Por Felícia Ramos
Ultimamente tenho me indagado sobre como as crianças são apresentadas à religião. Não vou entrar aqui no mérito de qual religião (ou não) os pais seguem, mas a questão é: como é essa entrada no universo do sagrado? Ela é necessária? Como ela se dá? De maneira lúdica ou dogmática? As crianças tem uma dimensão real desse assunto? Ou isso não importa?
Ultimamente tenho me indagado sobre como as crianças são apresentadas à religião. Não vou entrar aqui no mérito de qual religião (ou não) os pais seguem, mas a questão é: como é essa entrada no universo do sagrado? Ela é necessária? Como ela se dá? De maneira lúdica ou dogmática? As crianças tem uma dimensão real desse assunto? Ou isso não importa?
Não tenho nenhuma resposta para essas questões. Tenho algumas ideias à partir de algumas conversas que tive e situações que observei.
A primeira é que a religião pode realmente ser um refúgio para alguém numa situação de solidão e abandono, e isso pode acontecer até com as crianças.
A segunda, é que muita desgraças desses mundo são perpetradas em nome dela. Uma coisa que eu vejo em casa é que a ideia de algo maior cai bem, quero dizer, ajuda, talvez não a explicar mas a deixar um pouco menos distantes coisas que o Benjamim não entende direito.
Mas até aí, são tantas as coisas que ele não entende ainda (e tantas outras que eu acho que ele não entende, mas é óbvio que ele saca), que a religião não vai ser a resposta para isso. Nem a não-religião. Eu cresci numa casa laica, de um pai judeu e uma mãe protestante não praticantes e bem ateus, escolhi me converter ao judaismo aos 13 anos e com o tempo, na bem da verdade, acabei não acreditando muito em nada. Nem mesmo numa noção mínima necessária de sagrado.
A primeira é que a religião pode realmente ser um refúgio para alguém numa situação de solidão e abandono, e isso pode acontecer até com as crianças.
A segunda, é que muita desgraças desses mundo são perpetradas em nome dela. Uma coisa que eu vejo em casa é que a ideia de algo maior cai bem, quero dizer, ajuda, talvez não a explicar mas a deixar um pouco menos distantes coisas que o Benjamim não entende direito.
Mas até aí, são tantas as coisas que ele não entende ainda (e tantas outras que eu acho que ele não entende, mas é óbvio que ele saca), que a religião não vai ser a resposta para isso. Nem a não-religião. Eu cresci numa casa laica, de um pai judeu e uma mãe protestante não praticantes e bem ateus, escolhi me converter ao judaismo aos 13 anos e com o tempo, na bem da verdade, acabei não acreditando muito em nada. Nem mesmo numa noção mínima necessária de sagrado.
E às vezes eu me pergunto se eu perdi alguma coisa.
É bem possível que sim.
Para azeitar o samba do criolo doido daqui de casa, o pai do Benjamim é de uma família católica não praticante, então, realmente, religião, apesar de várias aqui no nosso terreiro, não é o forte.
E como é que é na casa de vocês? É uma questão? Não? Vai no automático? É pensado?
É bem possível que sim.
Para azeitar o samba do criolo doido daqui de casa, o pai do Benjamim é de uma família católica não praticante, então, realmente, religião, apesar de várias aqui no nosso terreiro, não é o forte.
E como é que é na casa de vocês? É uma questão? Não? Vai no automático? É pensado?
Acho que o assunto merece mais posts e questionamentos, espero que gere uma boa discussão aqui nos comentários.
Sem ódios e intolerâncias religiosas, por favor!
Sem ódios e intolerâncias religiosas, por favor!
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