Tudo que se caracteriza como natural ou sobrenatural sem explicação lógica pelos estudos da ciência humana e são depositados na autoria divina sem prévia averiguação é determinado pelos cientistas como uma explicação irracional alimentada pela falácia popular. Para a ciência, colocar tudo sob a decisão e culpa de Deus é não seguir um caminho lógico de pesquisa e entendimento.
Numa época em que a humanidade não conhecia a origem e existência dos germes, acreditava-se que Deus era culpado pelas doenças geradas pelos germes e pela a origem desse “mal”, porém, quando a ciência descobriu a existência de bactérias e protozoários, o conhecimento humano ocupou a “lacuna da ignorância” que havia e que mantinha o desconhecimento a respeito dos germes.
O termo “Deus das lacunas” foi criado pelo evangelista escocês, Henry Drummond, no século XIX. Segundo Drummond, os cristãos não poderiam provar a existência de Deus por meio da inexistência de explicação para determinados fatos, existências e funcionalidades ainda desconhecidas.
No século XX, Dietrich Bonhoffer escreveu diversas cartas enquanto estava preso por nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, em seus escritos acreditava que a humanidade não tinha o direito de utilizar Deus (muito menos culpá-lo) pela nosso nível de desconhecimento e sofrimento. Em seu mais conhecido pensamento: “vamos encontrar Deus no que nós conhecemos, não no que nós desconhecemos”.
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