quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Tecidos sintéticos favorecem infecções; prefira calcinhas de algodão

Materiais como o elastano podem quebrar a proteção natural da área

por Mariana Bueno
Escolher uma peça íntima apenas por sua beleza ou conforto pode trazer danos às mulheres. Os tecidos sintéticos, como o elastano, apesar de se amoldarem melhor ao corpo e serem confortáveis, podem quebrar a proteção natural da região íntima e, assim, causar infecções.
A ginecologista Elza Almeida, da FMP/Fase, explica que a vulva tem mecanismos naturais de defesa contra germes infecciosos externos, mas pode ter essa barreira cutânea facilmente rompida pelo uso de roupas íntimas inadequadas, por absorventes higiênicos, menstruação e até mesmo o uso de produtos de higiene que agridam essa barreira, tornando a pele susceptível a diversas infecções. E o pH do local pode ser afetado por fatores como umidade, transpiração, sebo, local anatômico, predisposição genética e idade, além de fatores externos como vestuários oclusivos, aplicação de produtos cosméticos, uso de antibióticos, ação de laminas para raspagens e depilação, que podem ressecar a pele e causar sintomas como prurido persistente, irritação ou queimação. Por isso, ao escolher uma calcinha, é importante que ela não agrida a área genital. “O que se deseja, em uma calcinha, é que seu tecido não impeça a transpiração, não cause irritações e alergias. Portanto, que sejam de tecidos naturais, sem tingimento. O ideal é o uso de materiais naturais (algodão e seda), pois qualquer tecido sintético que não favoreça a ventilação, pode romper o equilibro da pele, causando dermatoses”, explica.
As calcinhas de renda também podem causar lesões na pele, ou seja a quebra da barreira de proteção natural, pelas características do tecido ou o local em que estejam as rendas ou as costuras. “Mas não há proibição no seu uso, até porque por vezes são mais bonitas. O objetivo é o esclarecimento de seus riscos”. A dica, então, é usar as de algodão no dia a dia e deixar as outras para ocasiões especiais.
A ginecologista afirma ainda que muitas mulheres sofrem com essas infecções sem saber qual a causa. Segundo ela, inicialmente, quando há uma queixa, a paciente deve ser examinada para que se possa fazer um diagnóstico preciso.

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