quarta-feira, 9 de setembro de 2015

PORQUE AS PESSOAS ESTÃO SE DESAPEGANDO?


Por que as pessoas estão se desapegando?
Medo? Defesa?

Desapegue do que não for leve.
Desapegue do que não é pra ser seu.
Desapegue do que não te faz feliz.

Mas não faz do desapego uma rotina.
Não usa isso de escudo.

Tenho visto uma “cultura do desapego” muito forte por aí e acho isso bem ruim.
Principalmente porque isso, obviamente, cria uma geração de pessoas desapegadas.
Uma geração de pessoas que não se importam.
Uma geração que não vive de “sim” ou “não”, mas só de “talvez” e “tanto faz”.
Onde tudo é indiferente e ninguém é realmente especial pra elas.

Porque isso cria pessoas descartáveis.
Relações descartáveis.
Beijos descartáveis.
Sexos descartáveis.
Amores descartáveis.
Tudo é muito rápido e sem valor.

E eu até entendo o desapego como uma forma de defesa.
É normal depois de já ter se machucado antes. Todos fazemos isso.
Mas penso que usar o desapego como um mantra pro dia a dia é covardia.

Todo esse desapego é uma tentativa de desinteresse covarde disfarçado de maturidade e autossuficiência.
“Eu não preciso de ninguém!”
“Dia dos solteiros! ha ha ha!”

Sinceramente? Quem realmente acredita em algo não fica por aí gritando sua “ideologia” na tentativa de se convencer daquilo.
Desapego é ausência (de apego).
E ausência é “falta de alguma coisa”.
Desapego é uma droga que tem que ser usada com moderação.
Do contrário te vicia e te mantém num ciclo ruim.
Até você ficar insensível. Cinza. Frio.

Mas sabe o que vai acontecer se você se manter no desapego? Nada.
Isso. Nada.
Nada de bom.
Nada de ruim.
Nada.
Essa é sua vida de desapego: nada.
Ninguém é nada pra você.
Você é nada pra ninguém.

Minha única dica é desapegar e apegar na mesma quantidade.
Ter equilíbrio.

Se joga de cabeça. Sem medo.
Vai em frente. Se apega, sim.

E se der errado? Desapega.
Até vir o que te convença a se apegar de novo.

A vida é isso.
A gente tem que parar com esse medinho infantil de viver.

E se eu te disser que a vida é assim e você vai se decepcionar?
Sim, você vai. E não é exclusividade sua.
Mas também vai rir, chorar, cantar e amar.
Altos e baixos.
Relacionamento é assim mesmo, sério, acredita em mim.

Se apegue ao que vier natural, sem sacrifícios.
Se apegue aos sorrisos sinceros que te oferecerem.
Se apegue aos sentimentos bons, e dê de volta.
Se apega naquela abraço gostoso que deixa o cheiro na gente.
Se apega no beijo que te faz querer viver ali pra sempre.

Ou se desapega de tudo isso e não vive nada.
Até você se tornar bom nisso: ser nada

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