quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Solstício de Verão

Solstício de Verão é um fenômeno da astronomia que marca o início do Verão.

É o instante em que determinado hemisfério da Terra está inclinado cerca de 23,5º na direção do Sol, fazendo com que receba mais raios solares.

O termo “solstício” tem a sua origem no latim solstitius que significa "ponto onde a trajetória do sol aparenta não se deslocar".

No solstício de Verão ocorre o dia mais longo do ano e, consequentemente, a noite mais curta, em termos de iluminação por parte dos raios Sol.

O solstício acontece graças aos fenômenos de rotação e translação do planeta Terra, pois graças a eles a luz solar é distribuída de forma desigual entre os dois hemisférios.

Solstício de Verão no Hemisfério Sul

Quando o hemisfério sul está passando pelo solstício de verão – evento que marca o início desta estação – as pessoas que vivem no hemisfério norte da Terra estão passando pelo solstício de inverno, considerado o dia com a noite mais longa do ano.

O solstício de Verão pode acontecer no dia 21 ou 22 de dezembro, dias em que a radiação solar incide de forma vertical sobre o Trópico de Capricórnio.

Vale lembrar que o Brasil está localizado no Hemisfério Sul, enquanto que a Europa e os Estados Unidos, por exemplo, fazem parte do Hemisfério Norte.

Solstício de Inverno

Enquanto que o solstício de Verão marca o início do Verão, o solstício de inverno é conhecido por marcar o começo do inverno.

O solstício de Inverno significa que a luz do sol não incide com tanto fulgor no hemisfério em questão.

 Solstício para a cultura Wicca 1
Festival celebrado no dia 21 de dezembro, marca o Solstício de Verão, conhecido também como Alban Hefin, Alban Heruin ou a Luz do Verão. 

É o êxtase máximo da união sagrada, quando o Sol finalmente atinge o seu apogeu e a natureza encontra-se plena de luz, poder e magia. 
Os dias ainda são mais longos que a noite. 

Aproveite para meditar sob o sol e trazer a magia solar para o seu interior. Em Alban Hefin, a Deusa mostra toda a sua beleza como a Rainha do Verão e o Deus, aos poucos, começa a caminhar rumo ao Outro Mundo. 

Esta é uma época de homenagear o Sol e nas tradições pagãs costuma-se pular fogueiras para a purificação, para aumentar a fertilidade, a saúde e o amor. Aproveite esse ritual para fazer oferendas e comunicar-se com o "Povo das Fadas", pedindo-lhes conhecimento, inspiração e sabedoria. Enfeite seu altar com girassóis, frutas frescas e ervas secas como: lavanda, camomila, verbena ou qualquer erva específica do meio de verão. Procure sentir toda a energia elemental da natureza fluindo através do seu corpo.

 Este festival é proprício para renovar todas as vibrações tanto da casa, como das pessoas. Além de ser um momento ideal para a prática de jogos recreativos e piqueniques em família. Alban Hefin é a materialização de todas as nossas esperanças, onde projetos, sonhos e desejos lançados na época do plantio, começam a dar seus frutos, conforme o seu merecimento, tornando-se realidade. 

Celebre e agradeça aos Deuses por mais este ciclo de expansão. 

Que assim seja! 

Correspondências: - Arquétipos: festas juninas e midsummer, a noite das fadas e da magia. - Símbolos: velas amarelas, vermelhas e laranja, girassol e símbolos solares. - Incensos: alecrim, louro ou pinho. - Alimentos: sucos cítricos, frutas frescas e hidromel.

Solstício para a cultura Wincca 2

 É celebrado no dia 21 de dezembro no hemisfério sul e dia 21 de junho no hemisfério norte.  Este sabbat simboliza o poder do Sol.    Este dia é repleto de grande magia, por isso é a época em que colhemos nossas ervas para fazermos unguentos, poções, filtros e sortilégios.    Nesta data o Sol atinge seu auge e o Deus chega a plenitude de seus poderes. 

   Este sabbat representa o período em que a Deusa está grávida e enfastiada com o Deus que perdeu a juventude, transformando-se em um ancião exigente.    Logo Ele começará a declinar e dará o último afago em sua amada, partindo então para a Terra do Verão, e novamente renascerá.    É o sabbat onde todos os Wiccanos realizam rituais para se protegerem da inveja, perseguições, mau-olhado e infortúnios.    Tradicionalmente colhe-se o orvalho da noite do Solstício de Verão, pois acredita-se que ele tem o poder de rejuvenescer.    Neste dia o altar deve ser decorado com girassóis, simbolizando a face do Sol.   Os incensos usados na celebração do Solstício de Verão são os de limão, rosa, olíbano, mirra e pinho.    As velas que deverão ser acesas são de cor dourada, amarela ou laranja.    Os cristais que são distribuídos no local da celebração são as pedras solares como a pedra do sol e o olho de tigre.    Os alimentos tradicionais deste sabbat são os vegetais frescos e o pão de cereais.    As bebidas que devem ser servidas são os sucos de laranja e de limão.    As frutas sagradas deste sabbat são todas as frutas tropicais como banana, o abacaxi, laranja e as carambolas.

Solstício para a Maçonaria

Além de girar em torno de seu eixo, a Terra desloca-se no espaço, com um movimento de translação em torno do Sol, quando descreve uma elipse, de acordo com as leis de Kepler. Para o observador situado na Terra, todavia, é como se esta fosse fixa e o Sol se movesse em torno dela, seguindo um caminho, que, como já foi visto, é chamado de eclíptica. 

Em sua marcha em torno do Sol, a Terra, descrevendo uma elipse, ficará mais próxima, ou mais afastada do astro da luz. O ponto mais próximo --- 147 milhões de quilômetros --- é o periélio; o mais afastado --- 152 milhões de quilômetros --- é o afélio. Se a Terra, no movimento de translação, girasse sobre um eixo vertical em relação ao plano da órbita, as suas diferentes regiões receberiam iluminação sempre sob o mesmo ângulo e a temperatura seria sempre constante, em cada uma delas. Mas, como o eixo é inclinado, em relação à órbita, essa inclinação faz com que os raios solares incidam sobre a Terra segundo um ângulo diferente, a cada dia que passa. E, assim, vão se sucedendo as estações: verão, outono, inverno e primavera. 

Como os planos do equador terrestre e da eclíptica não coincidem, tendo uma inclinação, um em relação ao outro, de 23 graus e 27 minutos, eles se cortam ao longo de uma linha, que toca a eclíptica em dois pontos: são os equinócios. O Sol, em sua órbita aparente, cruza esses pontos, ao passar de um hemisfério celeste para outro; a passagem de Sul a Norte, marca o início da primavera no hemisfério Norte e do outono no hemisfério Sul; a passagem do Norte para o Sul, marca o início do outono no hemisfério Norte e da primavera no hemisfério Sul. Esses são os equinócios de primavera e de outono. 

Por outro lado, nos momentos em que o Sol atinge sua maior distância angular do equador terrestre, ou seja, quando é máximo o valor de sua declinação, ocorrem os solstícios. Os dois solstícios ocorrem a 21 de junho e a 21 de dezembro; a primeira data marca a passagem do Sol pelo primeiro ponto do trópico de Câncer, enquanto que a segunda é a passagem do Sol pelo primeiro ponto do trópico de Capricórnio. No primeiro caso, o Sol está em afélio e é solstício de verão no hemisfério Norte e de inverno no hemisfério Sul; no segundo, o Sol está em periélio e é solstício de inverno no hemisfério Norte e de verão no hemisfério Sul. Portanto, o solstício de verão no hemisfério Norte e de inverno no hemisfério Sul, ocorre quando o Sol está em sua posição mais boreal (Norte), enquanto que o solstício de verão no hemisfério Sul e de inverno no hemisfério Norte, ocorre quando o Sol está em sua posição mais austral (Sul). 

Por herança recebida dos membros das organizações de ofício, que, tradicionalmente, costumavam comemorar os solstícios, essa prática chegou à Maçonaria moderna, mas já temperada pela influência da Igreja sobre as corporações operativas. Como as datas dos solstícios são 21 de junho e 21 de dezembro, muito próximas das datas comemorativas de São João Batista --- 24 de junho --- e de São João Evangelista --- 27 de dezembro --- elas acabaram por se confundir com estas, entre os operativos, chegando à atualidade. Hoje, a posse dos Grão-Mestres das Obediências e dos Veneráveis Mestres das Lojas realiza-se a 24 de junho, ou em data bem próxima; e não se pode esquecer que a primeira Obediência maçônica do mundo, como já foi visto, foi fundada em 1717, no dia de São João Batista. 

Graças a isso, muitas corporações, embora houvesse um santo protetor para cada um desses grupos profissionais, acabaram adotando os dois São João como padroeiros, fazendo chegar esse hábito à moderna Maçonaria, onde existem, segundo a maioria dos ritos, as Lojas de São João, que abrem os seus trabalhos “à glória do Grande Arquiteto do Universo (Deus) e em honra a S. João, nosso padroeiro”, englobando, aí, os dois santos. 

No templo maçônico, essas datas solsticiais estão representadas num símbolo, que é o Círculo entre Paralelas Verticais e Tangenciais. Este significa que o Sol não transpõe os trópicos, o que sugere, ao maçom, que a consciência religiosa do Homem é inviolável; as paralelas representam os trópicos de Câncer e de Capricórnio e os dois S. João. 

Tradicionalmente, por meio da noção de porta estreita, como dificuldade de ingresso, o maçom evoca as portas solsticiais, estreitos meios de acesso ao conhecimento, simbolizados no círculo cósmico, no círculo da vida, no zodíaco, pelo eixo Capricórnio-Câncer, já que Capricórnio corresponde, ao solstício de inverno e Câncer ao de verão (no hemisfério Norte, com inversão para o Sul). A porta corresponde ao início, ou ao ponto ideal de partida, na elíptica do nosso planeta, nos calendários gregorianos e também em alguns pré-colombianos, dentro do itinerário sideral. 

O homem primitivo distinguia a diferença entre duas épocas, uma de frio e uma de calor, conceito que, inicialmente, lhe serviu de base para organizar o trabalho agrícola. Graças a isso é que surgiram os cultos solares, com o Sol sendo proclamado --- como fonte de calor e de luz --- o rei dos céus e o soberano do mundo, com influência marcante sobre todas as religiões e crenças posteriores da humanidade. E, desde a época das antigas civilizações, o homem imaginou os solstícios como aberturas opostas do céu, como portas, por onde o Sol entrava e saía, ao terminar o seu curso, em cada círculo tropical. 

A personificação de tal conceito, no panteão romano, foi o deus Janus, representado como divindade bifásica, graças à sua marcha pendular entre os trópicos; o seu próprio nome mostra essa implicação, já que deriva de janua, palavra latina que significa porta. Por isso, ele era, também, conhecido como Janitur, ou seja, porteiro, sendo representado com um molho de chaves na mão, como guardião das portas do céu. Posteriormente, essa alegoria passaria, através da tradição popular cristã, para São Pedro, mas sem qualquer relação com o solstício. 
Janus era um deus bicéfalo, com duas faces simetricamente opostas, cujo significado simbolizava a tradição de olhar, uma das faces, constantemente, para o passado, e a outra, para o futuro. Os Césares da Roma imperial, em suas celebrações e para dar ingresso ao Sol nos dois hemisférios celestes, antepunham o deus Janus, para presidir todos os começos de iniciação, por atribuir-lhe a guarda das chaves. 

Tradicionalmente, tanto para o mundo oriental, quanto para o ocidental, o solstício de Câncer, ou da Esperança, alusivo a São João Batista (verão no hemisfério Norte e inverno no hemisfério Sul), é a porta cruzada pelas almas mortais e, por isso, chamada de Porta dos Homens, enquanto que o solstício de Capricórnio, ou do Reconhecimento, alusivo a São João Evangelista (inverno no hemisfério Norte e verão no hemisfério Sul), é a porta cruzada pelas almas imortais e, por isso, denominada Porta dos Deuses. Para os antigos egípcios, o solstício de Câncer (Porta dos Homens) era consagrado ao deus Anúbis; os antigos gregos o consagravam ao deus Hermes. Anúbis e Hermes eram, na mitologia desses povos, os encarregados de conduzir as almas ao mundo extraterreno . 

A importância dessa representação das portas solsticiais pode ser encontrada com o auxílio do simbolismo cristão, pois, para o maçom, as festas dos solstícios são, em última análise, as festas de São João Batista e de São João Evangelista. São dois São João e há, aí, uma evidente relação com o deus romano Janus e suas duas faces: o futuro e o passado, o futuro que deve ser construído à luz do passado. Sob uma visão simbólica, os dois encontram-se num momento de transição, com o fim de um grande ano cósmico e o começo de um novo, que marca o nascimento de Jesus: um anuncia a sua vinda e o outro propaga a sua palavra. Foi a semelhança entre as palavras Janus e Joannes (João, que, em hebraico é Ieho-hannam = graça de Deus) que facilitou a troca do Janus pagão pelo João cristão, com a finalidade de extirpar uma tradição “pagã”, que se chocava com o cristianismo. E foi desta maneira que os dois São João foram associados aos solstícios e presidem às festas solsticiais. 

Continua, aí, a dualidade, princípio da vida: diante de Câncer, Capricórnio; diante dos dias mais longos, do verão, os dias mais curtos, do inverno; diante de São João “do inverno”, com as trevas, Capricórnio e a Porta de Deus, o São João “do verão”, com a luz, Câncer e a Porta dos Homens (vale recordar que, para os maçons, simbolicamente, as condições geográficas são, sempre, as do hemisférios Norte).

Dentro dessa mesma visão simbólica, podemos considerar a configuração da constelação de Câncer. Suas duas estrelas principais tomam o nome de Aselos (do latim Asellus, i = diminutivo de Asinus, ou seja: jumento, burrico). Na tradição hebraica, as duas estrelas são chamadas de Haiot Nakodish, ou seja, animais de santidade, designados pelas duas primeiras letras do alfabeto hebraico, Aleph e Beth, correspondentes ao asno e ao boi. Diante delas, há um pequeno conglomerado de estrelas, denominado, em latim, Praesepe, que significa presépio, estrebaria, curral, manjedoura, e que, em francês, é crèche, também com o significado de presépio, manjedoura, berço. Essa palavra créche já foi, inclusive, incorporada a idiomas latinos, com o significado de local onde crianças novas são acolhidas, temporariamente. 

Esse simbolismo dá sentido à observação material: Jesus nasceu a 25 de dezembro, sob o signo de Capricórnio, durante o solstício de inverno, sendo colocado em uma manjedoura, entre um asno e um boi. Essa data de nascimento, todavia, é puramente simbólica. Para os primeiros cristãos, Jesus nascera em julho, sob o signo de Câncer, quando os dias são mais longos no hemisfério Norte. O sentido cristão, no plano simbólico, abordaria, então, apenas a Porta dos Homens e, assim, só haveria a compreensão de Jesus, como ser, como homem. Mas Jesus é o ungido, o messias, o Cristo --- segundo a teologia cristã --- e o outro polo, obrigatoriamente complementar, é a Porta de Deus, sob o signo de Capricórnio, tornando a dualidade compreensível. 

Dois elementos, entretanto, um material e um religioso, viriam a influir na determinação da data de 25 de dezembro. O material refere-se aos hábitos dos antigos cristãos e o religioso, ao mitraismo da antiga Pérsia, adotado por Roma: 

Os primeiros cristãos do Império Romano, para escapar às perseguições, criaram o hábito de festejar o nascimento de Jesus durante as festas dedicadas ao deus Baco, quando os romanos, ocupados com os folguedos e orgias, os deixavam em paz. 

Mas a origem mitraica é a que é mais plausível para explicar essa data totalmente fictícia: os adeptos do mitraismo costumavam se reunir na noite de 24 para 25 de dezembro, a mais longa e mais fria do ano, numa festividade chamada --- no mitraismo romano --- de Natalis Invicti Solis (nascimento do Sol triunfante). Durante toda a fria noite, ficavam fazendo oferendas e preces propiciatórias, pela volta da luz e do calor do Sol, assimilado ao deus Mitra. O cristianismo, ao fixar essa data para o nascimento de Jesus, identificou-o com a luz do mundo, a luz que surge depois das prolongadas trevas.

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