segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Atlas

Atlas, filho do Titã Japeto e da Oceânida Climene, ofereceu o seu auxilio aos Gigantes, na guerra contra Zeus. Como castigo dessa cumplicidade, o senhor do Olimpo, depois da vitória, mudou-o em montanha e condenou-o a.sustentar sobre os ombros a abóbada celeste.

Segundo outra fábula, Atlas proprietário do jardim das Hespérides, advertido por um oráculo de desconfiar de um filho de Júpiter, negou a hospitalidade a Perseu, que lhe mostrou a cabeça de Medusa e o transformou em montanha.

Representam-no como um gigante, em pé no meio das águas, suportando a esfera celeste e gemendo sob o seu peso.

Google Imagens

Hércules um dia substituiu-o, e Atlas repousou; mas há muito tempo Hércules deixou este mundo, e Atlas, com o dorso curvado, continua a sofrer seculares fadigas sob o peso do céu.

Sobre a sua cabeça, ele percebe às vezes as Atlântidas, suas filhas, que sob o nome de Plêiades, se agruparam e brilham entre as estrelas. 

A seus pés, ao lado da Mauritânia, percebia também as Hespérides, Egle, Aretusa e Hiperetusa, três filhas que lhe deu Hésperis ou a Noite, sua mulher, filha de Hésperus (Vésper).

 Essas três irmãs tinham no seu jardim as macieiras de frutos de ouro, árvores famosas, colocadas sob a guarda de um dragão de cem cabeças.

Essas maçãs de ouro, sobre as quais o terrível dragão tinha incessantemente os olhos abertos, possuíam uma virtude surpreendedora. Foi com uma delas que a Discórdia inimistou as três deusas, Juno, Vênus e Minerva, foi com o mesmo fruto que Hipômene venceu na corrida a invencível Atalante e obteve a sua mão em recompensa da vitória.

A fim de retardar Atalante, o astuto Hipômene atirava-lhe de distância em distância uma das maçãs de ouro, que ela se detinha a apanhar.

As Hespérides tinham a voz encantadora e o dom de se ocultar aos olhos por metamorfoses súbitas. Hércules, durante as suas façanhas, colheu as maçãs de ouro, e matou o dragão do jardim maravilhoso.

A Mitologia que consagrou e deificou as montanhas, devia também reservar um culto aos vulcões, e particularmente ao Etna.

Não somente essa célebre montanha da Sicilia passava por encerrar as forjas de Vulcano e a oficina dos Ciclopes, mas, persuadidos de que estava em comunicação com as divindades infernais, os povos antigos pressagiavam o futuro pelas suas erupções. Jogavam na cratera objetos de ouro ou de prata e mesmo vítimas: se o fogo os devorasse, o presságio era feliz; e ao contrário, era funesto se a lava os rejeitasse.

Epimeteu(Google)


A história mais explicada

Atlas, o titã que sustenta o mundo nos ombros


Na mitologia grega Atlas era irmão de Epimeteu, Prometeu e Menoécio e filho de Jápeto, que por sua vez era filho de Urano e Gaia. Essa figura mitológica também era chamada de Atlante e fazia parte do grupo de titãs que foram condenados por Zeus. Atlas tinha que sustentar o mundo nos ombros por toda a eternidade.

Atlas era um titã e fazia parte de uma geração de seres desproporcionais e monstruosos que representavam as forças da natureza. Essas forças foram as que agiram preparando a terra para chegada da vida humana.

Ele era casado com a oceânide Pleione e teve com ela sete filhas, conhecidas na mitologia grega como Plêiades. Atlas também era pai de sete ninfas, denominadas Hespérides, que representam a força da fertilidade da natureza.


Embora já tenha sido associado com diversos locais e monumentos da natureza, Atlas é mais comumente identificado com a Cordilheira do Atlas, localizada na África.

Titãs ( Google)


A história de Atlas na mitologia grega

Na mitologia grega Atlas se juntou aos outros Titãs, quer eram forças da desordem e também do caos, com a finalidade de conseguir o poder supremo do mundo. A ideia era atacar o Olimpo, travando um combate com Zeus e todos os seus defensores que, por sua vez, eram forças do cosmo e da Ordem.

Ele participou ativamente da batalha que ficou conhecida como Titanomaquia. O que aconteceu foi que nessa batalha, o triunfo foi de Zeus e dos deuses do Olimpo. Como punição aos perdedores Zeus enviou todos os Titãs para o Tártaro, com exceção de Atlas, para o qual preparou um castigo especial.

Nesse castigo Zeus determinou que os derrotados seriam eternos escravos dos sentidos e da matéria, tornando-se a antítese da espiritualização. Para Atlas então, ficou o castigo de ter que sustentar o céu para sempre em seus ombros. Desde então, seu nome passou a significar “sofredor” ou “portador”.


Quando Atlas já se conformava com seu eterno castigo, uma coisa inesperada aconteceu e ele finalmente foi libertado, como contaremos logo abaixo.

Após se libertar da pena, Atlas passou a habitar o reino das Hespérides que são as ninfas do poente. Era no país das ninfas do poente que eram plantadas as maçãs de ouro, também conhecidas como os pomos de ouro. Esses frutos foram o presente de matrimônio ofertado pela Terra para Zeus e Hera.
Eles tinham o poder de conferir imortalidade para quem os comesse e deveriam ser muito bem guardados. Desta maneira foram deixados sob a vigilância de um dragão de cem cabeças, Ladão, e também das ninfas.

A liberdade de Atlas

mitologia-grega-atlas-e-hercules
Google imagens
Hércules, como um de seus doze trabalhos, deveria colher algumas maçãs de ouro do pomar e entregá-las a Euristeu. Entretanto, ele sabia que essa tarefa era quase impossível, mesmo para ele no posto de semi-deus. Tomou, então, conhecimento de que Atlas conseguira colhê-las impunemente.
Foi então que Hércules fez a proposta de segurar o céu enquanto Atlas colheria as maçãs, esperando até que a entrega fosse feita diretamente para Euristeu. No entanto, Hércules enganou Atlas pedindo que ele voltasse a segurar o céu para que ele pudesse guardar as maçãs e, enquanto isso, fugiu.
Segundo uma das versões que existem, depois que Atlas foi enganado, criaram-se os pilares de Hércules, libertando-o do fardo de sustentar o céu. Sendo assim, Atlas se tornou o guardião desses pilares que passaram a ser os responsáveis por essa sustentação.
Sobre esses pilares, que serviam de passagem para Atlântida, também foi colocado o Estreito de Gibraltar. Justamente por isso que as cordilheiras norte-africanas receberam o nome de Cordilheiras de Atlas.
Posteriormente tornou-se o primeiro dos reis de Atlântida. Outro fato importante é que ele nomeou o oceano Atlântico por ser o senhor das águas e do Mar Mediterrâneo.

Curiosidades sobre Atlas


Por ter sustentado o peso do céu em suas costas e ombros, a 1 vértebra da coluna cervical é denominada Atlas como uma referência ao peso enorme que essa figura mitológica foi obrigada a suportar.

Atlas também passou a representar a coleção que possui os mapas da Terra graças ao seu conhecimento de cartografia e dos caminhos das terras distantes.

Além disso, em uma interpretação moderna, a história de Atlas representa nada menos do que o peso que os humanos carregam em seus ombros. Nessa interpretação ainda podemos entender que embora o peso pareça demasiado, o que está sobre Atlas (a 1ª vertebra da coluna cervical) é a cabeça, ou seja, a mente, que é capaz de lidar com esse fardo.




Fonte: Mitologiaonline/ Mitologiagrega

Martinho Lutero

    Lutero: início da Reforma Protestante

Biografia resumida de Martinho Lutero, 95 teses, Reforma Protestante, religião luterana, protestantismo, luteranismo, frases.


Quem foi ?

Precursor da Reforma Protestante na Europa, Lutero nasceu na Alemanha no ano de 1483 e fez parte da ordem agostiniana. Em 1507, ele foi ordenado padre, mas devido as suas ideias que eram contrárias as pregadas pela igreja católica, ele foi excomungado.



Ideias e doutrina  

Sua doutrina, salvação pela fé, foi considerada desafiadora pelo clero católico, pois abordava assuntos considerados até então pertencentes somente ao papado. Contudo, esta foi plenamente espalhada, e suas inúmeras formas de divulgação não caíram no esquecimento, ao contrário, suas ideias foram levadas adiante e a partir do século XVI, foram criadas as primeiras igrejas luteranas.  

Apesar do resultado, inicialmente o reformador não teve a pretensão de dividir o povo cristão, mas devido à proporção que suas 95 teses adquiriram, este fato foi inevitável. Para que todos tivessem acesso às escrituras que, até então, encontravam-se somente em latim, ele traduziu a Bíblia para o idioma alemão, permitindo a todos um conhecimento que durante muito tempo foi guardado somente pela igreja. 

Com um número maior de leitores do livro sagrado, a quantidade de protestantes aumentou consideravelmente e entre eles, encontravam-se muitos radicais. Precisou ser protegido durante 25 anos. Para sua proteção, ele contava com o apoio do Sábio Frederico, da Saxônia. 

Google imagens
Foi responsável pela organização de muitas comunidades evangélicas e, durante este período, percebeu que seus ensinamentos conduziam a divisão. Casou-se com a monja Katharina Von Bora, no ano de 1525, e com ela teve seis filhos. 

Em 1542, sua filha Leninha, de apenas 13 anos, faleceu. O fato causou muito sofrimento em Lutero e sua família.
Lutero faleceu em 18 de fevereiro de 1546, na cidade de Eisleben (região central da Alemanha).



O antissemitismo em Lutero 

Martinho Lutero tinha a expectativa de que os judeus se convertessem ao cristianismo. Como isso não aconteceu, assumiu, nos últimos anos de sua vida, uma forte posição antijudaica. Em seu livro "Sobre os judeus e suas mentiras", de 1543, o reformador alemão defendeu o combate ao judaísmo. 
Sugeriu a perseguição aos judeus, a destruição de suas casas e sinagogas, além do confisco de seus bens.  Alguns historiadores afirmam que muitas das posições antissemitas de Lutero foram resgatadas pelos nazistas alemães na época do Holocausto.

 
Imagem Google


Frases: 

- Os sinos tocam de modo muito diferente do normal quando morre um amigo".

- "Nós somos mendigos: essa é a verdade".

- "Uma mentira é igual a uma bola de neve; quanto mais roda, maior se torna".



MARTINHO LUTERO
Temas Relacionados
• João Calvino
• Reforma Protestante e Contrarreforma


Bibliografia Indicada


As marcas do Cristo - Lutero, o reformador
Autor: Miranda, Hermínio C.
Editora: FEB

Lutero e o culto Cristão
Autor: Buss, Paulo Wille
Editora: Concórdia

Lutero e a Educação
Autor: Jardilino, José Rubens L.
Editora: Autêntica


Fonte : Suapesquisa/Todamateria/Infoescola

Nicolau Maquiavel

Niccolò di Bernardo dei Machiavelli, mais conhecido no Brasil como Nicolau Maquiavel, foi um filósofo que viveu e produziu entre os séculos XV e XVI, na região de Florença.
 Dedicou-se a explicação e compreensão do estado, politica e homens de estado como estes são na realidade, em oposição àqueles autores que formularam teorias acerca de como deveria ser o estado ou o governante ideal.
Para além de descrever o estado de sua época, Maquiavel também apresentou estratégias e métodos sobre como os homens de estado deveriam comportar-se para tirar maior proveito da realidade, mantendo e expandindo o poder.


Nicolau Maquiavel. Pintura de Santi di Tito, séc. XVI.


Maquiavel é visto como um proponente do que viria a ser o cientista empirista moderno, defendendo que expandir a partir da experiência e fatos históricos é o melhor método de se desenvolver uma filosofia consistente, especialmente em política, e que a teorização a partir da imaginação é inútil. Com esta aproximação, Maquiavel foi capaz de afastar a politica da teologia e da filosofia moral, desenvolvendo-a como uma disciplina em si mesma. Assim, contribuiu para a compreensão de como os governantes de fato agem e mesmo para a antecipação de seu comportamento.
Defendeu o estudo da fundação de uma nação e a compreensão de seus elementos originais como essencial para a antecipação do futuro.


Grande dificuldade foi encontrada por autores posteriores ao tentar estabelecer a moral de Maquiavel.
 Devido a sua posição realista acerca da natureza e forma de manutenção do estado e suas instituições, especialmente sua descrição de como a desonestidade e a morte de inocentes pode ser útil aos políticos, em sua obra mais famosa, O Príncipe.


 Maquiavel foi criticado e repudiado veementemente por diversos estudiosos políticos e, especialmente, teóricos da moral, o que contribui para a associação de seu nome a uma característica inescrupulosa, com a criação do adjetivo "maquiavélico".

Por outro lado, autores como Baruch Spinoza, Jean-Jacques Rousseau e Denis Diderot defenderam que Maquiavel era na verdade um republicano e que suas ideias foram extremamente úteis para a compreensão do estado, inspirando o Iluminismo e consequentemente o desenvolvimento da filosofia politica democrática moderna.
O autor italiano Benedetto Croce defendeu Maquiavel afirmando que sua posição era a aceitação de que, na realidade, as regras morais afetam muito pouco a ação e decisões dos políticos. A interpretação aceita atualmente é a de que Maquiavel se coloca como um cientista politico, procurando distinguir os fatos da vida politica dos valores do julgamento moral.


Encontramos em Maquiavel uma critica ao aristotelianismo teológico, aceito pela igreja, e a relação da igreja com o estado, que levaria muitas decisões práticas a serem tomadas com base em ideais imaginários.
 O aristotelianismo teológico foi a mais sofisticada forma de justificação do cristianismo e, na visão de Maquiavel, teve como efeito justificar a preguiça e inação das pessoas frente aos desafios da vida e da sociedade, ao esperar pela providência divina para solucionar tais desafios. Este posicionamento, de recusa da sorte e destino baseados em algo externo a vida humana, classificou Maquiavel como um humanista.
 Enquanto encontramos em filósofos como Platão a descrição da politica, tornando-o mais próximo de Maquiavel do que Aristóteles, tais filósofos sempre tiveram uma inclinação para posicionar a filosofia acima da politica, enquanto Maquiavel recusava qualquer ideia teleológica, aquelas que postulam causas finais ideais.

Embora seguidores de Maquiavel tenham preferido métodos mais pacíficos e baseados na economia para promover o desenvolvimento, é aceito que a posição de aceitação de riscos, ousadia, ambição e inovação que Maquiavel sugere aos lideres políticos ajudou a fundar novos modos de se fazer politica e negócios.

Referências bibliográficas:
Barbuto, Marcelo (2005), "Questa oblivione delle cose. Reflexiones sobre la cosmología de Maquiavelo (1469-1527)," Revista Daimon, 34, Universidad de Murcia.

BATH, S. Maquiavelismo: a prática política segundo Nicolau Maquiavel (São Paulo: Editora Ática). 1992.


Machiavelli, N. O Príncipe, a natureza do poder e as formas de conservá-lo. Tradução: Candida de Sampaio Bastos. Edição com comentários de Napolão Bonaparte e Rainha Cistina da Suécia. São Paulo. DLP. 2009


TENENTI, Alberto (1973). Florença na época dos Médici. Da cidade ao Estado. (São Paulo: Perspectiva). ISBN.



Fonte : Infoescola/ TodaMateria

Revolução dos Cravos