quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Suor em excesso pode ser sinal de hiperidrose

Doença atinge 1% da população, mas tem tratamento e pode ser controlada

por Redação
É comum suar no verão. Afinal, as altas temperaturas e o sol forte fazem o corpo transpirar muito. Mas em algumas pessoas, essa transpiração excessiva pode ser um verdadeiro incômodo e trazer até mesmo prejuízos na qualidade de vida. São os portadores da hiperidrose, doença que atinge até 1% da população.

Causas da hiperidrose

Thinkstock
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O cirurgião Juliano Mendes de Souza, do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), explica que a doença surge devido ao funcionamento inadequado de uma parte do sistema nervoso que leva as mensagens do cérebro para as glândulas de suor, fazendo o corpo transpirar mais. “As pessoas que têm a doença ficam constrangidas ao cumprimentar os outros com as mãos molhadas, têm dificuldades no trabalho ao usar ferramentas que escorregam, com utilizar computador ou escrever e, em situações de tensão, as mãos suam tanto a ponto de pingar”, esclarece.
Outro fator que pode estar relacionado ao surgimento da hiperidrose é a tendência genética. O médico diz que é comum várias pessoas da mesma família terem a doença, enquanto em outras famílias ninguém possui.
As mãos, pés, axilas, rosto e cabeças são as partes do corpo quesuam exageradamente, numa quantidade muito acima da necessária para manter a temperatura corporal controlada.

Tratamento da hiperidrose

A boa notícia para quem sofre com este problema é que há tratamentos que vão desde a aplicação de cremes na pele, passando por comprimidos tomados de forma contínua, injeção de botox na região afetada, ou uma cirurgia que promete efeito imediato, a simpatectomia torácica por vídeo. “O resultado da cirurgia é percebido rapidamente. Já no centro cirúrgico o paciente passa a não suar e a cura do problema se aproxima de 100%”, garante o cirurgião Paulo Boscardim, também do HNSG.
cirurgia para quem sua muito é pouso invasiva e dura cerca de 15 minutos, com anestesia geral. É feito um corte de uma pequena região do sistema nervoso simpático, que comanda osuor em excesso. “Como qualquer cirurgia, o paciente tem dor no pós-operatório, mas na maioria dos casos é leve e melhora com analgésicos que são sempre receitados. “Em dois a três dias, o paciente já pode retornar as atividades”, afirma Souza.
Um efeito colateral comum é a hiperidrose reflexa, que acontece quando o paciente para de suar nas regiões que o incomodavam, mas passa a suar em outras partes do corpo. “Um dos fatores que aumentam a probabilidade da compensação grave se manifestar são o índice de massa corpórea (IMC) maior que 26, e pessoas que já suam muito em diversas parte do corpo e que apresentam a hiperidrose craniofacial. Realizamos uma seleção criteriosa dos pacientes, assim há uma diminuição considerável de incidência da hiperidrose reflexa grave”, finaliza Boscardim.

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