segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Vasectomia e Laqueadura

vasectomia é uma intervenção cirúrgica relativamente segura que permite ao homem eliminar sua fertilidade, o que implica em não poder mais ter filhos; ela é, assim, um dos recursos contraceptivos de que os casais dispõem ao optar por não mais reproduzirem. O processo é simples; o cirurgião extrai uma fração de cada um dos dois canais, conhecidos como dutos ou canais deferentes, órgãos incumbidos do transporte dos espermatozóides da região testicular ao pênis.
Este procedimento é tão singelo que não exige nem mesmo que o paciente fique internado; ela pode ser realizada no próprio consultório do cirurgião; a anestesia é local, aplicada exatamente sobre o escroto, bolsa cutânea na qual estão localizados ostestículos. Este processo esterilizador só é aplicado quando o casal decide optar por este caminho de livre e espontânea vontade, principalmente o homem.
Alguns meses após a cirurgia o sêmen, substância expelida pelo homem no momento da relação sexual, não mais conduzirá em seu interior os espermatozóides, responsáveis pela fecundação dos óvulos femininos. Isso não significa, como muitos podem acreditar, que o indivíduo perde ou tem seu desempenho sexual reduzido. Ele obtém sua ereção da mesma forma, apenas com a ausência dos espermatozóides.
O nível de segurança desta operação é quase total; pesquisas apontam que os índices de insucesso na cirurgia limitam-se a menos que 1%. Contudo, como qualquer cirurgia, a completa eficácia e a carência de obstáculos pós-procedimento dependem da vivência profissional do cirurgião e da tecnologia usada no instante da intervenção.
Boa parte dos pacientes apresenta, ao longo de três ou cinco dias depois da vasectomia, mínimas dificuldades na pele escrotal. Estudos indicam que ela não agrava a aterosclerose, inflamação crônica que provoca a constituição de placas nas paredes dos vasos sanguíneos. Quanto à ocorrência de câncer de próstata ou de testículo nos que recorreram a este método contraceptivo, os médicos garantem que eles não ficam mais suscetíveis a adquirir estas enfermidades.
Os membros do sexo masculino devem refletir bem antes de decidir realizar esta cirurgia, pois ela é quase sempre impossível de ser revertida. Há também outros meios de se praticar o controle de natalidade, por esta razão é melhor consultar o médico sobre possíveis caminhos a serem adotados.
É importante que o paciente siga as orientações médicas prescritas antes do procedimento cirúrgico, o que certamente prevenirá futuros problemas. A intervenção dura apenas de 15 a 20 minutos. Com o paciente anestesiado, o cirurgião efetua uma mínima incisão na pele da bolsa escrotal, e então os dutos deferentes, agora visíveis, são submetidos à retirada dos necessários fragmentos.
Logo depois as partes restantes dos canais são atadas para que não ocorra a provável formação de um novo canal. Este mecanismo é repetido em cada duto; no final os canais são restituídos à bolsa e a pele é costurada. É normal que o paciente sinta alguma dor na região atingida e também o aparecimento de um pouco de sangue ou de outra substância no local do corte. É comum, igualmente, um certo inchaço e a cútis ligeiramente azul ou escura.


laqueadura é um método contraceptivo utilizado para que as mulheres não mais engravidem. Este procedimento é definido por uma incisão e/ ou ligadura cirúrgica das trompas de falópio, através das quais passam os óvulos, saindo dos ovários na direção do útero. Desta forma, com a ruptura do caminho por eles percorrido, não há mais a possibilidade deles se unirem aos espermatozóides, o que torna a fecundação impossível.
Este cerco aos óvulos é concretizado por meio de anéis confeccionados com plástico, clipes titânicos, queimadura das trompas, entre outros recursos. Esta intervenção, considerada muito confiável, embora sempre possam surgir obstáculos, como a ação mal-sucedida do cirurgião, que pode elaborar um nó mais intenso nas tubas uterinas, lesar as artérias, ou danificar a circulação e as tarefas do ovário, provocando a menopausa prematura, demanda que o paciente fique internado e receba a aplicação da anestesia geral ou da espinhal.
Assim como a vasectomia, a possibilidade da mulher conceber é reduzida a menos de 1%. É fundamental, porém, que a parceira continue a recorrer aos recursos contraceptivos para evitar doenças como a Aids. Quanto ao futuro desejo de reverter a cirurgia, 70% das pacientes obtêm sucesso e conseguem ficar grávidas de novo.
Mas esta nova intervenção só será possível conforme o tipo de laqueadura realizado e se não houve complicações posteriores. As técnicas mais passíveis de reversibilidade são as que se valem dos anéis de plástico e dos clipes de titânio. Por esta razão as mulheres devem ter muita certeza do que desejam ao optar pela laqueadura, pois nem sempre elas poderão reverter o quadro.
Além disso, as pacientes podem ser afetadas psiquicamente e o remorso não é incomum. Pesquisas indicam que 60% das mulheres acalentam o desejo de engravidar novamente quando conhecem um novo par, um filho morre ou a vida econômica prospera. Em algumas situações fora do comum a laqueadura sofre uma regressão natural, sem nenhuma intervenção, quando o corpo recria nas trompas o antigo canal, por onde novamente os óvulos podem transitar e encontrar os espermatozóides.
Somente as mulheres com idade superior aos 25 anos, após a realização de duas ou mais cesarianas, podem ser submetidas à laqueadura. Em nosso país esta intervenção cirúrgica é prevista legalmente pela Lei 9.263, de 1996, a qual rege o Planejamento Familiar e determina estes requisitos.
As pacientes permanecem por dois dias internadas, para que possam ser observadas pelos médicos. Já em casa elas devem descansar ao longo de dez dias. Embora elas não possam mais engravidar, a menstruação flui normalmente, a menos que algum problema surja posteriormente.

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