segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Conheça a história de Tereza de Benguela, uma heroína negra!

A mulher que tornou-se símbolo de liderança, força e luta pela liberdade.

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Uma mulher que tornou-se símbolo de liderança, força e luta pela liberdade. Apesar de sua história ter sido pouco divulgada durante um longo período, hoje seu legado é cada vez mais reconhecido. Tereza de Benguela é um ícone da resistência negra no Brasil Colonial. Sua trajetória remonta ao século XVIII, quando Vila Bela da Santíssima Trindade era a primeira capital de Mato Grosso.

Rainha Tereza”, como ficou conhecida em seu tempo, viveu nesta região do Vale do Guaporé. Após a morte do marido, passou a liderar a comunidade, resistindo bravamente à escravidão por mais de 20 anos. Tereza comandou a estrutura política, econômica e administrativa da comunidade, enfrentando diversas batidas da Coroa Portuguesa. Teresa de Benguela sobreviveu até meados da década de 1770, quando o quilombo foi destruído pelas forças do então governador da capitania.

A história de Tereza de Benguela demorou a ganhar projeção. No entanto, passados quase 250 anos, o reconhecimento começa a aparecer. Uma lei aprovada em 2014 institui 25 de julho como o Dia Nacional de Teresa de Benguela e da Mulher Negra. Motivo de orgulho para os habitantes de toda a região e porque não, de todo o País.


Artigo transcrito da pagina http://gshow.globo.com/TV-Centro-America/E-Bem-MT/noticia/2015/03/conheca-historia-de-tereza-de-benguela-um-heroina-negra.html

Um Brasil de Terezas de Benguela

25 de julho é Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra
Redação
Brasil de Fato | Belo Horizonte (MG),25 de Julho de 2019 às 13:00

Um território onde não tinha escravidão, onde não havia um patrão branco chicoteando negros e negras forçados a trabalhar. Ainda no século XVIII, mas com legislação complexa e participativa. O quilombo de Quariterê, no estado do Mato Grosso, existiu entre 1730 e 1795. Mais de 60 anos de resistência ativa, de demonstração de que era possível outra forma de organização social e do trabalho. Mas provavelmente você nunca ouviu falar dele. E talvez você não saiba, também, que ele foi comandado por uma mulher, Tereza de Benguela.

Líder do Quilombo do Quariterê, Tereza desafiou a Coroa e o sistema escravocrata português / Foto: Reprodução

Não há muitas informações certeiras sobre ela. Há quem diga que ela passou a liderar o quilombo após a morte do companheiro, José Piolho. Há outros registros que a colocam como a rainha do quilombo desde antes, que era ela quem presidia as reuniões daquilo que funcionava como um Senado. Outra incerteza é em relação ao seu nascimento, se na África ou já no Brasil. Também não se sabe ao certo se havia indígenas entre os habitantes do território livre, mas muitos indicativos levam a crer que sim.

Sabe-se que Tereza liderava e inclusive organizou um exército em resistência à invasão bandeirante, violenta e assassina, que levou à sua morte. As dúvidas e o desconhecimento da história de Tereza falam muito sobre o Brasil. Por um lado, há uma intensa vivência de enfrentamento, de coragem, de ação decidida e dirigente de pessoas oprimidas. Entre essas pessoas, negros, mulheres, negras. Por outro lado, um apagamento sistemático e interessado dessa tradição e a construção de um ilusório “povo pacífico”, uma mentirosa “democracia racial”, mito atrás de mito que escondem nossa formação violenta e resistente.

25 de julho: memória histórica

Em 1992, na República Dominicana, foi realizado o 1º Encontro de Mulheres Afro-latinoamericanas e caribenhas, e instituído o 25 de julho como dia de luta. Em 2014, coube à primeira presidente mulher da história do Brasil, Dilma Rousseff, sancionar uma lei que colocava o 25 de julho como Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.

Essa homenagem mais que justa e tardia a uma heroína brasileira precisa ser lembrada e celebrada. Mais que isso, precisamos honrar a história de luta e seguir fazendo como Tereza. É preciso resistir ao opressor, seja ele um bandeirante armado, seja um presidente que faz apologia à violência e à morte. É preciso lembrar e contar nossa história, porque a memória e a verdade são revolucionárias. 

Tereza mostrou o caminho: é possível construir um território livre. Façamos como ela, todos os dias.



Edição: Joana Tavares

Artigo trascrito do Brasil de Fato 
https://www.brasildefato.com.br/2019/07/25/editorial-or-um-brasil-de-terezas-de-benguela/

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Nina Rodrigues

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Médico e antropólogo brasileiro nascido em Vargem Grande, MA, fundador da antropologia criminal brasileira e pioneiro nos estudos sobre a cultura negra no país. Iniciou medicina na Bahia, mas concluiu no Rio de Janeiro, RJ (1888). Voltou à Bahia para assumir a cátedra na Faculdade de Medicina da Bahia (1891), onde promoveu a nacionalização da medicina legal brasileira, até então inclinada a seguir padrões europeus.

Desenvolveu profundas pesquisas sobre origens étnicas da população e a influência das condições sociais e psicológicas sobre a conduta do indivíduo. Com o resultados de seus estudos propôs uma reformulação no conceito de responsabilidade penal, sugeriu a reforma dos exames médico-legais e foi pioneiro da assistência médico-legal a doentes mentais, além de defender a aplicação da perícia psiquiátrica não apenas nos manicômios, mas também nos tribunais.
Também analisou em profundidade os problemas do negro no Brasil, fazendo escola no assunto e faleceu em Paris, França. Entre seus livros destacaram-se As raças humanas e a responsabilidade penal no Brasil (1894), O animismo fetichista dos negros da Bahia (1900) e Os africanos no Brasil (1932).

O Instituto Médico-Legal Nina Rodrigues (IMLNR), o mais antigo dos quatro órgãos que compõem a estrutura do Departamento de Polícia Técnica da Bahia, foi criado (1906) pelo Prof. Oscar Freire e intitulado Nina Rodrigues pela Congregação da Faculdade de Medicina da Bahia, em homenagem ao famoso professor catedrático de Medicina-Legal, falecido naquele mesmo ano, aos 44 anos de idade.


Fonte: Biografias - Unidade Acadêmica de Engenharia Civil / UFCG

terça-feira, 20 de agosto de 2019

João Cândido

João Cândido Felisberto nasceu no Rio Grande do Sul, no dia 24 de Junho de 1880. Seus pais eram escravos, ele desde pequeno ele costumava acompanhar seu pai quando este viajava conduzindo o gado.

João Cândido começou sua participação política cedo, aos 13 anos apenas, quando lutou a serviço do governo na Revolução Federalista do Rio Grande do Sul, no ano de 1893. Com 14 anos se alistou no Arsenal de Guerra do Exército e com 15 entrou para a Escola de Aprendizes Marinheiros de Porto Alegre. Cinco anos depois foi promovido a marinheiro de primeira classe e com 21 anos, em 1903, foi promovido a cabo-de-esquadra, tendo sido depois novamente rebaixado a marinheiro de primeira classe por ter introduzido no navio um jogo de baralho. Serviu na Marinha do Brasil por 15 anos, tempo durante o qual viajou por este e outros países.

Participou e comandou a Revolta dos Marinheiros do Rio de Janeiro (Revolta da Chibata) no ano de 1910, movimento que trouxe benefícios aos marinheiros, com o fim dos castigos corporais na Marinha, mas que trouxe prejuízos a João Cândido, que foi expulso e renegado, vindo a trabalhar como timoneiro e carregador em algumas embarcações particulares, sendo depois demitido definitivamente de todos os serviços da Marinha por intervenção de alguns oficiais.

No ano de 1917, ano em que sua primeira esposa faleceu, começou a trabalhar como pescador para sustentar a família, vivendo na miséria até os seus últimos dias de vida. Casou-se novamente, mas sua segunda esposa cometeu suicídio no ano de 1928. Dez anos depois a tragédia voltaria a acontecer, mas desta vez com uma de suas filhas. Ao todo foram três casamentos, tendo o último durado até o fim de sua vida, dia 06 de Dezembro de 1969.

Atuou na política durante toda a sua vida. Durante o governo de Vargas teve contato com o líder da Ação Integralista Brasileira (AIB) e com o Partido Comunista, chegou a ser preso por suspeita de relacionamento com os integrantes da Aliança Liberal e até o fim da sua vida continuou sendo “vigiado” pelas autoridades, sendo acusado de subversivo.

O “Almirante Negro”, como João Cândido ficou conhecido, morreu aos 89 anos e teve ao todo 11 filhos ao longo dos três casamentos. Faleceu na cidade de São João do Meriti, no Rio de Janeiro.

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Marechal Rondon





Marechal Rondon (1865-1958) foi militar e sertanista brasileiro. Foi o idealizador do Parque Nacional do Xingu e Diretor do Serviço de Proteção ao Índio. Integrou a Comissão Construtora de Linhas Telegráficas, atravessou o sertão desconhecido, na maior parte, habitado por índios bororos, terenas e guaicurus. Abriu estradas, expandiu o telégrafo e ajudou a demarcar as terras indígenas.


Infância e Formação

Cândido Mariano da Silva (Marechal Rondon) nasceu em Mimoso, hoje Santo Antônio de Leverger, Mato Grosso, no dia 5 de maio de 1865. Filho de Cândido Mariano e de Claudina Lucas Evangelista, neta de índios Bororos. Seu pai morreu sem conhecer o filho, e anos depois perderia também a mãe. Em 1873, foi para Cuiabá, levado por um tio, que era Capitão da Guarda Nacional. Estudou na Escola Mestre Cruz e no ano seguinte na Escola Pública Professor João B. de Albuquerque. Em 1879 entrou para o Liceu Cuiabano e em 1881 formou-se professor.


Carreira Militar

Em 1881, Rondon foi para a Escola Militar no Rio de Janeiro. Com autorização do Ministério da Guerra, acrescentou o sobrenome Rondon, em homenagem ao tio que lhe criou Manuel Rodrigues da Silva Rondon. Em 1884, Rondon já estava habilitado para fazer o curso superior. Em 1888 foi promovido a alferes-aluno, nesse mesmo ano o governo imperial cria a Escola Superior de Guerra, para onde é transferido Rondon.


Instalação de Linhas Telegráficas

Em 1889, após a Proclamação da República, Rondon foi nomeado ajudante do Major Gomes para a Comissão Construtora de Linhas Telegráficas, com o objetivo de estender as comunicações entre o Rio e Cuiabá, passando por Uberaba e Goiás. Designado para o Rio de Janeiro, do Observatório Nacional, no morro do Castelo, Rondon determinava as coordenadas geográficas.

Em março de 1890 foi para Cuiabá, onde foi graduado ao posto de engenheiro militar e bacharel em matemática e ciências físicas e naturais. Passou a chefiar o grupo que fazia o levantamento topográfico. Junto com vinte soldados avançavam pelo sertão desconhecido, na sua maior parte habitado por tribos bororos, algumas já pacificadas. De volta ao Rio, assume a docência na Escola Militar.


Contato com Tribos Indígenas

Em 1891, Rondon é nomeado chefe do Distrito Telegráfico de Mato Grosso. Pede exoneração do cargo de professor. Casa-se em 1 de fevereiro de 1892, com Francisca Xavier e, a 6 de março parte para Cuiabá com a esposa, para assumir o cargo. Em 1899 chefia uma comissão destinada a estender linhas telegráficas de Cuiabá a Corumbá e para as fronteiras com a Bolívia e o Paraguai, quando contou com a ajuda dos bororos, que abriam as picadas e erguiam os postes.

Rondon descobriu e nomeou rios, montanhas, vales e lagos, mapeando a região. Em 1906, foi encarregado pelo presidente Afonso Pena, de ligar Cuiabá ao território do Acre, recentemente incorporado ao país. Nessa expedição trava contato com os índios parecis e os nhambiquaras, tidos como antropófagos. O desbravamento continuou e a pacificação só foi conquistada em 1910.


Serviço de Proteção ao Índio

No dia 2 de março de 1910, no governo de Nilo Peçanha, Rondon é convidado para assumir a chefia do Serviço de Proteção ao Índio, a ser criado. Em 1913, já coronel, acompanhou uma expedição que Roosevelt, o antigo presidente dos Estados Unidos, fez pelo sertão brasileiro, com seu filho e cientistas.


Comissão Rondon

Até 1917, a Comissão Rondon havia construído 2.270km de linhas telegráficas, instalado 28 estações que deram origem a outros povoados, havia realizado o levantamento geográfico de cinquenta mil km lineares de terras e de águas, determinado duzentas coordenadas geográficas e incluído 12 rios no mapa do Brasil e corrigido o curso de outros.
Em 1919, já general de brigada, é nomeado diretor de Engenharia do Exército, e autoriza a construção de quarteis. Em 1927, depois de concluir a ligação telegráfica da Amazônia com o Rio de Janeiro, Rondon trabalhou na inspeção das fronteiras, por ordem ministerial. Reformado no posto de general-de-divisão, Rondon foi nomeado, em 1934, para a comissão mista da Liga das Nações, para dirimir o conflito entre o Peru e a Colômbia pela posse da região de Letícia.


Parque Nacional do Xingu

Em 1939, Rondon tornou-se o primeiro presidente do Conselho Nacional de Proteção aos Índios. Nesse mesmo ano, recebeu do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o título de “Civilizador dos sertões”. Em 1952, vê aprovado seu projeto de criação do Parque Nacional do Xingu. Em 1955, Rondon torna-se marechal, e em 1956, em sua homenagem, o território de Guaporé passou a denominar-se Rondônia.

Marechal Rondon foi casado com Francisca Xavier, teve seis filhas e um único filho homem. Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 19 de janeiro de 1958


Fonte: Todamateria/Google/Wikipedia

terça-feira, 9 de abril de 2019

Amor e Cortesia ( Literatura Medieval)

Raúl Cesar Gouveia Fernandes

Um cavaleiro, que ultrapassava a todos em honra e bravura, buscava salvar a rainha da mão de seus raptores. Procurando-a pela floresta, Lancelote topa com um anão. O homenzinho recusa-se a dar notícias de Ginevra, a menos que o cavaleiro abrisse mão de sua honra, montando numa charrete que ele conduzia, do tipo utilizado para o vil desfile de ladrões e assassinos condenados. Após vacilar por um instante, Lancelote aceita e deixa-se levar pelo anão, pois Amor assim o exigia. Essa breve hesitação, no entanto, custará caro: quando ele finalmente encontrar Ginevra, ela desprezará seu amor por considerá-lo indigno de si. Após ter enfrentado a infâmia e muitos outros perigos para salvá-la, Lancelote queda mudo enquanto a rainha afasta-se dele e entra em seus aposentos:
                        Li cuers, qui plus est sire et mestre
                        et de plus grant pooir assez,
                        s'an est oltre aprés li passez,
                        et li oil sont remés defors,
                        plain de lermes, avoec le cors [1] .

A figura deste amante, em quem se combinam a ousadia e o desprendimento do herói e a resignação do mais humilde servo, continua profundamente familiar ao leitor moderno; a despeito da enorme distância que nos separa da sociedade feudal, algo dos episódios lembrados permaneceu vivo na literatura e na imaginação contemporâneas. O primeiro a distinguir o principal motivo deste misto de identificação e estranhamento que nos causa a literatura do século XII talvez tenha sido Gaston Paris quando, há mais de cem anos, referindo-se justamente ao Lancelote ou o Cavaleiro da Carreta de Chrétien de Troyes, pôs em circulação a expressão “amour courtois”, aceita em seguida unanimemente pela crítica (1883, p. 519). Esta nova maneira de representar o sentimento amoroso que a desde então a crítica chama de “amor cortês” — criação dos trovadores da Provença, região do Sul da França, que dali se difundiu para o resto da Europa — é o principal legado da poesia dos séculos XII e XIII, e desde então tem sido um dos temas recorrentes da literatura ocidental. Na verdade, embora os trovadores provençais preferissem chamá-lo “fin’amors”, a designação “amor cortês” não foi cunhada por Gaston Paris, pois o trovador Peire d’Alvernh já empregara a expressão “cortez’amors” em um poema seu e a associação entre o amor e a cortesia é freqüente na literatura medieval [2] . Esta nova concepção do amor nasce, com efeito, intimamente ligada à vida das cortes senhoriais do século XII e ao código de conduta nelas desenvolvido: a cortesia.

Durante o século XI, o latim deixa de ser o único veículo de expressão escrita. A partir da estréia literária das línguas vulgares, foi franqueado o acesso da classe senhorial à literatura que, assim, se adaptou ao gosto e aos interesses das cortes feudais. Neste mesmo período, a nobreza feudal começou a identificar-se como grupo socialmente definido em oposição às novas forças da burguesia emergente e do poder régio, que retomava fôlego após mais de dois séculos de debilidade crônica; a conseqüência deste duplo movimento de auto-afirmação e contraposição, segundo Marc Bloch, é o fechamento da incipiente nobreza em si mesma (1987, pp. 297-344). Antes de mais nada, o isolamento da aristocracia se deu através do estabelecimento de uma série de privilégios hereditários que visavam a dificultar o acesso de membros de outras camadas sociais a títulos nobiliárquicos, como o de cavaleiro. Dessa forma, estipulou-se que somente seriam aceitos na cavalaria descendentes de cavaleiros; no século XII, sob a influência da Igreja, este grupo dos miles passou a ser considerado uma ordo e tornou-se o próprio símbolo da aristocracia [3] . Se, no entanto, de acordo com Johan Huizinga, a ordem da cavalaria pode ser descrita “como um ideal estético revestindo o aspecto de ideal ético” (s/d, p. 71), é porque a definição de um estatuto jurídico diferenciado não bastava para que a nobreza afirmasse sua superioridade social: era necessário criar também um estilo de vida, um código de conduta que distinguisse com clareza o grupo dos privilegiados. A ordem da cavalaria foi o meio encontrado pela nobreza para resguardar-se no plano institucional; a afirmação dos valores morais desta elite foi a função desempenhada pelo ideal da cortesia.

O termo cortezia, derivado de court (corte) para designar o conjunto de qualidades do nobre e o modo de viver da aristocracia, faz sua aparição na poesia provençal do século XII e, assim como a cavalaria, a noção de cortezia“répresente, indissolublement liés, un fait social et un fait littéraire” (Frappier, 1959, p. 135). Do Meio-Dia francês, ponto irradiador da nova literatura, as concepções corteses se difundiram para outras regiões européias ao longo dos séculos XII e XIII, a começar pela região Norte da França, na qual a cortezia provençal foi traduzida porcourtoisie. A influência da lírica provençal também cruzou os Pireneus e atingiu a Península Ibérica, onde o termo cortesia, embora pouco freqüente, é utilizado, por exemplo, pelo clérigo e poeta aragonês Martin Moya.

A cortesia não é apenas o código de etiqueta próprio da vivência refinada da corte, mas uma verdadeira moral idealizada da elite feudal. “En los versos trovadorescos”, diz Martín de Riquer, “la cortezia es una noción muy concreta, aunque muy amplia, pues supone la perfección moral y social del hombre del feudalismo: lealtad, generosidad, valentía, buena educación, trato elegante, aficción a juegos y placeres refinados, etc” (1975, p. 85). Quem não participava do restrito círculo da boa sociedade era pejorativamente tachado de vilão; o estilo aristocrático deveria ser a antítese da rusticidade, da vilania [4] . Não faltam exemplos do caráter segregador e preconceitoso do ideal da cortesia na literatura da época, a começar por Guilhem IX da Aquitânia, o primeiro trovador provençal conhecido:

                        Obediensa deu portar
                        a maintas gens qui vol amar;
                        e cove li que sapcha far
                        faitz avinens
                        e que.s gart en cort de parlar
                        vilanamens [5] .

João Soares Coelho, trovador português do século XIII, também manifesta seu desprezo pelo vilão, que é inapto para o amor (Brea, 1996, no 85,11):
                        (...) o mal vilan non pode saber
                        de fazenda de bõa dona nada.

A prolongada permanência dos vassalos e cavaleiros na corte senhorial foi naturalmente o grande estímulo gerador deste ideal de comportamento. A cortesia surge como reflexo da disciplinada e galante convivência aristocrática durante as assembléias convocadas para que os dependentes do suserano prestassem o auxilium e o consiliumdevidos. É esclarecedor, neste sentido, o fato de muitas novelas de cavalaria, normalmente ambientadas na corte arturiana, aludirem a tais reuniões, como a versão portuguesa de A Demanda do Santo Graal, que começa justamente por ocasião de uma destas “cortes”: “Véspera de Pinticoste, foi grande gente assuada em Camaalot assi que pudera homem i veer mui gram gente, muitos cavaleiros e muitas donas mui bem guisadas” (Nunes, 1995, p. 19). Ora, como lembra o narrador, na corte não se encontravam apenas vassalos e cavaleiros, mas também “muitas donas”, as acompanhantes da rainha ou da esposa do senhor. Nestes encontros, elas desempenhavam um papel em nada secundário: diante das “damas e damizelas”, os cavaleiros exibiam suas qualidades físicas em justas e torneios [6] ; o código da cavalaria estabelecia também que as mulheres deveriam ser honradas e defendidas, se necessário fosse, com risco da própria vida do cavaleiro.
A cortesia coloca, portanto, a mulher no centro das atenções: ela é o motivo, a inspiração e o objetivo das boas ações que cavaleiros e namorados devem empreender. “Los hombres no son nada ni pueden beber de la fuente de la bondad a menos que lo hagan impulsionados por la persuasión femenina”, diz Andreas Capellanus em seu famoso tratado De Amore; “Es evidente, pues, que todos deben esforzarse en consagrar sus servicios a las damas, para poder así recoger la luz de su gracia” (1985, pp. 203-205).

Se os testemunhos literários comprovam amplamente o papel educativo conferido ao elemento feminino, a discussão acerca do real estatuto da mulher na sociedade à época do florescimento da literatura cortês é, contudo, longa e controversa. Enquanto de acordo com a historiadora francesa Régine Pernoud os séculos feudais corresponderam ao apogeu do processo de promoção social feminina e, ao contrário, “o lugar da mulher no seio da sociedade parecia diminuir lentamente na proporção em que o poderio burguês se afirmava” (1984, p. 7), Georges Duby manifesta posição exatamente oposta: será preciso, em sua opinião, aguardar o final da Idade Média (justamente quando da ascensão da burguesia) para que a voz feminina se faça ouvir nas fontes históricas acessíveis (1989, p. 95). Opiniões contraditórias quanto às mulheres permeiam, de resto, todos os textos medievais: se, por um lado, o anúncio cristão desde seus primórdios proclamou a dignidade da pessoa humana e a igualdade de todos diante de Deus, fornecendo assim elementos para a emancipação feminina [7] , de outro lado, não faltam exemplos de páginas francamente misóginas por toda a literatura latina cristã. Alguns autores hesitam, e a defesa da dignidade feminina comparece lado a lado com as piores acusações contra sua natureza volúvel e maldosa. Este é o caso do franciscano catalão Francesc Eiximenis, autor de um Llivre de les Dones redigido provavelmente no final do século XIV. Ao discorrer sobre os efeitos do pecado original no gênero humano, declara que o quinhão da mulher foi ser “condannata ad essere abassata sino alle bestie, ad avere sempre voce di fanciullino e viso d’infante (...). Quando è turbata emette il raglio dell’asino; la sua difesa è quella di graffiare e sgraffinare, come un gatto, chiunche in viso con le sue unghie; quando poi è malcontenta ringhia come un cane”; em outra passagem, no entanto, o franciscano afirma que a serpente enganou Eva por inveja de sua graça e beleza, advertindo os que “combattendo contro le donne in generale, combattono contro il loro Creatore” (1986, pp. 48 e 5, respectivamente). Mais de cem anos antes dele, Afonso X já colocara lado a lado as duas matrizes da visão medieval da mulher, Eva e a Virgem, numa das famosas Cantigas de Santa Maria (Mettmann, 1986, no 60) : “Entre Av’ e Eva / gran departiment’ á”.
Uma polêmica ordem religiosa francesa nascida no final do século XI aplicou de forma inédita a prescrição de Andreas Capellanus: em Fontevraud, os monges deviam obediência a uma abadessa. As palavras atribuídas a Robert d’Arbrissel, o fundador da ordem, lembram os trechos já citados do De Amore: “Vous savez comment tout ce que j´ai érigé en ce monde, je l’ai fait pour les religieuses et c’est à elles que j’ai offert toute la force de mes talents, et ce qui est bien plus encore, je me suis soummis, moi et mes disciples, à elles pour le bien de nos âmes. Voilà porquoi j’ai disposé, soutenu par votre conseil, que cette congrégation soit gouvernée de mon vivant par une abesse; que personne après ma mort n’ose par hasard contredire à cette disposition” (Bezzola, 1940, p. 199). Guilhem da Aquitânia, que é considerado o iniciador da poesia trovadoresca, foi contemporâneo de Robert d’Arbrissel e assistiu a suas duas esposas, Emengarda de Anjou, que rejeitara, e Phillipa de Tolosa, que o abandonara devido a sua notória infidelidade, entrarem na abadia de Fontevraud. Há quem explique a obra do poeta como uma emulação com o religioso, opondo ao misticismo de Arbrissel “uma espécie de misticismo mundano” (Dalarun, 1990, p. 77).
Para além destas conjecturas, é fato aceite que a evolução da concepção acerca da mulher nos meios clericais pode ser considerada precursora do ideal da cortesia. Venâncio Fortunato, poeta e monge do século VI, por exemplo, compôs hinos dirigidos a Santa Radegunda, rainha dos francos que terminou seus dias como monja em Santa Cruz de Poitiers; em seus louvores à rainha, já se anunciam certas características da poesia trovadoresca:

                        Mater honore mihi, soror autem dulcis amore,
                        Quam pietate fide pectore corde colo,
                        Caelesti affectu, non crimine corporis ullo:
                        Non caro, sed hoc spiritus optat am (...)
                        Quae carae matri, quae dulci verba sonori
                        Solus in absenti cordis amore loquar? [8]

De acordo com Paul Imbs, esta “amizade espiritual” entre religiosos e religiosas, quando “s’étend aux dames du monde, crée tout au plus une atmosphère favorable au développement de la fin’amor” (1969, p. 270).
Para Chrétien de Troyes, o modelo de cortesia é uma mulher, a rainha Ginevra, elogiada por Galvão no Conte du Graal nos seguintes termos: ela trata a todos bem e conforta os desanimados; educa as crianças e os cavaleiros; com efeito,

                        Que de li toz biens descent
                        Et de li vient et de li muet (...)
                        Nus hom bien ne honor ne fait
                        Qui a ma dame apris ne l’ait [9] .

Uma vez que o homem é incapaz de se aperfeiçoar sem o estímulo e o exemplo femininos, é conveniente que ele se ligue a uma mulher que o incentive na prática das virtudes. É fácil compreender, portanto, que a característica mais saliente da moral da cortesia seja o amor: só pode amar quem é cortês, mas também é o amor que educa a virtude da cortesia. Embora não se confundam, as duas noções — amor cortês e cortesia — são intimamente relacionadas: “en réalité les termes de courtois et de courtoisie tantôt désignent, dans un sens large, la générosité chevaleresque, les élégances de la politesse mondaine, une certaine manière de vivre, et tantôt, dans un sens plus restreint, un art d’aimer innaccessible au commun des mortels, cet embellissement du désir érotique, cette discipline de la passion et même cette réligion de l’amour qui constituent l’amour courtois”. O amor cortês, continua Jean Frappier, “répresente, si l’on veut, le raffinement extrême de la courtoisie” (1959, p. 136). O trovador Marcabru já expressara esta relação numa fórmula sintética: “cortesia est d’amar”, isto é, “a cortesia é amar” (apud Ferrante, 1980, p. 688). É o que nota também Maria de França acerca do protagonista de um de seus lais: Guigemar era um jovem e belo cavaleiro, cuja fama se espalhara pela Lorena, Borgonha e Anjou em virtude de sua bravura; em suma, um verdadeiro modelo de cortesia. E, no entanto, embora todas as donzelas do reino o desejassem tomar por marido, ele era indiferente ao amor:
                        De tant i out mespris nature
                        Kë unc de nul’amur n’out cure.
                        (...) Pur ceo le tienent a peri
                        E li estrange e si ami [10] .

Todos o consideravam perdido exatamente porque as virtudes corteses são nada se desacompanhadas do amor: é ele que estimula e dá sentido à cortesia. O sentimento amoroso assume, portanto, um caráter educativo, segundo o qual o amante se aperfeiçoa moralmente através da paciente e humilde servidão em que se vê posto, pois somente o amor pode conduzir o homem à plenitude e à perfeição; nas palavras de Andreas Capellanus, o amor é “fons et origo bonorum”, ou seja, “fonte e origem de todo bem” (1985, p. 132).


Referências Bibliográficas
1. Fontes Primárias
ANDREAS Capellanus (1985). De Amore. Edição bilíngüe por Inés Creixell Vidal-Quadras. Barcelona, El Festín de Esopo.
BREA, Mercedes, coord. (1996). Lírica Profana Galego-Portuguesa. Santiago de Compostela, Centro Ramón Piñeiro / Xunta de Galicia, 2 vols.
EXIMENIS, Francesc (1986). Estetica Medievale. Dell’Eros, della Mensa e della Città. Milano, Jaka Book.
MARIA DE FRANÇA (1975). Lais. Edição bilíngüe de Luis Alberto Cuenca. Madrid, Editora Nacional.
METTMANN, Walter, ed. (1986). Cantigas de Santa María, de Afonso X. Madrid, Editorial Casalia.
NUNES, Irene Freire, ed. (1995). A Demanda do Santo Graal. Lisboa, Imprensa Nacional / Casa da Moeda.
RIQUER, Martín de (1975). Los Trobadores. Historia Literaria y Textos. Barcelona, Planeta, 3 vols.
TROYES, Chrétien de (1959). Le Roman de Perceval ou le Conte du Graal. Edição crítica de William Roach. Genebra, Droz.
____, __ (1989). Yvain, ou o Cavaleiro do Leão. Tradução de Vera Harvey. Rio de Janeiro, Francisco Alves.
____, __ (1991). Lancelot ou le Chevalier de la Charrette. Edição de Jean-Claude Aubailly. Paris, GF-Flammarion.
____, __ (1992). Perceval ou o Romance do Graal. Tradução de Rosemary Costhek Abílio. São Paulo, Martins Fontes.
____, __ (1994). Lancelote, o Cavaleiro da Carreta. Tradução de Vera Harvey. Rio de Janeiro, Francisco Alves.
2. Estudos Gerais.
BEZZOLA, Reto R. (1940). “Guillaume IX et les Origines de l’Amour Courtois”, in: Romania, LXVI, pp. 145-237.
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BLOCH, Marc (1987). A Sociedade Feudal. 2a edição, Lisboa, Edições 70.
DALARUN, Jacques (1990). Amor e Celibato na Igreja Medieval. São Paulo, Martins Fontes.
DUBY, Georges (1989). Idade Média, Idade dos Homens. São Paulo, Companhia das Letras.
____, __ (1994). As Três Ordens ou o Imaginário do Feudalismo. 2a edição, Lisboa, Estampa.
FERRANTE, Joan M. (1980). “Cortes’ Amor in Medieval Texts”, in: Speculum, LV, pp. 686-695.
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HUIZINGA, Johan (s/d). O Declínio da Idade Média. Lisboa, Ulisséia.
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PERNOUD, Régine (1984). A Mulher no Tempo das Catedrais. Lisboa, Gradiva.


[1] “O coração, dono e senhor que tem mais poder, passou com ela [para o quarto] e os olhos ficaram do lado de fora, cheios de lágrimas, com o corpo”. Chrétien de Troyes, 1991, vv. 3976-3980, p. 264 para o original; 1994, p. 88 para a tradução.
[2] Joan Ferrante cita este e vários outros exemplos da conexão entre os conceitos de amor e de cortesia na literatura européia dos séculos XI-XIII para concluir que “courtly love is not a figment of a nineteenth-century imagination, not simply a useful term wich we choose to preserve, but a perfect valid medieval concept” (1980, p. 695).
[3] Cf. Duby, 1994, pp. 210-211 e 319-328. Na Península Ibérica, o processo de afirmação da nobreza, apesar de seguir os traços gerais expostos, tem suas especificidades.  A primeira delas é a existência de “cavaleiros vilãos” em  Portugal e Castela — os coteifes satirizados por Afonso X em algumas cantigas de escárnio. José Mattoso esclarece que “o processo que levará a distinguir cada vez mais claramente a cavalaria vilã da nobre acentua-se primeiro em Leão e Castela, depois em Portugal. Um dos mais evidentes indícios do ‘fechamento’ da nobreza naqueles reinos é constituído pelas normas estabelecidas pelo concílio de Leão em 1194, no qual Afonso IX proíbe sob severa pena que qualquer senhor faça cavaleiro o rústico dos senhorios régios cujos pais não o eram” (1991, vol. 1, p. 124).
[4] Em Yvain ou o Cavaleiro do Leão, Chrétien de Troyes descreve um vilão como uma criatura selvagem e disforme, a ponto de questionar se se tratava realmente de um ser humano (1989, pp. 5-6. A passagem é analisada por Jacques Le Goff, 1985, em especial às pp. 149-150). Cf. também Duby, 1994, pp. 304-306 e Mattoso, 1991, v. 1, pp. 229-232.
[5] “El que quiere amar debe profesar obediencia a mucha gente, y le conviene saber hacer acciones amables y guardarse de hablar pueblerinamente en corte”. “Pos vezem de novel florir”, vv. 31-36 (Riquer, 1975, p. 121-123). A tradução substitui o termo “vilanamens” por “pueblerinamente”.
[6] “As lutas desportivas sempre e por toda a parte contiveram um elemento dramático e um elemento erótico. Nos torneios medievais estes dois elementos eram de tal modo dominantes, que o seu caráter de competição, de força e de coragem quase tinha sido obliterado em favor do seu conteúdo romântico” (Huizinga, s/d, p. 82). Sobre o caráter lúdico e dramático dos torneios cavaleirescos e sua função social, cf. também Duby, 1994, pp. 287-288.
[7] “Pour la première fois dans l'histoire, le christianisme a professé l’égalité des sexes”, afirma Gabriel Le Bras (1968, p. 199). Duby também acredita que um aspecto diferenciador do Cristianismo medieval frente ao Judaísmo e ao Islamismo é exatamente o maior grau de participação feminina na vida religiosa (1989, p. 98).
[8] Reto Bezzola, 1944, p. 67. A tradução francesa deste trecho de Fortunato é a seguinte: “Mère honorée, soeur douce, / Que je révère d'un coeur pieux et fidèle, / D'une affection céleste, sans nulle touche corporelle, / Ce n'est pas la chair qui aime en moi, / Mais ce que souhaite l'esprit... / Quels mots dirai-je à une mère aimée, à une douce soeur / Seule en l'absence de l'amour de mon coeur?” (Pernoud, 1984, p. 39).
[9] “Dela descendem todos os bens (...). Nenhum homem faz honra ou bem que não tenha aprendido de minha senhora”. Troyes, 1959, vv. 8188-8189 e 8195-8196, p. 241 para o original, e 1992, p. 136 para a tradução.
[10] “En un punto tan sólo falló Naturaleza ante su protegido: éste no se ocupaba de amor alguno (...). Extraños y amigos le consideraban, por esta razón, perdido” (1975, vv. 57-58 e 67-68, pp. 40-41).

História dos Afegãos

O que hoje conhecemos como República Islâmica do Afeganistão sempre foi uma ponte natural entre o ocidente e o oriente. Dada sua importância estratégica para o comércio e para a conquista de novos territórios, o Afeganistão tem sido, desde a antiguidade, conquistado por diversos impérios: persa, macedônio (liderado por Alexandre, o grande), hindu, mongol (liderado por Genghis Khan), turco otomano, inglês e russo.

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O povoamento do Afeganistão data desde a pré-história (Paleolítico). Em 250 a.C. (depois da invasão dos persas, liderada por Ciro), desenvolve-se o reino Bactria, que consegui se expandir em direção à Índia. Anos depois, veio a invasão dos ários, período em que aquele país passou a ter forte influência do budismo. Em seguida, os persas (através dos sassânidas) reconquistam o país afegão

A partir do ano 651, os árabes vencem os persas, inicia-se, então, a aplicação de ensinamentos islâmicos à população e uma longa permanência do povo árabe naquela região. O domínio mongol inicia-se em 1221 e dura até 1747.


O monarca Ahmad Shah Durrani organizou, em 1747, um Estado com governo centralizado (já denominado Afeganistão), começava uma dinastia que duraria até 1973, nesse meio tempo, ocorreu uma disputa entre a Rússia e a Inglaterra para controlar o Afeganistão. O país ficou sendo um protetorado da Inglaterra a partir de 1880, período que durou até 1919, quando o Afeganistão passou novamente a ser independente.

Em 1973, a república é proclamada (depois de um golpe militar comandado por Daud Khan, que seria deposto e morto, em 1978). Um militar chamado Mohammad Taraki (deposto e fuzilado, em 1979) toma o poder e implanta um governo com partido único e dentro dos moldes comunistas. Em 1979, dá-se a ocupação soviética, que tinha interesses estratégicos, eram eles: aproximar suas fronteiras do mar e proteger, com maior eficácia, as fronteiras do sul. A retirada soviética ocorre em 1988 e 1989. A retirada ocorreu pela resistência dos mujahedin (guerrilheiros islâmicos apoiados pelos EUA, Paquistão e Irã).

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Em 1995, surge, no cenário político afegão, uma milícia islâmica fundamentalista (financiada pelo Paquistão) chamada Taliban. Em 1998, o Taliban já havia conquistado 90% do Afeganistão. Em outubro de 2001, os EUA começam a guerra contra o Afeganistão no intuito de destituir o Taliban e matar Osama Bin Laden (ou pelo menos é essa a versão oficial dos fatos). A questão é que a guerra continua e Bin Laden nunca foi encontrado.


Fonte: Todamateria/infohistoria


A História dos Afegãos, publicado em inglês, em 1829, é a primeira história do povo afegão traduzida de um idioma não-ocidental a ser publicado em um idioma europeu.

 A obra original foi composta em persa, em 1609-11, por Neamet Ullah (em atividade de 1613 a 1630), na corte do imperador mogul Jahangir (1569-1627).
- No Livro História dos Afegãos ,  Ullah baseou seu trabalho no material compilado por Hybet Khan, um assistente do general afegão Khan Jahan Lodi. A tradução é do filólogo e orientalista alemão Bernhard Dorn (1805-81), que baseou-se em uma cópia da história feita por Fut’h Khan em 1718. 

O livro cobre a história de Yacoob Israel, a quem o trabalho atribui a origem dos afegãos; a vida do neto de Yacoob, rei Talut (Saul), e a imigração dos seus descendentes para Ghor (no atual Afeganistão); e a propagação do Islã e a influência de Khaled ben Valeed, um célebre oficial do exército que se converteu ao Islã e usou sua habilidade militar para difundir o Islã na Ásia Central e Meridional. 
O trabalho narra, em seguida, os reinados dos governantes de duas dinastias que abriram caminho à ascensão do império mogul, ou seja, os sultãos Behlol, Sekander e Ibrahim, da família Lodi, e Sher Shah, da família Suri. 

A última seção relata as vidas dos afegãos dervixes transformados em santos, e o livro termina com relatos da genealogia das tribos afegãs que descendem de Sarbanni, Batni e Ghurghust, três filhos do patriarca Abd Ulrashid (também conhecido como Pathan , uma variação do termo "Pachtun"), um descendente do rei Saul.

TAJ MAHAL

Umas das 7 maravilhas do mundo, praticamente todos já o viram em inúmeras fotografias, mas o que poucos sabem, é a história que está por trás deste inigualável monumento. O Taj Mahal, é não mais do que uma ode ao amor e representa toda a eloquência que este sentimento pode ser. Durante séculos, o Taj Mahal inspirou poetas, pintores e músicos que tentaram capturar a sua magia em palavras, cores e música. Viajantes cruzaram continentes inteiros para ver esta esplendorosa beleza, sendo poucos os que lhe ficaram indiferentes.

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Como todas as histórias, esta também começa da mesma maneira... Era uma vez um príncipe chamado Kurram que se enamorou por uma princesa aos 15 anos de idade. Reza a história que se cruzaram acidentalmente mas seus destinos ficaram unidos para todo o sempre. Após uma espera de 5 anos, durante os quais não se puderam ver uma única vez, a cerimonia do casamento teve lugar do ano de 1612, na qual o imperador a rebatizou de Mumtaz Mahal ou "A eleita do palácio". 
O Príncipe, foi coroado em 1628 com o nome Shah Jahan, "O Rei do mundo" e governou em paz.

Quis o destino que Mumtaz não fosse rainha por muito tempo. Ao dar à luz o 14º filho de Shah Jahan, morreu aos aos 39 anos em 1631. O Imperador ficou tremendamente desgostoso e inconsolável e, segundo cronicas posteriores, toda a corte chorou a morte da rainha durante 2 anos. Durante esse período, não houve musica, festas ou celebrações de espécie alguma em todo o reino.

Shah Jahan ordenou então que fosse construído um monumento sem igual, para que o mundo jamais pudesse esquecer. Não se sabe ao certo quem foi o arquitecto, mas reuniram-se em Agra as maiores riquezas do mundo. O mármore fino e branco das pedreiras locais, Jade e cristal da China, Turquesa do Tibet, Lapis Lazulis do Afeganistão, Ágatas do Yemen, Safiras do Ceilão, Ametistas da Pérsia, Corais da Arábia Saudita, Quartzo dos Himalaias, Ámbar do Oceano Índico.

Surge assim o Taj Mahal. O seu nome é uma variação curta de Mumtaz Mahal.. o nome da mulher cuja a memória preserva. O nome "Taj", é de origem Persa, que significa Coroa. "Mahal" é arábico e significa lugar.

 Devidamente enquadrado num jardim simétrico, tipicamente muçulmano, dividido em quadrados iguais cruzado por um canal ladeado de ciprestes onde se reflete a sua imagem mais imponente. Por dentro, o mausoléu é também impressionante e deslumbrante. Na penumbra, a câmara mortuária está rodeada por finas paredes de mármore incrustado com pedras preciosas que forma uma cortina de milhares de cores. A sonoridade do interior, amplo e elevado é triste e misterioso, como um eco que soa e ressoa sem nunca se deter.

Sobre o edifício surge uma cúpula esplendorosa, que é a coroa do Taj Mahal. Esta é rodeada por quatro cúpulas mais pequenas, e nos extremos da plataforma sobressaem quatro torres que foram construídas com uma pequena inclinação, para que em caso de desabamento, nunca caiam sobre o edifício principal.

Os arabescos exteriores são desenhos muçulmanos de pedras semi preciosas incrustadas no mármore branco, segundo uma técnica Italiana utilizada pelos artesãos hindus. Estas incrustações eram feitas com tamanha precisão que as juntas somente se distinguem à lupa. Uma flor de apenas sete centímetros quadrados, pode ter até 60 incrustações distintas. O rendilhado das janelas foi trabalhado a partir de blocos de mármore maciço.

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Diz-se que o imperador Shah Jahan queria construir também o seu próprio mausoléu. Este seria do outro lado do rio. Muito mais deslumbrante, muito mais caro, todo em mármore preto, que seria posteriormente unido com o Taj Mahal através de uma ponte de ouro. Tal empreendimento nunca chegou a ser levado a cabo. Após perder o poder, o imperador foi encarcerado no seu palácio e, a partir dos seus alojamentos, contemplou a sua grande obra até à morte. O Taj Mahal foi, por fim, o refúgio eterno de Shah Jahan e Mumtaz Mahal. Posteriormente, o imperador foi sepultado ao lado da sua esposa, sendo esta a única quebra na perfeita simetria de todo o complexo do Taj Mahal.

Após quase quatro séculos, milhões de visitantes continuam a reter a sua aura romântica... o Taj Mahal, será para todo o sempre um lágrima solitária no tempo.



Fonte:TodaMateria/TajMahal/Wikipedia




segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Atlas

Atlas, filho do Titã Japeto e da Oceânida Climene, ofereceu o seu auxilio aos Gigantes, na guerra contra Zeus. Como castigo dessa cumplicidade, o senhor do Olimpo, depois da vitória, mudou-o em montanha e condenou-o a.sustentar sobre os ombros a abóbada celeste.

Segundo outra fábula, Atlas proprietário do jardim das Hespérides, advertido por um oráculo de desconfiar de um filho de Júpiter, negou a hospitalidade a Perseu, que lhe mostrou a cabeça de Medusa e o transformou em montanha.

Representam-no como um gigante, em pé no meio das águas, suportando a esfera celeste e gemendo sob o seu peso.

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Hércules um dia substituiu-o, e Atlas repousou; mas há muito tempo Hércules deixou este mundo, e Atlas, com o dorso curvado, continua a sofrer seculares fadigas sob o peso do céu.

Sobre a sua cabeça, ele percebe às vezes as Atlântidas, suas filhas, que sob o nome de Plêiades, se agruparam e brilham entre as estrelas. 

A seus pés, ao lado da Mauritânia, percebia também as Hespérides, Egle, Aretusa e Hiperetusa, três filhas que lhe deu Hésperis ou a Noite, sua mulher, filha de Hésperus (Vésper).

 Essas três irmãs tinham no seu jardim as macieiras de frutos de ouro, árvores famosas, colocadas sob a guarda de um dragão de cem cabeças.

Essas maçãs de ouro, sobre as quais o terrível dragão tinha incessantemente os olhos abertos, possuíam uma virtude surpreendedora. Foi com uma delas que a Discórdia inimistou as três deusas, Juno, Vênus e Minerva, foi com o mesmo fruto que Hipômene venceu na corrida a invencível Atalante e obteve a sua mão em recompensa da vitória.

A fim de retardar Atalante, o astuto Hipômene atirava-lhe de distância em distância uma das maçãs de ouro, que ela se detinha a apanhar.

As Hespérides tinham a voz encantadora e o dom de se ocultar aos olhos por metamorfoses súbitas. Hércules, durante as suas façanhas, colheu as maçãs de ouro, e matou o dragão do jardim maravilhoso.

A Mitologia que consagrou e deificou as montanhas, devia também reservar um culto aos vulcões, e particularmente ao Etna.

Não somente essa célebre montanha da Sicilia passava por encerrar as forjas de Vulcano e a oficina dos Ciclopes, mas, persuadidos de que estava em comunicação com as divindades infernais, os povos antigos pressagiavam o futuro pelas suas erupções. Jogavam na cratera objetos de ouro ou de prata e mesmo vítimas: se o fogo os devorasse, o presságio era feliz; e ao contrário, era funesto se a lava os rejeitasse.

Epimeteu(Google)


A história mais explicada

Atlas, o titã que sustenta o mundo nos ombros


Na mitologia grega Atlas era irmão de Epimeteu, Prometeu e Menoécio e filho de Jápeto, que por sua vez era filho de Urano e Gaia. Essa figura mitológica também era chamada de Atlante e fazia parte do grupo de titãs que foram condenados por Zeus. Atlas tinha que sustentar o mundo nos ombros por toda a eternidade.

Atlas era um titã e fazia parte de uma geração de seres desproporcionais e monstruosos que representavam as forças da natureza. Essas forças foram as que agiram preparando a terra para chegada da vida humana.

Ele era casado com a oceânide Pleione e teve com ela sete filhas, conhecidas na mitologia grega como Plêiades. Atlas também era pai de sete ninfas, denominadas Hespérides, que representam a força da fertilidade da natureza.


Embora já tenha sido associado com diversos locais e monumentos da natureza, Atlas é mais comumente identificado com a Cordilheira do Atlas, localizada na África.

Titãs ( Google)


A história de Atlas na mitologia grega

Na mitologia grega Atlas se juntou aos outros Titãs, quer eram forças da desordem e também do caos, com a finalidade de conseguir o poder supremo do mundo. A ideia era atacar o Olimpo, travando um combate com Zeus e todos os seus defensores que, por sua vez, eram forças do cosmo e da Ordem.

Ele participou ativamente da batalha que ficou conhecida como Titanomaquia. O que aconteceu foi que nessa batalha, o triunfo foi de Zeus e dos deuses do Olimpo. Como punição aos perdedores Zeus enviou todos os Titãs para o Tártaro, com exceção de Atlas, para o qual preparou um castigo especial.

Nesse castigo Zeus determinou que os derrotados seriam eternos escravos dos sentidos e da matéria, tornando-se a antítese da espiritualização. Para Atlas então, ficou o castigo de ter que sustentar o céu para sempre em seus ombros. Desde então, seu nome passou a significar “sofredor” ou “portador”.


Quando Atlas já se conformava com seu eterno castigo, uma coisa inesperada aconteceu e ele finalmente foi libertado, como contaremos logo abaixo.

Após se libertar da pena, Atlas passou a habitar o reino das Hespérides que são as ninfas do poente. Era no país das ninfas do poente que eram plantadas as maçãs de ouro, também conhecidas como os pomos de ouro. Esses frutos foram o presente de matrimônio ofertado pela Terra para Zeus e Hera.
Eles tinham o poder de conferir imortalidade para quem os comesse e deveriam ser muito bem guardados. Desta maneira foram deixados sob a vigilância de um dragão de cem cabeças, Ladão, e também das ninfas.

A liberdade de Atlas

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Hércules, como um de seus doze trabalhos, deveria colher algumas maçãs de ouro do pomar e entregá-las a Euristeu. Entretanto, ele sabia que essa tarefa era quase impossível, mesmo para ele no posto de semi-deus. Tomou, então, conhecimento de que Atlas conseguira colhê-las impunemente.
Foi então que Hércules fez a proposta de segurar o céu enquanto Atlas colheria as maçãs, esperando até que a entrega fosse feita diretamente para Euristeu. No entanto, Hércules enganou Atlas pedindo que ele voltasse a segurar o céu para que ele pudesse guardar as maçãs e, enquanto isso, fugiu.
Segundo uma das versões que existem, depois que Atlas foi enganado, criaram-se os pilares de Hércules, libertando-o do fardo de sustentar o céu. Sendo assim, Atlas se tornou o guardião desses pilares que passaram a ser os responsáveis por essa sustentação.
Sobre esses pilares, que serviam de passagem para Atlântida, também foi colocado o Estreito de Gibraltar. Justamente por isso que as cordilheiras norte-africanas receberam o nome de Cordilheiras de Atlas.
Posteriormente tornou-se o primeiro dos reis de Atlântida. Outro fato importante é que ele nomeou o oceano Atlântico por ser o senhor das águas e do Mar Mediterrâneo.

Curiosidades sobre Atlas


Por ter sustentado o peso do céu em suas costas e ombros, a 1 vértebra da coluna cervical é denominada Atlas como uma referência ao peso enorme que essa figura mitológica foi obrigada a suportar.

Atlas também passou a representar a coleção que possui os mapas da Terra graças ao seu conhecimento de cartografia e dos caminhos das terras distantes.

Além disso, em uma interpretação moderna, a história de Atlas representa nada menos do que o peso que os humanos carregam em seus ombros. Nessa interpretação ainda podemos entender que embora o peso pareça demasiado, o que está sobre Atlas (a 1ª vertebra da coluna cervical) é a cabeça, ou seja, a mente, que é capaz de lidar com esse fardo.




Fonte: Mitologiaonline/ Mitologiagrega

Martinho Lutero

    Lutero: início da Reforma Protestante

Biografia resumida de Martinho Lutero, 95 teses, Reforma Protestante, religião luterana, protestantismo, luteranismo, frases.


Quem foi ?

Precursor da Reforma Protestante na Europa, Lutero nasceu na Alemanha no ano de 1483 e fez parte da ordem agostiniana. Em 1507, ele foi ordenado padre, mas devido as suas ideias que eram contrárias as pregadas pela igreja católica, ele foi excomungado.



Ideias e doutrina  

Sua doutrina, salvação pela fé, foi considerada desafiadora pelo clero católico, pois abordava assuntos considerados até então pertencentes somente ao papado. Contudo, esta foi plenamente espalhada, e suas inúmeras formas de divulgação não caíram no esquecimento, ao contrário, suas ideias foram levadas adiante e a partir do século XVI, foram criadas as primeiras igrejas luteranas.  

Apesar do resultado, inicialmente o reformador não teve a pretensão de dividir o povo cristão, mas devido à proporção que suas 95 teses adquiriram, este fato foi inevitável. Para que todos tivessem acesso às escrituras que, até então, encontravam-se somente em latim, ele traduziu a Bíblia para o idioma alemão, permitindo a todos um conhecimento que durante muito tempo foi guardado somente pela igreja. 

Com um número maior de leitores do livro sagrado, a quantidade de protestantes aumentou consideravelmente e entre eles, encontravam-se muitos radicais. Precisou ser protegido durante 25 anos. Para sua proteção, ele contava com o apoio do Sábio Frederico, da Saxônia. 

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Foi responsável pela organização de muitas comunidades evangélicas e, durante este período, percebeu que seus ensinamentos conduziam a divisão. Casou-se com a monja Katharina Von Bora, no ano de 1525, e com ela teve seis filhos. 

Em 1542, sua filha Leninha, de apenas 13 anos, faleceu. O fato causou muito sofrimento em Lutero e sua família.
Lutero faleceu em 18 de fevereiro de 1546, na cidade de Eisleben (região central da Alemanha).



O antissemitismo em Lutero 

Martinho Lutero tinha a expectativa de que os judeus se convertessem ao cristianismo. Como isso não aconteceu, assumiu, nos últimos anos de sua vida, uma forte posição antijudaica. Em seu livro "Sobre os judeus e suas mentiras", de 1543, o reformador alemão defendeu o combate ao judaísmo. 
Sugeriu a perseguição aos judeus, a destruição de suas casas e sinagogas, além do confisco de seus bens.  Alguns historiadores afirmam que muitas das posições antissemitas de Lutero foram resgatadas pelos nazistas alemães na época do Holocausto.

 
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Frases: 

- Os sinos tocam de modo muito diferente do normal quando morre um amigo".

- "Nós somos mendigos: essa é a verdade".

- "Uma mentira é igual a uma bola de neve; quanto mais roda, maior se torna".



MARTINHO LUTERO
Temas Relacionados
• João Calvino
• Reforma Protestante e Contrarreforma


Bibliografia Indicada


As marcas do Cristo - Lutero, o reformador
Autor: Miranda, Hermínio C.
Editora: FEB

Lutero e o culto Cristão
Autor: Buss, Paulo Wille
Editora: Concórdia

Lutero e a Educação
Autor: Jardilino, José Rubens L.
Editora: Autêntica


Fonte : Suapesquisa/Todamateria/Infoescola

Revolução dos Cravos