Cor de burro quando foge? Bicho carpinteiro? Não é bem assim que se diz…
Texto: Débora Zanelato • Ilustração: Jean Galvão
Nem sempre os ditados populares revelam seus significados originais! Com o passar do tempo, eles se transformam naturalmente, como em uma brincadeira de telefone sem fio: começam com um sentido, e terminam com outro sentido completamente diferente!
Veja abaixo alguns ditados que você fala de um jeito, mas deveriam ser ditos com outras palavras para fazer mais sentido:
- Você escuta “cor de burro quando foge."
- Mas o certo é “Corro de burro quando foge!”
- Você escuta “Esse menino não para quieto, parece que tem bicho carpinteiro.”
- Mas o certo é “Esse menino não para quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro!” Ou seja, os bichos não deixam que o garoto fique quieto.
- Você escuta “Quem não tem cãocaça com gato”
- Mas o certo é “Quem não tem cãocaça como gato”, que quer dizer caçar sozinho!
- Você escuta “cuspido e escarrado.”
- Mas o certo é “Esculpido e encarnado.” A pessoa é tão igual a outra que parece ter sido esculpida e encarnada!
- Você escuta “Quem tem boca vai a roma”
- Mas o certo é “Quem tem boca vaia Roma”. A origem é política; a ideia era de vaiar o governo.
VOCÊ ESTÁ CANTANDO ERRADO...
- “Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão.”
- Mas o certo é “Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão.”
- “Hoje é domingo, pé de cachimbo.”
- Mas o certo é “Hoje é domingo, pede cachimbo.”
- “Dona xícara, admirou-se, se, do berro, do berro que o gato deu.”
- Mas o certo é “Dona Chica'ca, admirou-se, se, do berro, do berro que o gato deu.”
Fontes: Significado dos Ditos Populares (Roberto Silvestrini, Ed. Baraúna) e Mario Sergio Cortella (professor da PUC-SP).
http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/lendo-a-lenda/quem-tem-boca-vaia-roma-buuuu/
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