terça-feira, 9 de abril de 2019

História dos Afegãos

O que hoje conhecemos como República Islâmica do Afeganistão sempre foi uma ponte natural entre o ocidente e o oriente. Dada sua importância estratégica para o comércio e para a conquista de novos territórios, o Afeganistão tem sido, desde a antiguidade, conquistado por diversos impérios: persa, macedônio (liderado por Alexandre, o grande), hindu, mongol (liderado por Genghis Khan), turco otomano, inglês e russo.

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O povoamento do Afeganistão data desde a pré-história (Paleolítico). Em 250 a.C. (depois da invasão dos persas, liderada por Ciro), desenvolve-se o reino Bactria, que consegui se expandir em direção à Índia. Anos depois, veio a invasão dos ários, período em que aquele país passou a ter forte influência do budismo. Em seguida, os persas (através dos sassânidas) reconquistam o país afegão

A partir do ano 651, os árabes vencem os persas, inicia-se, então, a aplicação de ensinamentos islâmicos à população e uma longa permanência do povo árabe naquela região. O domínio mongol inicia-se em 1221 e dura até 1747.


O monarca Ahmad Shah Durrani organizou, em 1747, um Estado com governo centralizado (já denominado Afeganistão), começava uma dinastia que duraria até 1973, nesse meio tempo, ocorreu uma disputa entre a Rússia e a Inglaterra para controlar o Afeganistão. O país ficou sendo um protetorado da Inglaterra a partir de 1880, período que durou até 1919, quando o Afeganistão passou novamente a ser independente.

Em 1973, a república é proclamada (depois de um golpe militar comandado por Daud Khan, que seria deposto e morto, em 1978). Um militar chamado Mohammad Taraki (deposto e fuzilado, em 1979) toma o poder e implanta um governo com partido único e dentro dos moldes comunistas. Em 1979, dá-se a ocupação soviética, que tinha interesses estratégicos, eram eles: aproximar suas fronteiras do mar e proteger, com maior eficácia, as fronteiras do sul. A retirada soviética ocorre em 1988 e 1989. A retirada ocorreu pela resistência dos mujahedin (guerrilheiros islâmicos apoiados pelos EUA, Paquistão e Irã).

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Em 1995, surge, no cenário político afegão, uma milícia islâmica fundamentalista (financiada pelo Paquistão) chamada Taliban. Em 1998, o Taliban já havia conquistado 90% do Afeganistão. Em outubro de 2001, os EUA começam a guerra contra o Afeganistão no intuito de destituir o Taliban e matar Osama Bin Laden (ou pelo menos é essa a versão oficial dos fatos). A questão é que a guerra continua e Bin Laden nunca foi encontrado.


Fonte: Todamateria/infohistoria


A História dos Afegãos, publicado em inglês, em 1829, é a primeira história do povo afegão traduzida de um idioma não-ocidental a ser publicado em um idioma europeu.

 A obra original foi composta em persa, em 1609-11, por Neamet Ullah (em atividade de 1613 a 1630), na corte do imperador mogul Jahangir (1569-1627).
- No Livro História dos Afegãos ,  Ullah baseou seu trabalho no material compilado por Hybet Khan, um assistente do general afegão Khan Jahan Lodi. A tradução é do filólogo e orientalista alemão Bernhard Dorn (1805-81), que baseou-se em uma cópia da história feita por Fut’h Khan em 1718. 

O livro cobre a história de Yacoob Israel, a quem o trabalho atribui a origem dos afegãos; a vida do neto de Yacoob, rei Talut (Saul), e a imigração dos seus descendentes para Ghor (no atual Afeganistão); e a propagação do Islã e a influência de Khaled ben Valeed, um célebre oficial do exército que se converteu ao Islã e usou sua habilidade militar para difundir o Islã na Ásia Central e Meridional. 
O trabalho narra, em seguida, os reinados dos governantes de duas dinastias que abriram caminho à ascensão do império mogul, ou seja, os sultãos Behlol, Sekander e Ibrahim, da família Lodi, e Sher Shah, da família Suri. 

A última seção relata as vidas dos afegãos dervixes transformados em santos, e o livro termina com relatos da genealogia das tribos afegãs que descendem de Sarbanni, Batni e Ghurghust, três filhos do patriarca Abd Ulrashid (também conhecido como Pathan , uma variação do termo "Pachtun"), um descendente do rei Saul.

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