terça-feira, 28 de novembro de 2017

O LEVIATÃ, DE HOBBES



O LEVIATÃ, DE HOBBES
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Apresentação

No Leviatã Hobbes (1587-1666) parte do princípio de que os homens são egoístas e que o mundo não satisfaz todas as suas necessidades, defendo por isso que no Estado Natural, sem a existência da sociedade civil, há necessariamente competição entre os homens pela riqueza, segurança e glória. A luta que se segue é a «guerra de todos contra todos», na célebre formulação de Hobbes, em que por isso não pode haver comércio, indústria ou civilização, e em que a vida do homem é «solitária, pobre, suja, brutal e curta.» A luta ocorre porque cada homem persegue racionalmente os seus próprios interesses, sem que o resultado interesse a alguém.Como é que se pode terminar com esta situação ? A solução não é apelar à moral e à justiça, já que no estado natural estas ideias não fazem sentido. O nosso raciocínio leva-nos a procurar a paz se for possível, e a utilizar todos os meios da guerra se a não conseguirmos. Então como é que a paz é conseguida. Somente por meio de um contrato social. Temos que aceitar abandonar a nossa capacidade de atacar os outros em troca do abandono pelos outros do direito de nos atacarem. Utilizando a razão para aumentar as nossas possibilidades de sobrevivência, encontrámos a solução.
Sabemos que o contrato social resolverá os nossos problemas. A razão leva-nos a desejar um tal acordo. Mas como realizá-lo ? A nossa capacidade de raciocinar diz-nos que não podemos aceitá-lo enquanto os outros o não fizerem também. Nem um contrato prévio, muito menos a promessa, são suficientes para pôr em prática o acordo. É que, baseando-nos no nosso próprio interesse, só manteremos os contratos ou as nossa promessas se for do nosso interesse. Uma promessa que não pode ser obrigada a ser cumprida não serve para nada. Assim ao realizar o contrato social, temos que estabelecer um mecanismo que o obrigue a ser cumprido. Para o conseguirmos temos de entregar o nosso poder a uma ou a várias pessoas que punam quem quebrar o contrato. A esta pessoa ou grupo de pessoas Hobbes chama soberano. Pode ser um indíviduo, uma assembleia eleita, ou qualquer outra forma de governo. 
A essência da soberania consiste unicamente em ter o poder suficiente para manter a paz, punindo aqueles que a quebram. Quando este soberano - o Leviatã do título - existe , a justiça passa a ter sentido já que os acordos e as promessas passam a ser obrigatoriamente cumpridos. A partir deste momento cada membro tem razão suficiente para ser justo, já que o soberano assegura que os que cumprirem os acordos serão convenientemente punidos.
EXTRACTOS
Dedicatória
Ao Meu Mui estimado Amigo Sr. Francis Godolphin de Godolphin
Introdução
Introdução
Capítulo XVII
Das causas, geração e definição de um Estado
Capítulo XVIII
Dos direitos dos soberanos por instituição
Capítulo XIX
Das diversas espécies de governo por instituição e da sucessão do poder soberano
Fonte:
Thomas Hobbes,
Leviatã ou Matéria, Forma e Poder de um estado Eclesiástico e Civil, tradução de João Paulo Morais e Maria Beatriz Nizza da Silva,
2.ª Ed., Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda («Estudos Gerais»), 19

São Tomás de Aquino

São Tomás de Aquino foi um importante teólogo, filósofo e padre dominicano do século XIII. Foi declarado santo pelo papa João XXII em 18 de julho de 1323. É considerado um dos principais representantes da escolástica (linha filosófica medieval de base cristã). Foi o fundador da escola tomista de filosofia e teologia.

Tomás de Aquino buscou utilizar a filosofia grecolatina clássica (principalmente de Aristóteles) para compreender a revelação religiosa do cristianismo.

Nascimento

São Tomás de Aquino nasceu na cidade de Roccasecca (Itália) em 1225.

Morte

São Tomás de Aquino morreu na cidade de Fossanova (Itália) em 7 de março de 1274.

Biografia resumida
Nasceu em 1225 no castelo da cidade de Roccasecca.

- Em 1230 começou seus estudos na abadia de Rocasecca.

- Em 1244 ingressou na ordem religiosa dos Dominicanos.

- Entre 1245 e 1248 estudou na cidade de Paris e foi orientado por Alberto Magno (entra em contato com a filosofia aristotélica).

- Entre 1248 e 1259 estudou na Faculdade de Teologia, fundada por Alberto Magno na cidade alemã de Colônia.

- Entre 1252 e 1259 foi mestre na Universidade de Paris.

- Em 1259 escreveu a Suma contra os gentios.

- Em 1273 escreveu a Suma Teológica.

- Faleceu em 1274.

Principais obras

- Scriptum super sententiis

- Summa contra gentiles (Suma contra os gentios)

- Summa theologiae (Suma Teológica)

Frases

- "O primeiro degrau para a sabedoria é a humildade."

- "Tenho medo do homem de um só livro."

- "Para aqueles que tem fé, nenhuma explicação é necessária. Para aqueles sem fé, nenhuma explicação é possível."


Filosofia de São Tomás de Aquino

Inspirado nas ideias do filósofo grego Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.), o trabalho de São Tomás de Aquino esteve pautado no realismo aristotélico, em detrimento dos seguidores de Santo Agostinho, inspirados no idealismo de Platão.
Por isso, Aquino foi um dos pensadores mais destacados desse período, defensor da filosofia escolástica, método cristão e filosófico, pautado na união entre a razão e a fé. Assim, Tomás de Aquino escreveu inúmeras obras, donde privilegiou a razão e a vontade humana formulando assim, um novo pensamento filosófico cristão.
Obras
Tomás de Aquino foi grande estudioso e ávido escritor nas áreas da filosofia, metafísica, física, teologia, ética e política. Algumas de suas obras:
  • Preces
  • Sermões
  • Suma Contra os Gentios
  • Suma Teológica
  • Exposição sobre o Credo
  • O Ente e a Essência (1248-1252)
  • Compêndio de Teologia (1258-1259)
  • Comentários ao Evangelho de São João
  • Comentários da Epístola de São Paulo
  • Comentário às Sentenças

Adoro Te Devote

Hino cristão escrito por Tomás de Aquino:
Eu te adoro com afeto, Deus oculto,
que te escondes nestas aparências.
A ti sujeita-se o meu coração por inteiro
e desfalece ao te contemplar.
A vista, o tato e o gosto não te alcançam,
mas só com o ouvir-te firmemente creio.
Creio em tudo o que disse o Filho de Deus,
nada mais verdadeiro do que esta Palavra da Verdade.
Na cruz estava oculta somente a tua divindade,
mas aqui se esconde também a humanidade.
Eu, porém, crendo e confessando ambas,
peço-te o que pediu o ladrão arrependido.
Tal como Tomé, também eu não vejo as tuas chagas,
mas confesso, Senhor, que és o meu Deus;
faz-me crer sempre mais em ti,
esperar em ti, amar-te.
Ó memorial da morte do Senhor,
pão vivo que dás vida ao homem,
faz que meu pensamento sempre de ti viva,
e que sempre lhe seja doce este saber.
Senhor Jesus, terno banho,
lava-me a mim, imundo, com teu sangue,
do qual uma só gota já pode salvar
o mundo de todos os pecados.
Jesus, a quem agora vejo sob véus,
peço-te que se cumpra o que mais anseio:
que vendo o teu rosto descoberto,
seja eu feliz contemplando a tua glória




Fonte : Suapesquisa/Todamateria

Calígula

Calígula, como você deve saber, ganhou fama de ser um dos personagens mais cruéis, depravados e insanos de todos os tempos. Aliás, você já deve ter ouvido mais de uma história sinistra envolvendo esse antigo Imperador Romano — como os relatos de que ele supostamente cometia incesto com suas  irmãs, alimentava animais selvagens com seus prisioneiros e que ele tentou nomear seu cavalo, Incitatus, como cônsul.
Entretanto, existe muito debate sobre o que realmente é fato sobre a vida de Calígula — e o quão biruta ele era — e o que não passa de mito. Assim, confira a seguir o que se sabe sobre esse polêmico Imperador Romano, quais são algumas das barbaridades atribuídas a ele, e o que os historiadores têm a dizer com relação a tudo isso.

O que sabemos sobre Calígula?

Calígula nasceu no ano 12, em Antium — atual Anzio —, na Itália, e era um dos seis filhos do ilustre general romano Germanicus e de Agrippina Maior, que era ninguém menos que neta do primeiro imperador romano, Augusto.

Na verdade, seu nome era Gaius Julius Caesar Augustus Germanicus, mas Calígula ficou conhecido pelo apelido — que significa “Botinhas” — que recebeu dos legionários a serviço de seu pai, que achavam graça de vê-lo quando ainda era pequenino vestido de militar e usando “cáligas”, como eram chamadas as sandálias usadas pelos soldados.
Os problemas começaram quando Augusto, o Imperador, adoeceu e decidiu nomear Tibério, seu enteado, como sucessor. Nós já falamos um pouquinho sobre esse cara — pra lá de perverso — a realidade é que ele não era uma figura muito querida pelos romanos. Então, sabendo que a população não aceitaria muito bem sua decisão, Augusto convenceu Tibério a adotar Germanicus como filho e nomeá-lo como herdeiro.

Traumas familiares e ascensão

Quando Augusto faleceu, Tibério se tornou imperador e, rapidamente, despachou Germanicus em missões diplomáticas pelas províncias romanas. Só que o pai de Calígula acabou morrendo de forma estranha, levantando suspeitas de que ele teria sido assassinado — e Agrippina, furiosa, não pensou duas vezes antes de acusar Tibério de se livrar de seu marido por considerá-lo um perigoso rival.
O Imperador ordenou que Agrippina fosse aprisionada em uma ilha remota — onde ela morreu de fome — e mandou prender dois dos irmãos de Calígula, um que cometeu suicídio e outro que também morreu de inanição. “Botinhas”, que ainda era muito pequeno, foi enviado junto com suas irmãs para viver com a bisavó Lívia, esposa de Augusto, e permaneceu afastado da vida política até o ano 31, quando foi adotado por Tibério, o homem que causou todo esse drama familiar.
No fundo, Calígula odiava Tibério, mas, como no início ainda tinha um pouco de juízo, ele tratava o Imperador com respeito. Entretanto, todos os traumas vividos pelo jovem romano — assim como ter que suportar a ideia de ser “filho” de Tibério — acabaram por afrouxar alguns parafusos na cabeça de Calígula. Dizem que ele adorava assistir a torturas e execuções e passava suas noites em orgias malucas.
Calígula

Pois Tibério morreu no ano de 37, e Calígula, então com 24 anos, foi nomeado Imperador e começou seu governo com o pé direito: mandou libertar cidadãos presos injustamente, eliminou vários impostos e patrocinou inúmeros eventos públicos — como lutas com gladiadores, corridas de bigas e peças teatrais. No entanto, seis meses após assumir o posto, Calígula adoeceu e quase morreu. Foi a partir daí que as coisas começaram a degringolar.

O que dizem sobre Calígula?

Dizem que Calígula era meio esquisitão. Ele era alto, branquelo e, apesar de estar ficando calvo, tinha o corpo bastante peludo, o que o tornava alvo de muitas brincadeiras. Tanto que ele começou a punir com a morte qualquer um que falasse sobre cabras em sua presença. Além disso, Calígula se tornou incrivelmente paranoico e começou a exilar pessoas próximas a ele ou ordenar a sua morte.
Ele inclusive ordenou a execução de seu primo e filho adotivo — sim, as coisas eram um pouco diferentes na Roma Antiga —, Tibério Gemelo, e começou a declarar para todo mundo que ele era um deus. Calígula começou a aparecer em público vestido como várias divindades da época, como Hércules, Mercúrio, Júpiter, Apolo e até Vênus, a deusa do amor. O Imperador também mandou substituir as cabeças de deuses de vários templos por bustos seus.
Dizem ainda que Calígula mandou construir uma ponte entre seu palácio e o templo de Júpiter — para que ele pudesse visitar a divindade —, e que o Imperador costumava conversar com a Lua. Mas isso não era nada... Segundo alguns relatos, Calígula desenvolveu vários métodos de tortura horripilantes e transformou as sessões em espetáculos públicos. Ademais, ele adorava mutilar seus prisioneiros ou jogá-los para serem devorados por leões famintos.
Calígula seria um sádico cruel e lunático
Tem ainda a história envolvendo Incitatus, o amado cavalo que Calígula teria tentado nomear como cônsul e para quem mandou construir um estábulo de mármore equipado com uma manjedoura de marfim. O animal teria vários serventes ao seu dispor — e era alimentado com grãos misturados com flocos de ouro. Na verdade, existem listas e mais listas de barbaridades atribuídas a Calígula, e nós selecionamos três das mais escabrosas que circulam por aí:
  • Ele teria começado a praticar o incesto com suas irmãs ainda na adolescência, inclusive publicamente, e sua favorita era Drusilla. Pois a moça acabou ficando grávida e Calígula, com medo do nascimento do pequeno semideus, teria eviscerado a coitada para remover seu útero e o bebê. Depois da morte da irmã, o Imperador a transformou em divindade;
  • Certa vez, Calígula teria ordenado a morte de uma família inteira, mas, como a lei romana proibia que meninas virgens fossem executadas, ele primeiro obrigou a garota a assistir seus familiares serem torturados e mortos e, depois, fez com que o carrasco violentasse a coitada e mandou que ela fosse enforcada;
  • Calígula curtia a ideia de devorar os testículos de seus inimigos e, para isso, mandava que suas vítimas fossem amarradas de cabeça para baixo, e as mantinha nessa posição enquanto arrancava o órgão pouco a pouco a mordiscos.
Pois o comportamento cada vez mais insano de Calígula teria acabado por despertar a ira do povo e, pior, a do Senado. Então, no ano de 41, quando ele tinha apenas 28 anos de idade, um grupo de guardas o atacou, matando o jovem imperador insano com mais de 30 facadas.

O que os historiadores têm a dizer?


Ninguém parece discutir muito o fato de que Calígula realmente era meio biruta e que ele cometeu incontáveis atrocidades. Entretanto, muitos pesquisadores apontam que a maioria dos relatos mais horripilantes surgiram muito depois da morte do romano, como é o caso da prática de incesto com suas irmãs, ato descrito pela primeira vez por Suetônio, um historiador meio fofoqueiro, 80 anos após Calígula ser assassinado.
O assassinato de Calígula, quando ele tinha apenas 28 anos
Sêneca e Fílon, por outro lado, que foram contemporâneos a Calígula e não economizaram críticas ao Imperador, jamais mencionaram nada de relações incestuosas. Sobre seu comportamento errático, muitos historiadores parecem concordar que esse papo de que Calígula aterrorizava Roma com sua loucura — ordenando execuções públicas a torto e direito, falando com a lua ou nomeando seu cavalo para um cargo público — também é exagero.
O consenso é que, se Calígula tivesse sido tão terrível como dizem, ele teria sido afastado do poder rapidamente por sua conduta. Além disso, pelo menos por um período, ele foi apoiado e muito amado pela população de Roma, e não podemos nos esquecer que ele era um jovem sem qualquer experiência que teve o poder absoluto do maior Império da época colocado em suas mãos. Quem não gostava nada de seus excessos e suas extravagâncias era o Senado!
Existe ainda a teoria de que Calígula possivelmente sofria de vários problemas de saúde, entre eles o hipertireoidismo, a epilepsia e a Doença de Wilson, uma doença hereditária que pode provocar instabilidade mental. Isso sem falar na dramática infância do romano que, certamente, teria deixado qualquer um meio maluco.

Fonte:Megacurioso


Revolução dos Cravos