Unimultiplicidade significa uma variedade de coisas diferentes, mas unidas por uma finalidade. " Onde quer que se encontrem duas ou três pessoas reunidas em meu nome, eu com elas estarei." (MATEUS,cap. XVIII, v. 20.
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Páscoa, celebração da festa do pão sem fermento
Caríssimos irmãos e irmãs. A Páscoa, a maior festa cristã, celebrada anualmente no calendário litúrgico da Igreja, está às nossas portas. Mas você sabe realmente o que significa páscoa? Etimologicamente páscoa, do hebraico pessach significa passagem. O termo na verdade revela um grande acontecimento que está registrado nas páginas da bíblia, precisamente no livro do Êxodo. Significa saída da escravidão do Egito para a “terra da liberdade onde corre leite e mel”. “E aconteceu que à meia-noite o Senhor feriu todos os primogênitos na terra do Egito... E houve grandes lamentos em todo o país, pois não havia casa onde não houvesse um morto” . O que aconteceu no dia 14 do mês de nisan, ou seja, no mês das espigas, marcaria sem dúvida um novo tempo para o povo de Deus, os hebreus. Ao anoitecer, segundo as prescrições de Moisés, cada família devia imolar um cordeiro, sem defeito, macho, de um ano e com o sangue aspergir os umbrais e frontões das casas; ninguém devia sair de casa até o amanhecer, pois o Senhor iria passar pelo Egito. Enquanto esperavam deviam comer a carne do cordeiro assada ao fogo, com pães ázimos e ervas amargas, cingidos os rins, calçados os pés e o cajado à mão, pois é a páscoa do Senhor. Assim, como recordação desta liberação, e da poderosa intervenção de Deus sobre o faraó e os egípcios, foi instituído, para todas as gerações, o sacrifício de pessach, a páscoa. Com o passar dos tempos, a festa foi enriquecida de outros e novos aspectos. Passa do plano meramente familiar para o plano oficial, não se celebrando mais nas casas das famílias mas no templo. No dia seguinte, no dia 15 de nisan, começava a Festa dos Ázimos, isto é, dos pães sem fermento, que terminava sete dias depois, no dia 21. Mais tarde, a páscoa e os ázimos se identificaram, formando uma única e grandiosa festa. E assim encontramos nas escrituras: “Esse dia será para vós memorável e celebrareis solenemente, de geração em geração; será uma festa perpétua” Se a páscoa originariamente é uma festa judaica recebe a partir de Jesus um novo significado. Sabemos que Jesus, aos doze anos, vai com seus pais para Jerusalém para participar da festa da Páscoa. “Costumavam os seus pais subir todos os anos a Jerusalém para a festa da Páscoa”. No início da sua vida pública aparece mais de uma vez no templo, por ocasião da Páscoa. Na última vez que esteve em Jerusalém, Jesus quis celebrar uma nova Páscoa. Assim, como o costume judaico, iniciaram a ceia com o canto de “hallel”, os salmos 113 e 114 e terminaram com os salmos 115 a 118. Porém, durante a ceia como o pai de família, após a bênção do vinho, Jesus provou-o e distribuiu entre os seus comensais. Era também costume repartir o pão ázimo ensopado em salada, chamada “charoset”. Após esse cerimonial, era servida uma segunda taça de vinho. Foi neste momento que Jesus instituiu o sacramento da eucaristia dizendo: “Isto é meu corpo que é dado por vós” e depois continuou: “Este cálice é a nova aliança no meu sangue, que por vós é derramado”. Assim, Cristo inaugura uma nova economia de salvação, ou seja, torna-se ele próprio a nossa páscoa. É o cordeiro imolado que tira o pecado do mundo para a nossa feliz salvação. Por isso, o apóstolo Paulo escreveu: “purificai-vos do velho fermento, para serdes uma massa nova, do mesmo modo que sois ázimos. Pois Cristo, nosso cordeiro pascal, já foi imolado. Celebremos, pois, a festa não com fermento velho, nem com o fermento da malícia e da perversidade, mas com ázimos de pureza e de verdade” Portanto, caríssimos irmãos e irmãs, celebremos a páscoa de Jesus e com Jesus afastando-nos do mal e aproximando-nos do bem, ainda que nossos pecados sejam como a púrpura, tornar-se-ão brancos como a neve. Feliz e santa Páscoa! O Senhor ressuscitou realmente!
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