quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Xangô

Dia da Semana: Quarta-feira
Cores: Vermelho e Branco
Comida: Ajobò (papa de quiabo) feita com as mãos, em azeite de dendê
Saudação: Exé Kao Kabiesi, Babá Mi!
Domínio: Pedreiras, meteoros, tempestades





Orixá da justiça, do fogo e do trovão, Xangô viveu em 1450 a.C. e foi o quarto Alafin (rei) de Oyó. Foi um grande conquistador, anexando vários territórios ao império yorubano. Era filho de Oranian e neto de Oduduwá e tinha um grande poder de magia através do atim (pó mágico) chamado Axurim. Algumas lendas falam que Xangô, cujo verdadeiro nome era Olufiran, teria se enforcado na coluna de Koso, em Oyó, depois de ter jogado um raio em seu próprio palácio, levando seu irmão Ajaká ao trono. Sua esposa e prima Oyá, ao saber de sua morte teria se suicidado transformando-se no rio Niger. No período seguinte, Xangô ressurge dos mortos como Xangô Ayrá, usando a cor branca.




Características dos filhos de Xangô


É muito fácil reconhecer um filho de Xangô apenas por sua estrutura física, pois seu corpo é sempre muito forte, com uma quantidade razoável de gordura, apontando a sua tendência à obesidade; mas a sua boa constituição óssea suporta o seu físico avantajado.


Com forte dose de energia e auto-estima, os filhos de Xangô têm consciência de que são importantes e respeitáveis, portanto quando emitem sua opinião é para encerrar definitivamente o assunto. Sua postura é sempre nobre, com a dignidade de um rei. Sempre andam acompanhados de grandes comitivas; embora nunca estejam sós, a solidão é um de seus estigmas.


Conscientemente são incapazes de ser injustos com alguém, mas um certo egoísmo faz parte de seu arquétipo. São extremamente austeros (para não dizer sovinas), portanto não é por acaso que Xangô dança alujá com a mão fechada. Gostam do poder e do saber, que são os grandes objetos de sua vaidade.


São amantes vigorosos, uma pessoa só não satisfaz um filho de Xangô. Pobre das mulheres cujos maridos são de Xangô. Um filho de Xangô está sempre cercado de muitas mulheres, sejam suas amantes, sejam suas auxiliares, no caso de governantes, empresários e até babalorixás, mas a tendência é que aqueles que decidem ao seu lado sejam sempre homens.


Os filhos de Xangô são obstinados, agem com estratégia e conseguem o que querem. Tudo que fazem marca de alguma forma sua presença; fazem questão de viver ao lado de muita gente e têm pavor de ser esquecido, pois, sempre presentes na memória de todos, sabem que continuarão vivos após a sua ‘retirada estratégica’.

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