sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Quem tem ...



" Quem tem sensibilidade impregnada na alma sente além dos sentidos,vê além da linha do horizonte, voa além das próprias asas.
Quem tem sensibilidade na alma, tem o coração iluminado pelo sol,
encharcado pela chuva, perfumado pelas flores, guiado pelas estrelas.

Quem tem sensibilidade na alma suspira diante de pequenezas, transborda diante de gentilezas, floresce com gestos de delicadeza.

Quem tem sensibilidade na alma faz das dores melodias, das alegrias mar sereno pra nadar.

Quem tem sensibilidade na alma tem uma flor encantada bordada do lado de dentro do peito que exala perfume por onde passa...

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Mandala

Mandala significa círculo em palavra sânscrito. Mandala também possui outros significados, como círculo mágico ou concentração de energia, e universalmente a mandala é o símbolo da integração e da harmonia.


 A mandala é uma espécie de yantra (instrumento, meio, emblema) que em diversas línguas da península indostânica significa círculo. Em rigor, mandalas são diagramas geométricos rituais: alguns deles correspondem concretamente a determinado atributo divino e outros são a manifestação de certa forma de encantamento (mantra).



A sua antiguidade remonta pelo menos ao século VIII a.C. e são usadas como instrumentos de concentração e para atingir estados superiores de meditação (sobretudo no Tibete e no budismo japonês).

Durante muito tempo, a mandala foi usada como expressão artística e religiosa, através de pinturas rupestres, no símbolo chinês do Yin e Yang, nos yantras indianos, nas thangkas tibetanas, nos rituais de cura e arte indígenas e na arte sacra de vários séculos.

No budismo, a mandala é um tipo de diagrama que simboliza uma mansão sagrada, o palácio de uma divindade.

Geralmente, as mandalas são pintadas como thangkas e representadas em madeira ou metal ou construídas com areia colorida sobre uma plataforma. Quando a mandala é feita com areia, logo após algumas cerimônias, a areia é jogada em um rio, para que as bênçãos se espalhem.

Carl Jung descreve as mandalas como quadros representativos ideais ou personificações ideais que se manifestam na psicoterapia, interpretando-as como símbolos da personalidade no processo da individualização.

Muitas pessoas fazem tatuagens de mandalas, sendo que diferentes mandalas têm diferentes padrões visuais que despertam sensações diferentes.
Círculo: Está sempre presente nas mandalas, pois é ele que cria o campo de vibração existente em todas elas. Indo mais além, dá pra se dizer que ele é responsável por criar uma camada de proteção que separa o sagrado do profano, transmitindo a energia hipnotizante para nossos olhos. Além disso, uma mandala pode ser formada por inúmeros círculos. Ele é o símbolo do céu.


Triângulo:  Também bastante comum nas mandalas, está relacionado ao número três e seus derivados. É um símbolo sagrado, pois representa o homem e sua busca espiritual, a concretização com Deus. É interessante que o triângulo esteja sempre com um de seus vértices para cima, apontando para o alto, mostrando a aspiração de busca espiritual.

Quadrado: Indica a vibração do número quatro, que simboliza a matéria, o mundo das ações e realizações físicas, em um plano puramente terrestre. Não há muita espiritualidade no quadrado, mas seu poder está na realização no plano material, pois tem uma boa estrutura alicerçada no O Pentágono e o Pentagrama. São vibrações do número cinco, sempre leves e renovadoras. O pentágono lembra o quinto elemento, o éter. Já o pentagrama ou estrela de cinco pontas tem uma forte ligação simbólica com a magia e alquimia, emanando vibrações de liberdade de ação e pensamento.


Hexágono e Estrela de Seis Pontas: São formas da dupla aspiração espiritual humana, pois o seis é o dobro do três, que simboliza a busca espiritual. O hexágono simboliza a busca, principalmente no ambiente familiar, com seus apegos e desapegos. A estrela de seis pontas ou Estrela de Davi representa a fé aplicada à vida material e a fé transformada numa ligação real com o divino, chamada religação.


Energia : Ter consciência da energia circular, é perceber que temos força de movimento para que tudo aconteça, no final de contas, somos energia que vibra chamada de átomos.

São os nossos pensamentos e acções que nos levam à realidade que vivemos onde pode depender a nossa felicidade. Atraímos tudo o que somos e tudo o que temos e por este motivo devemos dar a tenção à nossa consciência para perceber o que nos rodeia.

Benefícios: Desenhar uma Mandala é um óptimo exercício de introspecção e meditação com efeito terapêutico, ajudando a obter auto disciplina, auto estima, auto afirmação, paz interior, criatividade, sensibilidade musical e libertação de stress emocional.

Geometria: Os círculos são universalmente associados à meditação, a cura e o sagrado, que funcionam como chaves para os mistérios de nosso interior e que, quando utilizados com este objectivo, remetem ao encontro com os mistérios de nossa alma. 

Ter uma Mandala em casa ou aprender a desenhar e pintar pode fazer a diferença!


As Quatro Forças da Natureza

O funcionamento harmonioso do universo pode ser explicado através de quatro tipos de forças. Convivemos rotineiramente com pelo menos duas delas, mas dificilmente questionamos sua existência.


O simples fato de podermos fazer uma caminhada está relacionado a uma força: a da gravidade
Sem ela, flutuaríamos sem condições de tocarmos compassadamente o solo com nossos pés. É a força gravitacional que determina nosso peso, que orienta o curso dos rios e a forma como as plantas crescem. Ë a força que mantém os planetas em suas órbitas e que possibilita a formação de estrelas através da condensação de poeira cósmica.




O segundo tipo de força é a eletromagnética
É ela que rege o comportamento entre as cargas elétricas, determinando a força atrativa entre cargas de sinais contrários e a força repulsiva entre cargas de mesmo sinal. Também é a força responsável pela atração e repulsão entre pólos magnéticos. Mas não é só isso. A força eletromagnética é a responsável pela geração da luz, que é uma onda eletromagnética, assim como as demais formas de radiação eletromagnética como os raios X e raios gama. É também graças à força eletromagnética que a matéria, de uma maneira geral, parece ser tão compacta. Na realidade, as distâncias relativas entre as partículas que compõem a matéria são tão grandes, que se não fosse a força eletromagnética, poderíamos atravessar sem dificuldades uma grossa parede de concreto.





O terceiro tipo de força é chamado força nuclear forte
É uma força de curto alcance que mantém coesos os prótons em um núcleo de átomo. Caso ela não existisse, não seria possível a existência da matéria como a conhecemos. Isto porque a força eletromagnética promoveria a dispersão dos prótons do núcleo e jamais teríamos os agrupamentos de prótons, elétrons e nêutrons que caracterizam os diferentes tipos de elementos químicos. 

O equilíbrio entre a força nuclear forte e a eletromagnética nos núcleos de átomos, pode ser rompido, favorecendo esta última, de maneira a provocar a desintegração do núcleo. Isto pode ser conseguido bombardeando com um nêutron um núcleo de um átomo de elevado número atômico. Com o choque, as partículas do átomo sofrem um deslocamento momentâneo. Com isto, a força nuclear forte, que é de curto alcance, pode tornar-se inferior à eletromagnética, de longo alcance, prevalecendo então a força repulsiva elétrica entre os prótons. O núcleo então se desintegra, liberando energia e bombardeando com seus nêutrons os átomos vizinhos que por sua vez também explodirão e bombardearão outros núcleos, numa reação em cadeia, conhecida como fissão nuclear.



A força nuclear forte age também em níveis menores em partículas chamadas de quarks. Os quarks são chamados de “os tijolos da matéria”, pois são as menores partículas que compõem a matéria.


Finalmente o quarto tipo é chamado de força nuclear fraca. É a força responsável pela radioatividade, que é uma propriedade de alguns tipos de núcleos de emitirem partículas ou radiação eletromagnética.


O sonho de todo físico é elaborar uma teoria única que englobe os quatro tipos de força. 
Já se conseguiu uma teoria bem sucedida que unifica a força eletromagnética, a força nuclear fraca e a força nuclear forte. 
Esta teoria é conhecida como Modelo Padrão. Entretanto, não se trata de uma teoria que agrade aos físicos teóricos, por se tratar de uma verdadeira colcha de retalhos. Ou seja, é um aglomerado de fórmulas e constantes que apesar de predizerem com precisão o comportamento das partículas nos grandes aceleradores, ainda está longe do sonho da unificação, principalmente, por não contemplar a força da gravidade. 

Esta última é a mais rebelde de todas as forças, pois até hoje não se conseguiu elaborar uma teoria quântica bem sucedida para explicá-la.
Espera-se que futuramente todas as quatro forças possam ser unificadas em uma única teoria. Esta seria a chamada Teoria Geral da Unificação, ou das iniciais em inglês, GUT. 
Trabalho garantido para as próximas gerações de físicos. 
Quem sabe se não há ainda um quinto tipo de força, talvez relacionado aos fenômenos paranormais?

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Solstício de Verão

Solstício de Verão é um fenômeno da astronomia que marca o início do Verão.

É o instante em que determinado hemisfério da Terra está inclinado cerca de 23,5º na direção do Sol, fazendo com que receba mais raios solares.

O termo “solstício” tem a sua origem no latim solstitius que significa "ponto onde a trajetória do sol aparenta não se deslocar".

No solstício de Verão ocorre o dia mais longo do ano e, consequentemente, a noite mais curta, em termos de iluminação por parte dos raios Sol.

O solstício acontece graças aos fenômenos de rotação e translação do planeta Terra, pois graças a eles a luz solar é distribuída de forma desigual entre os dois hemisférios.

Solstício de Verão no Hemisfério Sul

Quando o hemisfério sul está passando pelo solstício de verão – evento que marca o início desta estação – as pessoas que vivem no hemisfério norte da Terra estão passando pelo solstício de inverno, considerado o dia com a noite mais longa do ano.

O solstício de Verão pode acontecer no dia 21 ou 22 de dezembro, dias em que a radiação solar incide de forma vertical sobre o Trópico de Capricórnio.

Vale lembrar que o Brasil está localizado no Hemisfério Sul, enquanto que a Europa e os Estados Unidos, por exemplo, fazem parte do Hemisfério Norte.

Solstício de Inverno

Enquanto que o solstício de Verão marca o início do Verão, o solstício de inverno é conhecido por marcar o começo do inverno.

O solstício de Inverno significa que a luz do sol não incide com tanto fulgor no hemisfério em questão.

 Solstício para a cultura Wicca 1
Festival celebrado no dia 21 de dezembro, marca o Solstício de Verão, conhecido também como Alban Hefin, Alban Heruin ou a Luz do Verão. 

É o êxtase máximo da união sagrada, quando o Sol finalmente atinge o seu apogeu e a natureza encontra-se plena de luz, poder e magia. 
Os dias ainda são mais longos que a noite. 

Aproveite para meditar sob o sol e trazer a magia solar para o seu interior. Em Alban Hefin, a Deusa mostra toda a sua beleza como a Rainha do Verão e o Deus, aos poucos, começa a caminhar rumo ao Outro Mundo. 

Esta é uma época de homenagear o Sol e nas tradições pagãs costuma-se pular fogueiras para a purificação, para aumentar a fertilidade, a saúde e o amor. Aproveite esse ritual para fazer oferendas e comunicar-se com o "Povo das Fadas", pedindo-lhes conhecimento, inspiração e sabedoria. Enfeite seu altar com girassóis, frutas frescas e ervas secas como: lavanda, camomila, verbena ou qualquer erva específica do meio de verão. Procure sentir toda a energia elemental da natureza fluindo através do seu corpo.

 Este festival é proprício para renovar todas as vibrações tanto da casa, como das pessoas. Além de ser um momento ideal para a prática de jogos recreativos e piqueniques em família. Alban Hefin é a materialização de todas as nossas esperanças, onde projetos, sonhos e desejos lançados na época do plantio, começam a dar seus frutos, conforme o seu merecimento, tornando-se realidade. 

Celebre e agradeça aos Deuses por mais este ciclo de expansão. 

Que assim seja! 

Correspondências: - Arquétipos: festas juninas e midsummer, a noite das fadas e da magia. - Símbolos: velas amarelas, vermelhas e laranja, girassol e símbolos solares. - Incensos: alecrim, louro ou pinho. - Alimentos: sucos cítricos, frutas frescas e hidromel.

Solstício para a cultura Wincca 2

 É celebrado no dia 21 de dezembro no hemisfério sul e dia 21 de junho no hemisfério norte.  Este sabbat simboliza o poder do Sol.    Este dia é repleto de grande magia, por isso é a época em que colhemos nossas ervas para fazermos unguentos, poções, filtros e sortilégios.    Nesta data o Sol atinge seu auge e o Deus chega a plenitude de seus poderes. 

   Este sabbat representa o período em que a Deusa está grávida e enfastiada com o Deus que perdeu a juventude, transformando-se em um ancião exigente.    Logo Ele começará a declinar e dará o último afago em sua amada, partindo então para a Terra do Verão, e novamente renascerá.    É o sabbat onde todos os Wiccanos realizam rituais para se protegerem da inveja, perseguições, mau-olhado e infortúnios.    Tradicionalmente colhe-se o orvalho da noite do Solstício de Verão, pois acredita-se que ele tem o poder de rejuvenescer.    Neste dia o altar deve ser decorado com girassóis, simbolizando a face do Sol.   Os incensos usados na celebração do Solstício de Verão são os de limão, rosa, olíbano, mirra e pinho.    As velas que deverão ser acesas são de cor dourada, amarela ou laranja.    Os cristais que são distribuídos no local da celebração são as pedras solares como a pedra do sol e o olho de tigre.    Os alimentos tradicionais deste sabbat são os vegetais frescos e o pão de cereais.    As bebidas que devem ser servidas são os sucos de laranja e de limão.    As frutas sagradas deste sabbat são todas as frutas tropicais como banana, o abacaxi, laranja e as carambolas.

Solstício para a Maçonaria

Além de girar em torno de seu eixo, a Terra desloca-se no espaço, com um movimento de translação em torno do Sol, quando descreve uma elipse, de acordo com as leis de Kepler. Para o observador situado na Terra, todavia, é como se esta fosse fixa e o Sol se movesse em torno dela, seguindo um caminho, que, como já foi visto, é chamado de eclíptica. 

Em sua marcha em torno do Sol, a Terra, descrevendo uma elipse, ficará mais próxima, ou mais afastada do astro da luz. O ponto mais próximo --- 147 milhões de quilômetros --- é o periélio; o mais afastado --- 152 milhões de quilômetros --- é o afélio. Se a Terra, no movimento de translação, girasse sobre um eixo vertical em relação ao plano da órbita, as suas diferentes regiões receberiam iluminação sempre sob o mesmo ângulo e a temperatura seria sempre constante, em cada uma delas. Mas, como o eixo é inclinado, em relação à órbita, essa inclinação faz com que os raios solares incidam sobre a Terra segundo um ângulo diferente, a cada dia que passa. E, assim, vão se sucedendo as estações: verão, outono, inverno e primavera. 

Como os planos do equador terrestre e da eclíptica não coincidem, tendo uma inclinação, um em relação ao outro, de 23 graus e 27 minutos, eles se cortam ao longo de uma linha, que toca a eclíptica em dois pontos: são os equinócios. O Sol, em sua órbita aparente, cruza esses pontos, ao passar de um hemisfério celeste para outro; a passagem de Sul a Norte, marca o início da primavera no hemisfério Norte e do outono no hemisfério Sul; a passagem do Norte para o Sul, marca o início do outono no hemisfério Norte e da primavera no hemisfério Sul. Esses são os equinócios de primavera e de outono. 

Por outro lado, nos momentos em que o Sol atinge sua maior distância angular do equador terrestre, ou seja, quando é máximo o valor de sua declinação, ocorrem os solstícios. Os dois solstícios ocorrem a 21 de junho e a 21 de dezembro; a primeira data marca a passagem do Sol pelo primeiro ponto do trópico de Câncer, enquanto que a segunda é a passagem do Sol pelo primeiro ponto do trópico de Capricórnio. No primeiro caso, o Sol está em afélio e é solstício de verão no hemisfério Norte e de inverno no hemisfério Sul; no segundo, o Sol está em periélio e é solstício de inverno no hemisfério Norte e de verão no hemisfério Sul. Portanto, o solstício de verão no hemisfério Norte e de inverno no hemisfério Sul, ocorre quando o Sol está em sua posição mais boreal (Norte), enquanto que o solstício de verão no hemisfério Sul e de inverno no hemisfério Norte, ocorre quando o Sol está em sua posição mais austral (Sul). 

Por herança recebida dos membros das organizações de ofício, que, tradicionalmente, costumavam comemorar os solstícios, essa prática chegou à Maçonaria moderna, mas já temperada pela influência da Igreja sobre as corporações operativas. Como as datas dos solstícios são 21 de junho e 21 de dezembro, muito próximas das datas comemorativas de São João Batista --- 24 de junho --- e de São João Evangelista --- 27 de dezembro --- elas acabaram por se confundir com estas, entre os operativos, chegando à atualidade. Hoje, a posse dos Grão-Mestres das Obediências e dos Veneráveis Mestres das Lojas realiza-se a 24 de junho, ou em data bem próxima; e não se pode esquecer que a primeira Obediência maçônica do mundo, como já foi visto, foi fundada em 1717, no dia de São João Batista. 

Graças a isso, muitas corporações, embora houvesse um santo protetor para cada um desses grupos profissionais, acabaram adotando os dois São João como padroeiros, fazendo chegar esse hábito à moderna Maçonaria, onde existem, segundo a maioria dos ritos, as Lojas de São João, que abrem os seus trabalhos “à glória do Grande Arquiteto do Universo (Deus) e em honra a S. João, nosso padroeiro”, englobando, aí, os dois santos. 

No templo maçônico, essas datas solsticiais estão representadas num símbolo, que é o Círculo entre Paralelas Verticais e Tangenciais. Este significa que o Sol não transpõe os trópicos, o que sugere, ao maçom, que a consciência religiosa do Homem é inviolável; as paralelas representam os trópicos de Câncer e de Capricórnio e os dois S. João. 

Tradicionalmente, por meio da noção de porta estreita, como dificuldade de ingresso, o maçom evoca as portas solsticiais, estreitos meios de acesso ao conhecimento, simbolizados no círculo cósmico, no círculo da vida, no zodíaco, pelo eixo Capricórnio-Câncer, já que Capricórnio corresponde, ao solstício de inverno e Câncer ao de verão (no hemisfério Norte, com inversão para o Sul). A porta corresponde ao início, ou ao ponto ideal de partida, na elíptica do nosso planeta, nos calendários gregorianos e também em alguns pré-colombianos, dentro do itinerário sideral. 

O homem primitivo distinguia a diferença entre duas épocas, uma de frio e uma de calor, conceito que, inicialmente, lhe serviu de base para organizar o trabalho agrícola. Graças a isso é que surgiram os cultos solares, com o Sol sendo proclamado --- como fonte de calor e de luz --- o rei dos céus e o soberano do mundo, com influência marcante sobre todas as religiões e crenças posteriores da humanidade. E, desde a época das antigas civilizações, o homem imaginou os solstícios como aberturas opostas do céu, como portas, por onde o Sol entrava e saía, ao terminar o seu curso, em cada círculo tropical. 

A personificação de tal conceito, no panteão romano, foi o deus Janus, representado como divindade bifásica, graças à sua marcha pendular entre os trópicos; o seu próprio nome mostra essa implicação, já que deriva de janua, palavra latina que significa porta. Por isso, ele era, também, conhecido como Janitur, ou seja, porteiro, sendo representado com um molho de chaves na mão, como guardião das portas do céu. Posteriormente, essa alegoria passaria, através da tradição popular cristã, para São Pedro, mas sem qualquer relação com o solstício. 
Janus era um deus bicéfalo, com duas faces simetricamente opostas, cujo significado simbolizava a tradição de olhar, uma das faces, constantemente, para o passado, e a outra, para o futuro. Os Césares da Roma imperial, em suas celebrações e para dar ingresso ao Sol nos dois hemisférios celestes, antepunham o deus Janus, para presidir todos os começos de iniciação, por atribuir-lhe a guarda das chaves. 

Tradicionalmente, tanto para o mundo oriental, quanto para o ocidental, o solstício de Câncer, ou da Esperança, alusivo a São João Batista (verão no hemisfério Norte e inverno no hemisfério Sul), é a porta cruzada pelas almas mortais e, por isso, chamada de Porta dos Homens, enquanto que o solstício de Capricórnio, ou do Reconhecimento, alusivo a São João Evangelista (inverno no hemisfério Norte e verão no hemisfério Sul), é a porta cruzada pelas almas imortais e, por isso, denominada Porta dos Deuses. Para os antigos egípcios, o solstício de Câncer (Porta dos Homens) era consagrado ao deus Anúbis; os antigos gregos o consagravam ao deus Hermes. Anúbis e Hermes eram, na mitologia desses povos, os encarregados de conduzir as almas ao mundo extraterreno . 

A importância dessa representação das portas solsticiais pode ser encontrada com o auxílio do simbolismo cristão, pois, para o maçom, as festas dos solstícios são, em última análise, as festas de São João Batista e de São João Evangelista. São dois São João e há, aí, uma evidente relação com o deus romano Janus e suas duas faces: o futuro e o passado, o futuro que deve ser construído à luz do passado. Sob uma visão simbólica, os dois encontram-se num momento de transição, com o fim de um grande ano cósmico e o começo de um novo, que marca o nascimento de Jesus: um anuncia a sua vinda e o outro propaga a sua palavra. Foi a semelhança entre as palavras Janus e Joannes (João, que, em hebraico é Ieho-hannam = graça de Deus) que facilitou a troca do Janus pagão pelo João cristão, com a finalidade de extirpar uma tradição “pagã”, que se chocava com o cristianismo. E foi desta maneira que os dois São João foram associados aos solstícios e presidem às festas solsticiais. 

Continua, aí, a dualidade, princípio da vida: diante de Câncer, Capricórnio; diante dos dias mais longos, do verão, os dias mais curtos, do inverno; diante de São João “do inverno”, com as trevas, Capricórnio e a Porta de Deus, o São João “do verão”, com a luz, Câncer e a Porta dos Homens (vale recordar que, para os maçons, simbolicamente, as condições geográficas são, sempre, as do hemisférios Norte).

Dentro dessa mesma visão simbólica, podemos considerar a configuração da constelação de Câncer. Suas duas estrelas principais tomam o nome de Aselos (do latim Asellus, i = diminutivo de Asinus, ou seja: jumento, burrico). Na tradição hebraica, as duas estrelas são chamadas de Haiot Nakodish, ou seja, animais de santidade, designados pelas duas primeiras letras do alfabeto hebraico, Aleph e Beth, correspondentes ao asno e ao boi. Diante delas, há um pequeno conglomerado de estrelas, denominado, em latim, Praesepe, que significa presépio, estrebaria, curral, manjedoura, e que, em francês, é crèche, também com o significado de presépio, manjedoura, berço. Essa palavra créche já foi, inclusive, incorporada a idiomas latinos, com o significado de local onde crianças novas são acolhidas, temporariamente. 

Esse simbolismo dá sentido à observação material: Jesus nasceu a 25 de dezembro, sob o signo de Capricórnio, durante o solstício de inverno, sendo colocado em uma manjedoura, entre um asno e um boi. Essa data de nascimento, todavia, é puramente simbólica. Para os primeiros cristãos, Jesus nascera em julho, sob o signo de Câncer, quando os dias são mais longos no hemisfério Norte. O sentido cristão, no plano simbólico, abordaria, então, apenas a Porta dos Homens e, assim, só haveria a compreensão de Jesus, como ser, como homem. Mas Jesus é o ungido, o messias, o Cristo --- segundo a teologia cristã --- e o outro polo, obrigatoriamente complementar, é a Porta de Deus, sob o signo de Capricórnio, tornando a dualidade compreensível. 

Dois elementos, entretanto, um material e um religioso, viriam a influir na determinação da data de 25 de dezembro. O material refere-se aos hábitos dos antigos cristãos e o religioso, ao mitraismo da antiga Pérsia, adotado por Roma: 

Os primeiros cristãos do Império Romano, para escapar às perseguições, criaram o hábito de festejar o nascimento de Jesus durante as festas dedicadas ao deus Baco, quando os romanos, ocupados com os folguedos e orgias, os deixavam em paz. 

Mas a origem mitraica é a que é mais plausível para explicar essa data totalmente fictícia: os adeptos do mitraismo costumavam se reunir na noite de 24 para 25 de dezembro, a mais longa e mais fria do ano, numa festividade chamada --- no mitraismo romano --- de Natalis Invicti Solis (nascimento do Sol triunfante). Durante toda a fria noite, ficavam fazendo oferendas e preces propiciatórias, pela volta da luz e do calor do Sol, assimilado ao deus Mitra. O cristianismo, ao fixar essa data para o nascimento de Jesus, identificou-o com a luz do mundo, a luz que surge depois das prolongadas trevas.

Napoleão perde a batalha de Waterloo (1815)

Em 18 de junho de 1815, Napoleão Bonaparte perdeu a batalha de Waterloo contra a Inglaterra e a Prússia. As potências europeias encerraram o império de Napoleão 1º e o deportaram para Santa Helena.


Napoleão 1º dominou a política europeia de 1799 a 1815



Napoleão 1º deixou o seu exílio na ilha de Elba, em 26 de fevereiro de 1815, para retornar à pátria, no sul da França. Em 20 de março, ele foi recebido com triunfo em Paris. Pouco tempo depois, a Inglaterra, Prússia, Áustria e Rússia decidiram recomeçar a guerra contra Napoleão. O imperador francês aproveitou o entusiasmo na França para organizar um novo exército e, em seguida, marchou com 125 mil homens e 25 mil cavalos para a Bélgica, a fim de impedir a coalizão dos exércitos inglês e prussiano.
Em 26 de junho de 1815, as tropas francesas alcançaram Charleroi. Atrás da cidade, numa encruzilhada, o exército de Napoleão dividiu-se em duas colunas: uma marchou em direção a Bruxelas contra as tropas de Wellington, e outra, sob o comando do próprio Napoleão, em direção a Fleuru, contra o exército prussiano de Blücher.
No cerco das linhas inimigas, Blücher aquartelou-se no moinho de vento de Brye, sem saber que, igualmente a partir de um moinho, Napoleão podia observar, com telescópio, o movimento das tropas inimigas. Às 15 horas do mesmo dia, os franceses começaram a atacar.

Prússia perde batalha de Ligny
O exército da Prússia dispunha de mais de 84 mil homens e 216 canhões, enquanto os franceses tinham 67.800 homens e 164 canhões. Mas os prussianos cometeram um erro grave. Eles confiaram na chegada do exército de Wellington, na parte da tarde, a fim de apoiá-los no combate contra os franceses. Por isso, se entrincheiraram no lugarejo de Ligny para aguardar a chegada dos ingleses.
Os franceses atacaram o lugar com canhões. A esperança que os prussianos depositaram em Wellington foi em vão. Os franceses ganharam a batalha. Na mesma noite, Blücher ordenou a retirada para o norte. Os prussianos foram vencidos, deixando 20 mil mortos para trás, mas ainda não haviam sido derrotados definitivamente.
Chuvas retardam batalha de Waterloo
Wellington e sua tropa alcançaram o planalto de Mont Saint Jean, situado na estrada de Bruxelas para Charleroi, em 17 de junho de 1815. Até então, ele ainda não tinha se confrontado com as tropas francesas, porque Napoleão não havia feito novos ataques, depois da vitória de Ligny. Wellington se aquartelou na cavalariça de Waterloo. As fortes chuvas que haviam começado cair à tarde transformaram rapidamente o solo num charco, dificultando o movimento e o posicionamento dos canhões.


Blücher, general da Prússia
Ao cair da tarde, os soldados franceses também alcançaram a fazenda Belle Alliance, na estrada de Bruxelas para Charleroi. Napoleão se aquartelou na fazenda La Caillou e passou a observar como os ingleses se entrincheiravam no planalto. No café da manhã seguinte (18 de junho de 1815), o imperador francês expôs o seu plano de batalha. Ele queria primeiro conquistar a posição ocupada pelos ingleses. Os canhões deveriam atacar o inimigo com fogo cerrado. Napoleão estava seguro da vitória e que derrotaria as tropas de Wellington antes da chegada dos prussianos.
Primeiras armas de destruição em massa
O ataque estava previsto para as nove da manhã, mas sofreu um atraso de duas horas e meia por causa do aguaceiro. Primeiro, os franceses tentaram conquistar o morgadio Hougoumont, mas os ingleses estavam bem posicionados e usaram uma arma nova poderosa contra as fileiras compactas das tropas atacantes.
A arma eram granadas, espécie de balas de chumbo dentro de um invólucro de aço, que podiam ser disparadas a longas distâncias. Os franceses tentaram várias vezes, em vão, tomar Hougoumont, até desistirem às 17 horas. Diante dos muros de Hougoumont ficaram mais de 3 mil mortos.
Enquanto isso, Napoleão dava a ordem de avançar sobre La Haie Sainte, para poder atacar os ingleses entrincheirados no planalto. Neste momento, ele já sabia que os prussianos se aproximavam. E a partir daí, a saída para Waterloo era uma questão de tempo. A nova arma de destruição em massa causou baixas terríveis no ataque a La Haie Sainte, mas os franceses conseguiram conquistar a fazenda. O front de Wellington cambaleou. Seus generais exigiram que ele enviasse suas reservas, mas ele não as tinha mais.
Chegada das tropas prussianas
O comando avançado prussiano chegou, finalmente, ao campo de batalha depois das 19 horas. Para Napoleão, era evidente que tinha de tomar uma decisão e ordenou a sua combativa Guarda Imperial a atacar. A nova arma de destruição em massa atingiu os franceses em cheio. Para piorar a situação das tropas napoleônicas, as prussianas chegaram pouco depois das 20 horas.
O exército francês ainda tentou fugir, mas a batalha de Waterloo estava decidida. Às 21h30, o prussiano Blücher abraçou o inglês Wellington diante da fazenda Belle Alliance, selando a vitória.

Fonte :Toda materia / Info escola

Revolução dos Cravos