segunda-feira, 7 de julho de 2014

Itã

Rivalidade entre Oxum e Obá

Oxum e Obá, ambas esposas de Xangô, tinham rixa antiga, com ciúmes uma da outra. Mas conviviam bem, dentro do possível. Até que um dia Obá resolveu convidar Oxum para uma festa em seu palácio. Oxum, que era a convidada de honra, vestiu um belo vestido, enfeitou-se com jóias, perfumou-se e foi com sua comitiva até o palácio de Obá. 
Quando lá chegou, viu que havia um lindo e comprido tapete de pétalas de rosas no salão principal, estendido em sua honra. Então Oxum pisou no tapete descalça, como é comum entre os Orixás, e teve uma desagradável surpresa: Obá pusera brasas escondidas debaixo das pétalas de rosas. Os pés de Oxum começaram a arder, mas ela altiva, não quis demonstrar nenhum sinal de dor, foi andando por todo o tapete sem reclamar, sorrindo majestosa para todos.
 Oxum nada falou com Obá. Ficou à espera de um dia em que pudesse responder à altura. Os pés de Oxum ficaram queimados e é por isso que até hoje ela pisa macio. Após o episódio da orelha porém, Obá jurou vingança. Ia vingar-se de Oxum da forma que mais a atingisse.
 Logun Edé, filho de Oxum e Odé, era um menino pequeno e muito travesso, que morava com sua avó, Iemanjá. Um dia, o levado garoto escapou da vigilância de Iemanjá, e foi passear pelo mundo.
 Andou muito, até que avistou uma senhora toda vestida de roupa de montaria, em cima de uma pedra, dentro do rio barulhento. 
Ela lhe perguntou seu nome. 
Quando ele disse que era Logun Edé, o filho de Oxum, Obá perdeu a cabeça e arquitetou um plano para afogá-lo ali mesmo, tamanho o ódio que sentia por sua rival. Seria a melhor forma de fazer a rival sofrer. Ia tirar-lhe o filho amado.
 Perguntou-lhe se ele queria andar de cavalo marinho dentro do rio. Logun Edé lhe respondeu, batendo palmas e dando vivas,que adoraria montar um cavalo marinho, mas que não devia haver nenhum ali. Os cavalos marinhos moravam no mar, sob domínio de sua avó. Obá pediu que ele fosse até ela no rochedo, que ela lhe emprestaria seu cavalo marinho e também um barco dourado para ele passear quando quisesse. 
O menino, que adorava cavalo marinho e barcos, já estava entrando nas águas do rio Obá, quando repentinamente um furacão o lançou pelos ares, conduzindo-o até a presença de Iemanjá, que dera pela falta do neto levado.
 De dentro do furacão saiu Oiá, que explicou a Iemanjá que chegou a tempo de salvar Logun Edé que estava prestes a ser afogado pela rival de sua mãe

Foto: Rivalidade entre Oxum e Obá

Oxum e Obá, ambas esposas de Xangô, tinham rixa antiga, com ciúmes uma da outra. Mas conviviam bem, dentro do possível. Até que um dia Obá resolveu convidar Oxum para uma festa em seu palácio. Oxum, que era a convidada de honra, vestiu um belo vestido, enfeitou-se com jóias, perfumou-se e foi com sua comitiva até o palácio de Obá. Quando lá chegou, viu que havia um lindo e comprido tapete de pétalas de rosas no salão principal, estendido em sua honra. Então Oxum pisou no tapete descalça, como é comum entre os Orixás, e teve uma desagradável surpresa: Obá pusera brasas escondidas debaixo das pétalas de rosas. Os pés de Oxum começaram a arder, mas ela altiva, não quis demonstrar nenhum sinal de dor, foi andando por todo o tapete sem reclamar, sorrindo majestosa para todos. Oxum nada falou com Obá. Ficou à espera de um dia em que pudesse responder à altura. Os pés de Oxum ficaram queimados e é por isso que até hoje ela pisa macio. Após o episódio da orelha porém, Obá jurou vingança. Ia vingar-se de Oxum da forma que mais a atingisse. Logun Edé, filho de Oxum e Odé, era um menino pequeno e muito travesso, que morava com sua avó, Iemanjá. Um dia, o levado garoto escapou da vigilância de Iemanjá, e foi passear pelo mundo. Andou muito, até que avistou uma senhora toda vestida de roupa de montaria, em cima de uma pedra, dentro do rio barulhento. Ela lhe perguntou seu nome. Quando ele disse que era Logun Edé, o filho de Oxum, Obá perdeu a cabeça e arquitetou um plano para afogá-lo ali mesmo, tamanho o ódio que sentia por sua rival. Seria a melhor forma de fazer a rival sofrer. Ia tirar-lhe o filho amado. Perguntou-lhe se ele queria andar de cavalo marinho dentro do rio. Logun Edé lhe respondeu, batendo palmas e dando vivas,que adoraria montar um cavalo marinho, mas que não devia haver nenhum ali. Os cavalos marinhos moravam no mar, sob domínio de sua avó. Obá pediu que ele fosse até ela no rochedo, que ela lhe emprestaria seu cavalo marinho e também um barco dourado para ele passear quando quisesse. O menino, que adorava cavalo marinho e barcos, já estava entrando nas águas do rio Obá, quando repentinamente um furacão o lançou pelos ares, conduzindo-o até a presença de Iemanjá, que dera pela falta do neto levado. De dentro do furacão saiu Oiá, que explicou a Iemanjá que chegou a tempo de salvar Logun Edé que estava prestes a ser afogado pela rival de sua mãe

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