Papanicolau?
Papanicolau é um teste que examina as células coletadas do colo do útero. O objetivo do exame é detectar células cancerosas ou anormais. O Exame pode também identificar condições não cancerosas como infecção ou inflamação. O nome do teste refere-se ao nome do seu criador, o médico greco-americano George Papanicolaou
Com que freqüência deve ser feito o Papanicolau?
Toda mulher deve fazer o exame preventivo de câncer de colo do útero (Papanicolau) a partir da primeira relação sexual ou após os 18 anos. Este exame deve ser feito anualmente ou, com menor freqüência, a critério do médico.
Mulheres mais velhas normalmente deixam de fazer esse exame porque deixam de se consultar, ou mesmo por orientação do médico. A partir dos 65 anos, as mulheres que tiveram exames normais nos últimos 10 anos devem conversar com seu médico sobre a possibilidade de parar de realizar o exame regularmente.
Mulheres que realizaram histerectomia (cirurgia para retirada do útero) com a retirada do colo além do útero, não necessitam fazer o exame, a menos que a cirurgia tenha sido feita para o tratamento de câncer ou de lesão pré-maligna.
Como o médico faz o exame de Papanicolau?
Este teste é feito por um médico ou um técnico treinado para isso, num consultório ou ambulatório. Durante um exame vaginal, antes do exame de toque, um aparelho chamado espéculo vaginal é introduzido na vagina para que o colo do útero seja facilmente visualizado. Com uma espátula e/ou uma escova especial, o médico coleta algumas células do colo do útero e da vagina e as coloca numa lâmina de vidro. Essa lâmina com as células é examinada em um microscópio para que sejam identificadas anormalidades que sugiram que um câncer possa se desenvolver (lesões precursoras) ou que já esteja presente.
O exame de Papanicolau necessita de alguma preparação prévia?
A mulher deve fazer este exame quando não estiver menstruando. O melhor período é entre o 10º e 20º dia após o primeiro dia do seu último período menstrual. A mulher deve avisar seu médico em que momento do ciclo está.
Por dois dias antes do exame a mulher deve evitar piscina e banheiras, duchas vaginais, tampões, desodorantes ou medicamentos vaginais, espermicidas e cremes vaginais (a menos que seu médico recomende explicitamente). Estes produtos e situações podem retirar ou esconder células anormais.
A mulher deve também evitar relações sexuais por dois dias antes do exame.
Após o exame, a mulher pode voltar a suas atividade normais imediatamente.
Resultados do Exame Preventivo (Papanicolau)
Negativo para câncer (células malignas): se é o primeiro resultado negativo, a mulher deverá fazer novo exame preventivo em um ano. Se tiver um resultado negativo no ano anterior, o exame deverá ser repetido em 3 anos.
Alteração tipo NIC I: repetir o exame em 6 meses;
Alterações tipo NIC II e NIC III: o médico deverá decidir a melhor conduta. Novos exames, como a colposcopia, deverão ser realizadas;
Infecção pelo HPV: o exame deverá ser repetido em 6 meses;
ASCUS e ASGUS (alteração atípica com significado incerto): o médico deve indicar a conduta a seguir conforme cada caso. Pode ser a repetição do exame em 12 meses ou tratamento de infecção ou fazer uma colposcopia (exame em que se visualiza o colo do útero com lente de aumento de 10 vezes ou mais).
Amostra insatisfatória: a quantidade de material não foi suficiente para fazer o exame. O exame deve ser repetido logo que for possível.
Independente desses resultados, você pode ter alguma outra infecção que será tratada. Siga o tratamento corretamente. Muitas vezes, é necessário que o seu parceiro também receba tratamento.
O câncer de colo do útero pode ser prevenido?
Sim, prevenir o aparecimento de um tipo de câncer é diminuir as chances de que uma pessoa desenvolva essa doença através de ações que a afastem de fatores que propiciem o desarranjo celular que acontece nos estágios bem iniciais, quando apenas algumas poucas células estão sofrendo as agressões que podem transformá-las em malignas. São os chamados fatores de risco.
Além disso, outra forma de prevenir o aparecimento de câncer é promover ações sabidamente benéficas à saúde como um todo e que, por motivos muitas vezes desconhecidos, estão menos associadas ao aparecimento desses tumores.
Nem todos os cânceres têm estes fatores de risco e de proteção identificados e, entre os já reconhecidamente envolvidos, nem todos podem ser facilmente modificáveis, como a herança genética (história familiar), por exemplo.
O câncer de colo do útero, como a maioria dos tipos de câncer, tem fatores de risco identificáveis. Alguns desses fatores de risco são modificáveis, ou seja, pode-se alterar a exposição que cada pessoa tem a esse determinado fator, diminuindo a sua chance de desenvolver esse tipo de câncer.
Há também os fatores de proteção. Ou seja, fatores aos quais, se a pessoa estiver exposta, a sua chance de desenvolver esse tipo de câncer diminui.
Entre esses fatores de proteção também há os que se pode modificar, expondo-se mais a eles.
A prevenção do câncer de colo do útero passa por cuidados e informações sobre o uso de preservativos, a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e a orientação sexual, desestimulando a promiscuidade. Em nível secundário de prevenção, está o exame ginecológico periódico.
Os fatores de risco e proteção mais conhecidos para o câncer de colo do útero e que podem ser modificados são:
Exame de Papanicolau ou preventivo de câncer
Fazer o exame preventivo de câncer de colo do útero é a forma mais eficaz de diminuir a chance de ter esse tipo de câncer.
As mulheres mais velhas, que normalmente deixam de fazer esse exame, muitas vezes por orientação do seu próprio médico, ou porque deixam de se consultar com um ginecologista, têm risco de desenvolver esse tumor, já que não o diagnosticam na sua fase inicial.
Infecção pelo Vírus Papiloma Humano (HPV)
O Vírus Papiloma Humano (HPV) é um vírus extremamente comum, do qual existem mais de 80 sub-tipos. Alguns deles são transmitidos sexualmente (por contato sexual com parceiro portador desse vírus). Desses, alguns estão associados ao câncer de colo do útero. Mais freqüentemente, os sub-tipos 16 e 18 estão associados a esse tipo de tumor.
Não existe tratamento para esse tipo de vírus e ele desaparece sozinho, sem tratamento, na grande maioria das vezes. Porém, a maioria dos cânceres de colo do útero têm a presença desse vírus.
Ou seja, as mulheres portadoras desse vírus devem fazer exames mais freqüentes com o seu ginecologista ou profissional de saúde capacitado para detectar alterações sugestivas de lesões malignas ou pré-malignas tão cedo quanto possível, o que aumenta muito a chance de se fazer um procedimento que a deixem complemente curadas.
Fumo
Fumar aumenta o risco de desenvolver esse tipo de câncer.
Parar de fumar ou evitar fumo passivo (inalar fumaça de fumantes próximos) é uma forma de prevenir esse tipo de tumor.
História da Vida Sexual
Mulheres que tiveram a sua primeira relação sexual muito cedo, antes dos 16 anos, ou que têm ou tiveram muitos parceiros, têm maior risco de ter esse tipo de câncer. Possivelmente, isso é o reflexo de maior exposição a doenças sexualmente transmissíveis , como o HPV, que estão associados a esse tipo de tumor.
Outras doenças sexualmente transmissíveis também estão associadas a esse tumor, como o herpes simples e o HIV.
Por isso, a prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis, com o uso de métodos de barreira (camisinha ou condom) e uso de espermicida, diminui a chance de desenvolver esse tipo de tumor.
Dieta
Vários estudos têm associado uma diminuição no risco de desenvolver câncer de colo do útero em mulheres que ingerem micronutrientes nas suas quantidades adequadas.
Os micronutrientes mais freqüentemente descritos como benéficos, nestes estudos, são os carotenóides, a vitamina C e E.
Provavelmente, estes estudos estão demonstrando de forma indireta que uma dieta variada, balanceada e rica em vegetais é benéfica e diminui as chances da mulher de desenvolver esse tipo de tumor.
Os principais fatores de risco para o câncer de colo do útero são: 
baixo nível sócio-econômico
precocidade na primeira relação sexual
promiscuidade (múltiplos parceiros)
parceiro sexual de risco
multiparidade (vários partos)
primeira gestação precoce
tabagismo
radiação prévia
infecção por papilomavírus
herpes vírus


Perguntas que você pode fazer ao seu médico
Tive verruga na vagina; isso aumenta o meu risco de ter câncer de colo do útero?
Meu parceiro teve verruga no pênis. O que devo fazer para me prevenir?



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PREVENÇÃO DO CÂNCER DE PRÓSTATA

Sinônimos:
Exame Preventivo de Câncer de Próstata.
O que é prevenção de um tipo de câncer?
Prevenir o aparecimento de um tipo de câncer é diminuir as chances de que uma pessoa desenvolva essa doença . Normalmente, isso se faz através de ações que a afastem de fatores que propiciem o desarranjo celular que acontece nos estágios bem iniciais da doença, quando apenas algumas poucas células estão sofrendo as agressões que podem transformá-las em malignas. São os chamados fatores de risco.
Além disso, outra forma de prevenir o aparecimento de câncer é promover ações sabidamente benéficas à saúde como um todo e que, por motivos muitas vezes desconhecidos, estão menos associadas ao aparecimento desses tumores.
Nem todos os cânceres têm esses fatores de risco e de proteção identificados e, entre os já reconhecidamente envolvidos, nem todos podem ser facilmente modificáveis, como a herança genética (história familiar), por exemplo.
Como se faz prevenção no câncer de próstata?
A próstata é uma glândula masculina que se localiza entre a bexiga e o reto. Essa glândula participa da produção do sêmen, líquido que carrega os espermatozóides produzidos no testículo. Ela envolve a uretra e seu tamanho normal é de uma azeitona. A próstata, como todo o aparelho sexual masculino, tem o seu funcionamento regulado pelos níveis de testosterona circulantes, o hormônio masculino.
O câncer de próstata, como a maioria dos tipos de câncer, tem fatores de risco identificáveis (para maiores informações sobre fatores de risco para este tipo de câncer leia o artigo "Detecção Precoce do Câncer de Próstata" neste site).
Alguns desses fatores de risco são modificáveis, ou seja, pode-se alterar a exposição que cada pessoa tem a esse determinado fator, diminuindo a sua chance de desenvolver esse tipo de câncer.
Há também os fatores de proteção. Ou seja, fatores que se a pessoa está exposta a sua chance de desenvolver esse tipo de câncer diminui. Entre esses fatores de proteção também há os que se pode modificar, se expondo mais a eles.
Os fatores de risco e proteção para o câncer de próstata mais conhecidos e que podem ser modificados são: 
 
Idade
O câncer de próstata é incomum em homens de 50 anos ou menos. Porém depois dessa idade torna-se mais comum a cada década que passa. Por isso, fazer exames de detecção precoce após essa idade é importante.
Quanto mais precocemente se diagnostica um tumor, maior são as chances de cura.
Os exames mais comumente realizados para se detectar esse tipo de câncer, precocemente ou não, são o toque retal, o exame de ultra-sonografia transretal e o exame de PSA (antígeno prostático-específico).
Dieta
Uma dieta pobre em gordura, principalmente de origem animal, e rica em frutas, legumes e verduras parece estar associada a uma diminuição no risco para esse tipo de câncer. Algumas substâncias têm sido apontadas como responsáveis por esse fator de proteção. Os estudos com Vitamina E, Vitamina D, Selenium e Lycopene (esse último presente nos tomates) na sua forma natural ou como suplementação dietética são os mais consistentes em demonstrar essa associação. Entretanto ainda há controvérsias sobre a real capacidade dessas substâncias em diminuir a mortalidade associada a esse tipo de câncer, além de não ter se esclarecido a forma e a quantidade em que estas substâncias se tornam especificamente benéficas.
História familiar
Quinze por cento (15%) dos homens que tem câncer de próstata tem um familiar de primeiro grau com esta doença. Por isso, ter pai, irmão ou filho com esse tipo de tumor é indicação para fazer um seguimento mais cuidadoso com o objetivo de detectar precocemente esse tumor, assim como com o passar da idade.
Raça
Nos EUA, homens negros têm mais câncer de próstata que homens brancos, e mais que homens de origem oriental. Aparentemente, essa diferença racial se dá pelo níveis de testosterona circulante em cada raça. Porém, outros fatores que podem estar distribuídos de forma diferente nas raças podem ser responsáveis por essa diferença na distribuição desse tipo de câncer. De qualquer forma, homens da raça negra devem dar uma atenção especial para esse risco elevado e fazer os exames de detecção precoce rotineiramente.
Prevenção com o uso de hormônios.
Vários estudos estão sendo feitos para se definir o valor do uso de hormônios que se opõem à ação da testosterona com o objetivo de diminuir as chances de se desenvolver esse tipo de câncer. Esse tratamento seria utilizado naquele grupo de homens com risco muito aumentado. Nenhuma conclusão se obteve até o momento.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico
Meu pai teve câncer de próstata. Isso eleva o meu risco para esse tipo de câncer?
Já fiz o exame de PSA várias vezes. Até quando terei que fazer esse tipo de exame?


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CÂNCER DE ENDOMÉTRIO

O que é?
O câncer de endométrio é o câncer de corpo uterino mais freqüente, de incidência crescente nas últimas duas décadas. Ocupa o 4º lugar das neoplasias malignas da população feminina sendo o 2º tumor pélvico mais freqüente entre as brasileiras.
Como pode ser feita a prevenção?
A prevenção primária desse tipo de tumor inclui: 
 
o combate à obesidade,
o tratamento de ciclos anovulatórios e
terapia de reposição hormonal adequada no climatério.
A prevenção secundária consiste na: 
 
avaliação periódica de pacientes assintomáticas de alto risco,
ultra-sonografia transvaginal na menopausa e
detecção de lesões precursoras nas mulheres com sangramento uterino anormal.
São considerados fatores de risco para o câncer de endométrio: 
 
a menopausa tardia (acima de 52 anos),
a obesidade,
a anovulação crônica,
o uso de reposição hormonal com estrógenos sem a oposição de progestágenos,
a raça branca,
um elevado nível sócio-econômico,
uma dieta rica em gordura,
o uso de tamoxifen,
diabete,
história familiar ou pessoal de câncer de endométrio, mama, ovário ou cólon.
O rastreamento deve ser realizado naquelas pacientes assintomáticas que apresentam fatores de risco através de ecografia transvaginal.
O sintoma clássico desse tipo de tumor é o sangramento uterino anormal, principalmente após a menopausa.
Como se realiza a investigação?
A ecografia transvaginal pode demonstrar o endométrio espessado levando a uma biópsia do mesmo. Todos os métodos que permitam retirar uma amostra do endométrio geralmente selam o diagnóstico de câncer de endométrio.
Esses exames são: 
 
a biópsia endometrial (realizada em consultório),
a curetagem uterina com dilatação do colo uterino (realizada com anestesia) e
a histeroscopia com biópsia dirigida (pode ser realizada com ou sem anestesia, dependendo de cada caso).
É importante lembrar que pacientes com SANGRAMENTO APÓS A MENOPAUSA devem ter na maioria das vezes seu endométrio examinado.
Como se faz o tratamento?
O tratamento das pacientes com câncer de endométrio é cirúrgico e inclui a retirada do útero e ovários, sendo que, em alguns casos, é realizada a linfadenectomia pélvica. As pacientes com contra-indicação cirúrgica serão tratadas com radioterapia. Nos casos mais avançados a quimioterapia e a progestogenioterapia têm sido empregadas.


CÂNCER DE MAMA

Como são as mamas:
As mamas (ou seios) são glândulas e sua função principal é a produção de leite. Elas são compostas de lobos que se dividem em porções menores, os lóbulos, e ductos, que conduzem o leite produzido para fora pelo mamilo. Como todos os outros órgãos do corpo humano, também se encontram nas mamas vasos sanguíneos, que irrigam a mama de sangue, e os vasos linfáticos, por onde circula a linfa. A linfa é um líquido claro que tem uma função semelhante ao sangue de carregar nutrientes para as diversas partes do corpo e recolher as substâncias indesejáveis. Os vasos linfáticos se agrupam no que chamamos de gânglios linfáticos, ou ínguas. Os vasos linfáticos das mamas drenam para gânglios nas axilas (em baixo dos braços) na região do pescoço e no tórax.
Os tipos de câncer de mama:
O câncer de mama ocorre quando as células deste órgão passam a se dividir e se reproduzir muito rápido e de forma desordenada. A maioria dos cânceres de mama acomete as células dos ductos das mamas. Por isso, o câncer de mama mais comum se chama Carcinoma Ductal. Ele pode ser in situ, quando não passa das primeiras camadas de célula destes ductos, ou invasor, quando invade os tecidos em volta. Os cânceres que começam nos lóbulos da mama são chamados de Carcinoma Lobular e são menos comuns que o primeiro. Este tipo de câncer muito freqüentemente acomete as duas mamas. O Carcinoma Inflamatório de mama é um câncer mais raro e normalmente se apresenta de forma agressiva, comprometendo toda a mama, deixando-a vermelha, inchada e quente.
O câncer de mama, como muitos dos cânceres, tem fatores de risco conhecidos. Alguns destes fatores são modificáveis, ou seja, pode-se alterar a exposição que uma pessoa tem a este determinado fator, diminuindo a sua chance de desenvolver este câncer.
Existem também os fatores de proteção. Estes são fatores que, se a pessoa está exposta, a sua chance de desenvolver este câncer é menor.
Os fatores conhecidos de risco e proteção do câncer de mama são os seguintes:
Idade: 
 
O câncer de mama é mais comum em mulheres acima de 50 anos. Quanto maior a idade maior a chance de ter este câncer. Mulheres com menos de 20 anos raramente têm este tipo de câncer.
Exposição excessiva a hormônios: 
 
Terapia de reposição hormonal (hormônios usados para combater os sintomas da menopausa) que contenham os hormônios femininos estrogênio e progesterona aumentam o risco de câncer de mama. Não tomar ou parar de tomar estes hormônios é uma decisão que a mulher deve tomar com o seu médico, pesando os riscos e benefícios desta medicação.
Anticoncepcional oral (pílula) tomado por muitos anos também pode aumentar este risco.
Retirar os ovários cirurgicamente diminui o risco de desenvolver o câncer de mama porque diminui a produção de estrogênio (menopausa cirúrgica).
Algumas medicações "bloqueiam" a ação do estrogênio e são usadas em algumas mulheres que tem um risco muito aumentado de desenvolver este tipo de câncer. Usar estas medicações (como o Tamoxifen) é uma decisão tomada junto com o médico avaliando os risco e benefícios destas medicações.
Radiação: 
 
Faz parte do tratamento de algumas doenças irradiar a região do tórax. Antigamente muitas doenças benignas se tratavam com irradiação. Hoje, este procedimento é praticamente restrito ao tratamento de tumores. Pessoas que necessitaram irradiar a região do tórax ou das mamas têm um maior risco de desenvolver câncer de mama.
Dieta: 
 
Ingerir bebida alcoólica em excesso está associado a um discreto aumento de desenvolver câncer de mama. A associação com a bebida de álcool é proporcional ao que se ingere, ou seja, quanto mais se bebe maior o risco de ter este câncer. Tomar menos de uma dose de bebida alcoólica por dia ajuda a prevenir este tipo de câncer (um cálice de vinho, uma garrafa pequena de cerveja ou uma dose de uísque são exemplos de uma dose de bebida alcoólica).Se beber, portanto, tomar menos que uma dose por dia.
Mulheres obesas têm mais chance de desenvolver câncer de mama, principalmente quando este aumento de peso se dá após a menopausa ou após os 60 anos. Manter-se dentro do peso ideal (veja o cálculo de IMC neste site), principalmente após a menopausa diminui o risco deste tipo de câncer.
Seguir uma dieta saudável, rica em alimentos de origem vegetal com frutas, verduras e legumes e pobre em gordura animal pode diminuir o risco de ter este tipo de câncer. Apesar dos estudos não serem completamente conclusivos sobre este fator de proteção, aderir a um estilo de vida saudável, que inclui este tipo de alimentação, diminui o risco de muitos cânceres, inclusive o câncer de mama (veja Dieta do Mediterrâneo neste site).
Exercício físico: 
 
Exercício físico normalmente diminui a quantidade de hormônio feminino circulante. Como este tipo de tumor está associado a esse hormônio, fazer exercício regularmente diminui o risco de ter câncer de mama, principalmente em mulheres que fazem ou fizeram exercício regular quando jovens.
História ginecológica: 
 
Não ter filhos ou engravidar pela primeira vez tarde (após os 35 anos) é fator de risco para o câncer de mama.
Menstruar muito cedo (com 11 anos, ou antes) ou parar de menstruar muito tarde expõe a mulher mais tempo aos hormônios femininos e por isso aumenta o risco deste câncer.
Amamentar, principalmente por um tempo longo, um ano ou mais somado todos os períodos de amamentação, pode diminuir o risco do câncer de mama
História familiar: 
 
Mulheres que tem parentes de primeiro grau, mães, irmãs ou filhas, com câncer de mama, principalmente se elas tiverem este câncer antes da menopausa, são grupo de risco para desenvolver este câncer.
Apesar de raro, homens também podem ter câncer de mama e ter um parente de primeiro grau, como o pai, com este diagnóstico também eleva o risco familiar para o câncer de mama.
Pessoas deste grupo de risco devem se aconselhar com o seu médico para definir a necessidade de fazer exames para identificar genes que possam estar presentes nestas famílias. Se detectado um maior risco genético, o médico pode propor algumas medidas para diminuir estes riscos. Algumas medidas podem ser bem radicais ou ter efeitos colaterais importantes. Retirar as mamas e tomar Tamoxifen são exemplos destas medidas. A indicação destes procedimentos e a discussão dos prós e contras é individual e deve ser tomada junto com um médico muito experiente nestes casos.
Alterações nas mamas: 
 
Ter tido um câncer de mama prévio é um dos maiores fatores de risco para este tipo de câncer. Manter-se dentro do peso ideal, fazer exercício físico, seguir corretamente as recomendações do seu médico e fazer os exames de revisão anuais são medidas importantes para diminuir a volta do tumor ou ter um segundo tumor de mama.
Ter feito biópsias mesmo que para condições benignas está associado a um maior risco de ter câncer de mama.
Mamas densas na mamografia está associado a um maior risco para este tumor. É muito importante que a mamografia seja feita em um serviço qualificado e que o exame seja comparado com exames anteriores.
Sintomas do câncer de mama:
O câncer de mama normalmente não dói. A mulher pode sentir um nódulo (ou caroço) que anteriormente ela não sentia. Isso deve fazer ela procurar o seu médico. O médico vai palpar as mamas, as axilas e a região do pescoço e clavículas e se sentir um nódulo na mama pedirá uma mamografia.
A mulher também pode notar uma deformidade na suas mamas, ou as mamas podem estar assimétricas. Ou ainda pode notar uma retração na pele ou um líquido sanguinolento saindo pelo mamilo. Nos casos mais adiantados pode aparecer uma "ferida" (ulceração) na pele com odor muito desagradável.
No caso de carcinoma inflamatório a mama pode aumentar rapidamente de volume, ficando quente e vermelha.
Na maioria dos casos, a mulher é a responsável pela primeira suspeita de um câncer. É fundamental que ela conheça as suas mamas e saiba quando alguma coisa anormal está acontecendo. As mamas se modificam ao longo do ciclo menstrual e ao longo da vida. Porém, alterações agudas e sintomas como os relacionados acima devem fazer a mulher procurar o seu médico rapidamente. Só ele pode dizer se estas alterações podem ou não ser um câncer. 
Como se faz o diagnóstico de câncer de mama:
A mamografia é um Rx das mamas. Este exame também é feito para detecção precoce do câncer quando a mulher faz o exame mesmo sem ter nenhum sintoma. Caso a mama seja muito densa, o médico também vai pedir uma ecografia das mamas.
Se a mamografia mostra uma lesão suspeita, o médico indicará uma biópsia que pode ser feita por agulha fina ou por agulha grossa. Geralmente, esta biópsia é feita com a ajuda de uma ecografia para localizar bem o nódulo que será coletado o material, se o nódulo não for facilmente palpável. Após a coleta, o material é examinado por um patologista (exame anátomo-patológico) que definirá se esta lesão pode ser um câncer ou não.
Tratamento para o câncer de mama:
Existem vários tipos de tratamento para o câncer de mama. São vários os fatores que definem o que é mais adequado em cada caso. Antes da decisão de que tipo de tratamento é mais adequado o médico analisa o resultado do exame anátomo-patológico da biópsia ou da cirurgia se esta já tiver sido feita. Além disso, o médico pede exames de laboratório e de imagem para definir qual a extensão do tumor e se ele saiu da mama e se alojou em outras partes do corpo.
Se o tumor for pequeno, o primeiro procedimento é uma cirurgia onde se tira o tumor. Dependendo do tamanho da mama, da localização do tumor e do possível resultado estético da cirurgia, o cirurgião retira só o nódulo, uma parte da mama (geralmente um quarto da mama ou setorectomia) ou retira a mama inteira (mastectomia) e os gânglios axilares.
As características do tumor retirado e a extensão da cirurgia definem se a mulher necessitará de mais algum tratamento complementar ou não. Geralmente, se a mama não foi toda retirada, ela é encaminhada para radioterapia.
Dependendo do estadiamento, ou seja, quão avançada está a doença (tamanho, número de nódulos axilares comprometidos e envolvimento de outras áreas do corpo), também será indicada quimioterapia ou hormonioterapia. Radioterapia é o tratamento que se faz aplicando raios para eliminar qualquer célula que tenha sobrado no local da cirurgia que por ser tão pequena não foi localizada pelo cirurgião nem pelo patologista. Este tratamento é feito numa máquina e a duração e intensidade dependem das características do tumor e da paciente.
Quimioterapia é o uso de medicamentos, geralmente intravenosos, que matam células malignas circulantes. O tipo de quimioterápico utilizado depende se a mulher já está na menopausa e a extensão da sua doença. Hormonioterapia é o uso de medicações que bloqueiam a ação dos hormônios que aumentam o risco de desenvolver este tipo de câncer. Este tratamento é dado para aquelas pacientes em que o tumor mostrou ter estes receptores positivos (receptor de estrogênio e receptor de progesterona).
Detecção precoce do câncer de mama:
O exame de palpação realizado pelo médico e a mamografia são os exames realizados para uma detecção precoce desse tipo de câncer.
Como o médico faz esse exame?
O exame mais fácil de se realizar para se detectar uma alteração da mama é o exame de palpação. Neste exame o médico palpa toda a mama, a região da axila e a parte superior do tronco em busca de algum nódulo ou alteração da pele, como retração ou endurecimento, e de alguma alteração no mamilo.
A mamografia é um Raio X das mamas e das porções das axilas mais próximas das mamas. Nesse exame, o radiologista procura imagens sugestivas de alterações do tecido mamário e dos gânglios da axila. A ecografia das mamas pode auxiliar o radiologista a definir que tipo de alterações são essas.
Esses exames, quando realizados anualmente ou mais freqüentemente, dependendo da história individual da paciente (presença de fatores de risco ou história de tumores e biópsias prévias), pode diminuir a mortalidade por esse tipo de tumor, quando realizados entre os 50 e os 69 anos.
Porém, este tipo de tumor tem características diferentes para populações diferentes. Isto altera o quanto a mamografia é eficaz em diminuir a mortalidade por este tipo de tumor.
Realizar esses exames entre os 40 e os 49 anos pode diminuir a mortalidade por este tipo de tumor, mas o efeito dessa diminuição só se dará quando essas mulheres tiverem mais de 50 anos. 


Revolução dos Cravos