quinta-feira, 10 de setembro de 2015

O fumo e o álcool são realmente indispensáveis na umbanda ?


Críticas não faltam à Umbanda no que diz respeito à utilização de fumo e bebida em seus rituais. Tais hábitos obviamente não são saudáveis a nenhum ser humano.Dessa forma, partindo de entidades espirituais da Umbanda, cuja elevação moral já contestada em demasia pelo preconceito costumas, é posta em dúvida novamente.
O alma que deseja evoluir e se iluminar, antes de qualquer "ataque", necessita imbuir-se de conhecimento, para que possa fazer uma análise mais inteligente e não maldizer os irmãos Umbandistas, os quais levam em consideração fundamentos razoáveis de sua religião.
O fumo e o álcool na Umbanda não são drogas. São recursos energéticos extraídos dos quatro elementos. Povos antigos, grandes tribos e até sábias civilizações utilizaram-se do tabaco e de bebidas fermentadas com sabedoria, fosse em rituais religiosos, fosse em pajelanças, fosse em tratamentos de cura. Entretanto, sabemos que, a partir do momento em que o ser humano utiliza determinada substância de forma desequilibrada ou excessiva, o mesmo produz vícios terríveis, os quais provocam males físicos e morais dos mais variados matizes.
Concernente ao fumo - como qualquer outra erva/vegetal - em seu processo de germinação, além de incorporar os mais diversos elementos que contemplam a fotossíntese (água, raios ultravioleta e infravermelhos, vitaminas e húmus do solo, sais minerais diversos, magnetismo etc.), agrega-se a polarização da lua, o magnetismo da terra e múltiplos gases da atmosfera. Dessa maneira, o fumo, seja feito de tabaco ou de quaisquer outras ervas - devidamente combinadas e ativadas - condensa enorme carga astral, emanantes de energias que atuam positivamente em todas as dimensões, no exato momento em que são queimadas.

Assim, o fumo é um recurso rápido, simples e barato, um eficiente condutor energético utilizado pelas entidades, que também cumpre a função de desintegrar os mais variados tipos de fluidos deletérios, tanto de desencarnados como de encarnados, funcionando exatamente como um eficaz passe espiritual, com a fumaça soprada como uma defumação, somada ao ectoplasma doado pelo médium.
Concernente ao álcool - metaforicamente chamado como "o fogo em estado líquido" - vindo da fermentação de vegetais, frutos, leveduras e grãos diversas, é uma substância muito volátil. Assemelhando-se ao éter, o álcool transcende às dimensões superiores, tornando-se, nas mãos de sábios espíritos, perfeito queimador de miasmas e larvas astrais .
Outras funções são atribuídas ao álcool pelas entidades. Tal líquido, através das bebidas, funciona como um contraste. Exatamente como observado em exames laboratoriais tradicionais em nosso plano. Solicitando ao consulente que ingira um gole, os trabalhadores espirituais identificam enfermidades de todo tipo.
O Álcool também é utilizado pelas entidades para adensar a vibração do médium, ou até mesmo entorpecer algumas funções nervosas, facilitando o acoplamento do guia com o médium, bem como a comunicação da entidade. Trata-se de um bálsamo vitalizador e ativador dos chakras, tanto do médium como dos consulentes.
A entidade não traga nem saboreia o fumo. Até cospe naquela "caixinha" o excesso que não servir para o trabalho. A grande maioria dos guias espirituais solicita aos seus aparelhos que as cigarrilhas, charutos e tabacos em geral sejam naturais, se possível feitos em casa, com determinadas ervas, visto que os cigarros industrializados nada possui de natural, com mais de 5000 substâncias químicas.
Tais recursos são simples evocações das energias ígneas, eólicas, telúricas e aquáticas. Se o caso fosse de um espírito "atrasado" ou "apegado aos vícios da Terra", o mesmo não precisaria estar em um centro de Umbanda para fazê-lo. Bastaria-lhe "vampirizar" um fumante ou um bêbado em qualquer botequim. A entidade da Umbanda não encontra, de forma alguma, prazer no álcool utilizado nas sessões de caridade.

A bebida e o fumo também compõem um arquétipo de comunicação que muitas vezes ainda se faz necessário, pois, apesar da renovação da Umbanda, muitos praticantes ainda acham que o "bom guia é aquele que fuma e bebe". Crasso engano originado do atavismo e da ignorância dos que não buscam conhecimento nos sagrados fundamentos da religião.
Nem aos médiuns, nem aos consulentes sobram-lhes resquícios orgânicos do fumo ou da bebida, muito menos de seus efeitos, ao fim do trabalho de assistência. Caso observe "médiuns" bebendo garrafas e garrafas de vinho, marafo etc., tenha certeza de que há um problema espiritual muito sério acontecendo. As entidades utilizam apenas alguns mililitros para o trabalho de caridade.
É importante deixar bem claro que a Umbanda NÃO apoia, NÃO incentiva e NÃO é condescendente com o tabagismo e o alcoolismo. As Entidades da Umbanda respeitam prontamente a vontade dos médiuns que não desejam trabalhar com bebidas ou fumo. Médiuns menores de idade na Umbanda são terminantemente proibidos de consumirem fumo ou bebidas, no sentido de respeitar a legislação vigente.
Embora a utilização do tabaco e do álcool como ritual seja fundamento natural e comum, na Umbanda tradicional anunciada através do médium Zélio de Moraes em 1908, não se pratica nem se indica o trabalho com fumo e álcool. Os mesmos não são necessários. As mesmas entidades que trabalham na Umbanda, também atuam, muitas vezes, em outras linhas, sem utilizar-se de tais recursos. Utilizar fumo e álcool não se trata de mais ou menos evolução, mas sim de um trabalho mais eficaz e eficiente, de conhecimento milenar de manipulação energética.

É fundamental respeitar a metodologia de trabalho de nossos guias de luz, sem preconceitos e críticas vazias, tendo a humildade de perceber que pouco sabemos da Natureza Astral. É inquestionável compreender que a espiritualidade é infinita, e infinitos são seus recursos e ferramentas para o auxílio, a providência e a cura dos mais necessitados.
Guardem a fé, irmãos!

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